Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owen)
31.1.05
Dizer toda a verdade ou não dizer nada?
Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owen)
Dormir Acordado III
Enildo Amaral
Vénus em forma de rapaz
Toni Catani
O primeiro texto para a Björk musicar. Autora: Shadow
Ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz…
Ele, era como o planeta… era Vénus, o mais brilhante e sagaz…
Era filho do céu e do mar… Sobrinho da espuma, das ondas, do sol, das estrelas…
Ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz…
Ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz…
Ele saía ao pai… que de amar, era de todo, incapaz…
Sim saía ao pai… tinha cabelo loiro do lado do sol… Olho azul do lado do mar…
Ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz…
Ele nascera do mar… vivia no mar e para o mar… era Vénus em forma de rapaz… passaram dias… primeiro em forma de anos… depois de séculos… até que…
Ela acabara de nascer… em breve iria tornar-se numa menina linda e morena de olhos pretos… Ele, era há muito um menino… sim… era Vénus em forma de rapaz… cabelo loiro… olhos azul celeste… era o mais brilhante e sagaz…
Ela crescera e em breve iria decidir o seu futuro… mesmo nos seus primeiros anos de vida… ele pela primeira vez, também…Os seus futuros coincidiam… os seus desejos e sonhos também… tudo batia certo… mas ele era mais velho… iria chegar primeiro e nunca se conheceriam…
Ele era inteligente, brilhante, preguiçoso, despassarado, irresponsável, carinhoso, charmoso, rico, despegado, simpático, feliz, amigo… Ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz…
Ela era inteligente, brilhante, preguiçosa, atenta, calculista, responsável, teimosa, impulsiva, intempestiva, amiga… ela.. ela era…
Ela tinha o futuro planeado… ele não… eles nunca se encontrariam… apesar de sonharem o mesmo… Mas ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz… Era livre e rebelde… e por isso um dia decidiu viajar com as ondas…
Ela ia realizar o seu sonho… sem nunca ter sabido da existência dele…
Ele também, ele havia voltado no momento certo… O destino tinha agora acertado os seus sonhos no tempo… o espaço? Esse era há muito o mesmo no sonho de ambos …
Mas o destino falhara… ela tinha-se atrasado em segundos… num prova que mudaria toda a sua vida… ela não ia mais naquele tempo… Ele havia passado com distinção… e eles nunca se conheceriam… mas eu disse no início que ele era distraído e despassarado… ele não havia levado o papel na candidatura e ia partir para viajem do dia seguinte… assim nenhum iria realizar o sonho… não ali… não no Porto… não naquele ano…
Ele, bem... ele não tinha medo… e perseguiu o sonho fora do porto… ela? Ela tinha medo… e o sonho sempre fora no porto… mas no último dia… algo a fez mudar de ideias… e perseguiu o sonho no mesmo sítio que ele…
Era uma questão de tempo até se encontrarem… aliás… desde que ela nascera que era uma questão de tempo até ao momento em que o iria ver pela primeira vez… ela iria parar.. e algo aconteceria nela porque ela não conseguiria deixar de olhar para ele.. ela tentaria de tudo para deixar de olhar… mas os olhos dele lembrar-lhe-iam o mar que ela tanto amava… ela diria então a medo boa noite… e…
Ele sorriu… começaram então a falar… falar… caminhavam com o grupo enquanto falavam… falavam do porquê estarem ali e não no porto, no sonho de ambos… falavam… falavam…
Eles tinham conseguido algo que impossível… tinham conseguido perder-se de mais de 80 pessoas que caminhavam com eles desde o momento em que se viram… não sabiam como… sabiam apenas que não restava agora ninguém… Era de noite.. ouvia-se a serenata ao longe… e estavam junto ao rio…
Ela não sabia quem ele era… Ele ainda não sonhava com ela… Decidiram então separar-se para encontrar os que com eles caminhavam…
Ela sabia que ele era loiro, tinha os olhos azuis mais bonitos que algum dia vira e mais nada… Ela não sabia o nome… a idade… a turma… Ela não sabia ainda que se tinha apaixonado…
Ele não sabia nada dela… apenas que ela o havia confundido com um Doutor e que por isso teve medo de olhar para ele directo… Ele não sabia que ela nunca iria esquecer o seu sorriso e o olhar…
Eles não sabiam quem era o outro… não sabiam se tinha sido sonho… tinham-se encontrado de noite… e tinham caminhado até ao rio para ouvir a serenata ao luar, no meio de uma multidão de novos amigos, dos quais haviam perdido o rasto…
Eles não se tinham fixado…sim, encontraram aqueles que procuravam… mas naquela noite não mais se viram…
Ela passaria as próximas semanas procurando por ele… sem sorte… porque ele? Ele era Vénus… Vénus em forma de rapaz…
O destino…. O destino voltaria… mas mais tarde…
(continua)
Este "continua" é da Shadow. em forma de música teremos uma maratona, ao estilo de os cavalos também se abatem (gosto tanto desse livro do Horace Mc.Coy!). A Shadow acrescentou que, dado o mote, começou a escrever e que não quis reler. apeteceu-lhe assim. Obrigada pelo teu texto.
