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21.5.06

façam como eles, fujam!


Pronto, já vi The Da Vinci Code, tinha que ser! Mas, e falo sobretudo para quem gostou de ler o livro, passávamos todos muito bem sem este filme (e melhor ainda sem uma nova onda de quinhentos mil artigos sobre o Código Da Vinci).

Ron Howard não recria a história criada por Dan Brown, revela-a.

Ao filme falta intensidade, mistério, suspense, "pica"! E depois... não senti química nenhuma entre Tom Hanks-Robert Langdon e Audrey Tautou-Sophie Neveu. As cenas no Louvre poderiam ser mágicas, não são. O ambiente do filme poderia ser "negro", "ritualista", não é. Silas (Paul Bethany) poderia assustar-nos ou impressionar-nos, mas habituamo-nos aos olhos translúcidos que observamos logo nas primeiras imagens. Howard preserva a nossa imaginação, não nos dá qualquer hipótese de resolvermos um enigma, e também nos poupa ao horror, arriscando apenas uns minutos de suplícios (com a autoflagelação de Silas). As imagens passam por nós a um bom ritmo mas não retemos nenhuma! Falta belo. Falta emoção. E, pecado, a sequência de deduções que nos deslumbrou no livro chega a tornar-se risível no filme.

A Opus Dei pode descansar! Se o livro "convenceu" alguns, o filme, esse, nunca será levado a sério... o que lamento, porque adoro a teoria do sagrado feminino! ;)

29.1.05

Um longo domingo de noivado


Audrey Tautou

Para a melhor definição de amor é preciso aguardar (e guardar) a última imagem deste filme. um filme de Jean-Pierre Jeunet.
que gostei de ver, mesmo se o espectro luminoso de Le Fabuleux Destin d' Amélie Poulain (2001) e de Delicatessen (1991, ainda com Marc Caro), ensombrou o meu espanto. com Jeunet, queremos sofrer choques de emoções e de "inovação estética".
neste filme, uma ode ao romantismo, elevada pelo realismo cru e húmido das trincheiras, absorvemos ainda alguma da poeira mágica do Fabuleux Destin. os personagens muito franceses e pitorescos, os detalhes finos, as vidas simples, os acasos que trazem grandeza ou dor, o campo e Paris do início do século, o enredo em espiral, as pequenas grandes decisões. e uma Mathilde igual à Amélie, ou Audrey Tautou igual a si própria. ou seja, doçura.
fantástica a fotografia de Bruno Delbonnel.
encantamento. mas. um mas pequenino.