11.5.07

So close

Vendo o estado do país e do mundo, a desesperança cresce. Dantes - não sei quando, há anos -, vivia muitas vezes a expectativa, a sensação, de que faltava pouco, muito pouco, para que qualquer coisa fosse perfeita. não para sempre, mas por um momento. Hoje, tenho saudades deste "so close" que se resumia num gesto. Os olhos brilhavam e os dedos diziam "so close". Já não estamos próximos de nada quase perfeito. Na verdade, nem podemos inverter a lógica e dizer "foi por um fio", um pequeno fio. O que se perde é tanto que não há fios que escoem. Hoje, tudo se dilui por mares imensos de desatenção ou burrice, compadrio, crime e impunidade (a ideia do crime & castigo já não é romântica, é niilista).


Desenho de TCA


Confortam-nos uns close-ups, iluminuras pagãs, que evidenciam rostos, gostos, ou simples traços que nos estimulam. São fragmentos de belo, testemunhos de ternuras e bondades, ou marcas de saber. que não quero dasaprender de procurar e guardar.

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