Escrever para a Björk
O Fino da Bossa
30.1.05
Closer
Nathalie Portman, Alice?
29.1.05
Um longo domingo de noivado
Audrey Tautou
Encontro de bloggers IX
Encontro de bloggers VIII
Ralph Fiennes
Encontro de bloggers VII
Win Wenders e Peter Falk, Columbo
Mais duas presenças confirmadas.
Já repararam, sigo as asas do meu desejo !
28.1.05
Estranheza familiar
Francis Bacon
RF: Há uma citação do (Paul) Valéry de que gosto muito. "Os livros têm os mesmos inimigos que o homem – o fogo, a humidade, os bichos, o tempo e seu próprio conteúdo".
Esse conceito do estranho familiar é isso: há uma parte que me agarra mas há também outra parte que ainda não entendi. E é essa parte que ainda não entendi, que me permite continuar a olhar para o livro. Como escritor, uma coisa que também adoro é – e os livros saíram há pouco tempo – dizerem-me "já li este livro várias vezes". Prefiro ter releitores que muitos leitores.
As guerras são quase naturais
Francis Bacon
RF: Vamos falar de algumas das tuas constantes. Escreveste vários livros (Um Homem: Klaus Klum; A Máquina de Joseph Walser; Jerusalém) centrados no tema da guerra e parece que vão sair ainda outros ("livros negros").
Depois, paralelamente a isto, há o indivíduo sozinho. O que sinto é que se pensarmos no progresso desde há 2000 anos, houve nitidamente uma grande evolução ao nível material mas individualmente – em termos do que é o homem, dos medos que tem, da agressividade – quase que podemos traçar uma linha recta. Platão compreenderia perfeitamente o homem de hoje mas ficaria muito espantado com um frigorífico. E eu acho que este é um dos grandes mistérios.
27.1.05
Spectrum 1
MRF, spectrum1, Aveiro, Hotel Arcada
26.1.05
25.1.05
Toys
O Japinho chegou a Aveiro e começou logo a distribuir presentes envenenados. É claro que a culpa não é só dele já que, antes, a amada Didas lhe dera o mesmo presente só para ver o que é que o rapaz respondia! Agora ela já diz que vai repensar a vida, ele há com cada uma! Culpa do Pé de Meia que, assaltado pelo Papagaio que fugiu da casa do Vizinho, desata a falar em inglês não fosse o papagaio perceber! Ainda se fosse em francês, que a Didas deixou de estudar há mais tempo! Mas o que dizia, ou melhor, o que perguntava, também não era novo - limitou-se a reproduzir grandes questões que uma candidada eleitoral, de seu nome Gotinha, arremessou, só para confundir as massas! O pior é que aquilo começava com uma ameaça mais poderosa que a do voto em branco do Saramago. Ora vejam lá:
Se alguém quebrar esta corrente, o Santana Lopes ganha as eleições.
1. HAVE YOU EVER USED TOYS OR OTHER THINGS DURING SEX?
Como não sabia o que eram toys fui ao dicionário. mas como é um dicionário antigo, só lá dizia brinquedos, o que não tem a ver com sex. fui a outro de sinónimos ver o que poderiam ser os brinquedos e li: joguete, brinco, brincadeira, folguedo, divertimento, jogo. A resposta é: YES, OF COURSE! (corrijo: gosto de tirar os brincos)
2. WOULD YOU CONSIDER USING DILDOS OR OTHER SEXUAL TOYS IN THE FUTURE?
Mas se é só isso, eu espero que sim. Já o Dildos, só conhecendo!
3. WHAT IS YOUR KINKIEST FANTASY YOU HAVE YET TO REALIZE?
Outra vez o dicionário. Kink (foi o mais próximo que encontrei): retorcimento, mania. anh? Mas há fantasias que não sejam retorcidas? E não, não tenho a mania das fantasias. A não ser que ter muitas seja ter a mania. What is? Eles devem querer dizer "What are?" Bem, isso agora, só confesso no dia 18 se beber além da conta!
4. WHO GAVE YOU THIS DILDO?
Outra vez o Dildo! Mas eu já disse que não o conheço! E olha, o Japinho parece que também não! Mas que lata!
E os 4 nomeados para responderem ao questionário a seguir são:
Alguidar Pneumático - Batatas for the People - Esquerda Volver - O Eixo do Mal
Dormir acordado II
George Papadopoulos, Blue Eye
Teria quatro ou cinco anos.
Ainda não sabia ler. Quando me explicaram que eles liam um texto que era colocado à sua frente, não desarmei a minha veneração. E passei a treinar com o jornal do meu pai. Sentava-me à sua frente a uma distância digna de admiração e ia gritando as letras que já conhecia.
24.1.05
O mar por cima
Paulo Castro
Operator
Gonçalo de la Serna
22.1.05
Dormir acordado
Adelia Mostar
21.1.05
Seul avec lui
Guy Bourdin
Dans ces bras-là II
Robert Zverina, Been There
20.1.05
Mulheres da América do Sul, hablando espanhol
Lila Downs
Arbol de la vida
Lila Downs (David Allen)
Mujer de Dios
profeta de hierba
mujer de la edad del tiempo
que hace honor a los muertos santos
mujer de Dios
mujer de la obscuridad
mujer de tiempos sagrados
diosa del mundo de muertos
venas y carne, tu fruto ha crecido
la tierra tu sangre siempre beberás
...
Feche os olhos e ouça o canto da deusa.
19.1.05
Dans ces bras-là
Thomas Schmidt
18.1.05
Mulheres de África
Quem tem um ovo no saco não dança (provérbio africano)
17.1.05
Arca de Noé
Miguel Torga
Como agradecer?
Não podia deixar de retribuir. Mas desta vez, com um texto do Artur Portela.
O Almoço, Artur Portela, Coluna do Jornal do Fundão, Os Peixes Voadores - 22, 23.04.04
Por onde tenho andado
Marcel Duchamp, Roda de Bicicleta
Apelo
Nós blogueiros, propomos desde já, unirmo-nos em um alerta para a humanidade, e implantarmos cada um de nós, a nosso modo e em nosso ambiente, medidas práticas de mudanças!
É tempo de se falar abertamente. É tempo de se abordarem as questões em profundidade e não de forma restritiva. É tempo enfim, de se falar a sério sobre a questão ambiental e ecológica. Sobre a humanidade!
E com razão. É que cada vez mais se toma consciência de que o combate pela preservação, não tem fronteiras, não é regionalizável e de que a resposta ou é global ou não será resposta.
As chuvas ácidas, o efeito de estufa, a poluição dos rios e dos mares, a destruição das florestas, não têm azimute nem pátria, nem região. Ou se combatem a nível global ou ninguém se exime dos seus efeitos.
As pessoas ainda respiram. Mas por quanto tempo?
Os desertos ainda deixam que reverdejem alguns espaços estuantes de vida. Mas vão avançando sempre.
Ainda há manchas florestais não decepadas nem ardidas. Mas é cada vez mais grave o deficit florestal.
Ainda há saldos de crude por extrair, de urânio e cobre por desenterrar, de carvão e ferro para alimentar as grandes metalurgias do mundo. Mas à custa de sucessivas reduções de reservas naturais não renováveis.
Na sua singeleza, o caso é este:
Até agora temos assistido a um modelo de desenvolvimento que resolve as suas crises crescendo cada vez mais. Só que quanto mais se consome, mais apelo se faz à delapidação de recursos naturais finitos e não renováveis, o que vale por dizer que não é essa uma solução durável, mas ela mesma finita em si e no tempo que dura. Por outras palavras: é ela mesmo uma solução a prazo.
Significa isto que, ou arrepiamos caminho, ou a vida sobre a terra está condenada a durar apenas o que durar o consumo dos recursos naturais de que depende.
Não nos iludamos. A ciência não contém todas as respostas. Antes é portadora das mais dramáticas apreensões.
O que há de novo e preocupante nos dias de hoje, é um modelo de desenvolvimento meramente crescimentista – pior do que isso, cegamente crescimentista – que gasta o capital finito de preciosos recursos naturais não renováveis, que de relativamente escassos tendem a sê-lo absolutamente. E se podemos continuar a viver sem urânio, sem ferro, sem carvão e sem petróleo, não subsistiremos sem ar e sem água, para não ir além dos exemplos mais frisantes.
Daí a necessidade absoluta de uma resposta global. Tão só esta necessidade de globalização das respostas, dá-nos a real dimensão do problema e a medida das dificuldades das soluções. Lêem-se o Tratado de Roma, O Acto Único Europeu e mais recentemente as conclusões da Conferência de Quioto, do Rio de Janeiro e Joanesburgo, onde ficou bem patente a relutância dos países mais industrializados, particularmente dos Estados Unidos, em aceitar a redução do nível de emissões. Regista-se a falta de empenhamento ecológico e ambiental das comunidades internacionais e dos respectivos governos, que persistem nas teses neoliberais onde uma economia cega desumanizada e sem rosto acabará por nos conduzir para um beco sem saída.
Por outro lado todos temos sido incapazes de uma visão mais ampla e intemporal. Se houver ar puro até ao fim dos nossos dias, quem vier depois que se cuide!... e continuamos alegremente a esbanjar a água do cantil.
Será que o empresário que projectou a fábrica está psicológica ou culturalmente preparado para aceitar sem sofismas nem reservas as conclusões de uma avaliação séria do respectivo impacto ambiental?
Mesmo sem sacrificar os padrões de crescimento perverso a que temos ligados os nossos hábitos, há medidas a tomar que não se tomam, como por exemplo:
Dito de outro modo: a moda política tende a ser, um constante apelo às terapêuticas de crescimento pelo crescimento. È tarde demais para desconhecermos que, quando a produção cresce, as reservas naturais diminuem.
Há porém um fenómeno que nem sempre se associa ás preocupações da humanidade. Refiro-me à explosão demográfica.
Com mais ou menos rigor matemático, é sabido que a população cresce em progressão geométrica e os alimentos em progressão aritmética. Assim, em menos de meio século, a população do globo cresceu duas vezes e meia !...
Nos últimos dez anos, crescemos mil milhões!... Sem grande esforço mental, compreendemos aonde nos levará esta situação.
Se é de um homem mais sensato e responsável que se precisa, um homem que olhe amorosamente para este belo planeta que recebeu em excelentes condições de conservação e está metodicamente destruindo; de um homem que jure a si mesmo em cadeia com os seus semelhantes, fazer o que for preciso para que o ar permaneça respirável, que a água seja instrumento de vida e dela portadora, e os equilíbrios naturais retomem o ciclo da auto sustentação, empenhemo-nos desde já nessa tarefa, com persistência e determinação.
Se é a continuação da vida sobre a terra que está em causa, e em segunda linha a qualidade de vida, para quê perder mais tempo?...
Por isso apelamos a todos quantos se queiram associar a este movimento pela preservação da Natureza, pela Paz e pelo desenvolvimento harmonioso da Humanidade, para subscreverem este Apelo.
Ao fazê-lo estamos a afirmar a nossa cidadania, enquanto pessoas livres, que olham com preocupação o futuro da Humanidade, o futuro dos nossos filhos!
16.1.05
15.1.05
O Mestre
Raíz, Guitarra Portuguesa, Canto, Embalar, Verdes Anos.
Pulsar.
Ouvir Carlos Paredes num movimento perpétuo.
14.1.05
Canção para Carlos Paredes
- Sábado, dia 15, Luisa Amaro e Miguel Carvalhinho vão estar na FNAC da rua Santa Catarina (Porto) às 15:30, e no GaiaShopping às 22:00 horas.
- Domingo estarão no NorteShopping às 17:00.
Encontro de Bloggers IV
Encontro de Bloggers III
13.1.05
Chamaremos a Deus, o tubo
12.1.05
Lançamento da entrevista a Gonçalo M. Tavares
A morte aumenta a alma. Projecto: Aumentar a alma sem MORRER.
Livro da Dança
Sokolsky
Claro que podemos errar e não voltar atrás para corrigir o erro porque o erro não é o ERRO o erro só começa no corrigir, errar e avançar não é errar: é avançar; errar e corrigir não é corrigir: é errar.
O sexo é a fenda dos Filhos
mas é também o jardim dos brinquedos.
Quem dança deve lembrar a Fenda quando exibe os brinquedos e os brinquedos quando exibe a Fenda.
Exibição do que TAPA.
Exibição da CORTINA.
Exibição do PUDOR.
Exibir o pudor é violência.
o corpo que só é corpo e não é tudo o resto é um corpo que tapa que é cortina e um corpo que exibe o Pudor.
É violento violento violento.
Ouvi isto uma vez cá dentro, antes da dança (um pedido):
- Por favor, dê-me um exemplar de deus!
Dobrar-se de modo ao ouvido se encostar às próprias costas e ao Peito; ouvir o coração com o próprio ouvido.
Não é acrobacia. Não é Flexibilidade.
É colocar no átomo o "conhece-te a ti mesmo".