19.5.14

Triunfo do Amor Português

O amor é sempre trágico quando atinge o seu estado mais puro. (Agustina Bessa-Luís)
Os grandes dramas de amor vivem-se na vizinhança da morte. Isso dá imediatamente uma trepidação ao diálogo amoroso que o torna, muitas vezes, insustentável. Essa insustentabilidade do amor é a grande condição da sua dignidade, é o requisito para a sua grandeza. O amor não é uma existência de pantufas; é uma exi...
stência descalço.
Às histórias de amor felizes falta-lhes o ensejo de serem grandes histórias de amor. Muitas delas nascem da rotina, do cálculo, da obrigação... As relações felizes são sempre assustadoramente miseráveis. Mas é possível admirar também a paciência com que as pessoas levam a sua cruz ao calvário, através de um matrimónio baço, de um companheirismo silencioso... O que se admira são outros sentimentos: a paciência, a conformação... (Mário Cláudio)

Não há amor sem culpa. (Agustina Bessa-Luís)
Nos matrimónios baços a culpa não é vivida, não empolga a relação. Então é como se não estivesse lá. Mas está e às vezes rói, rói, rói durante anos e anos e anos até que as pessoas morrem felizes. (Mário Cláudio)


[Entrevista ao escritor Mário Cláudio. Programa BAIRRO ALTO. RTP2. 18-05-2014]

16.5.14

The Neuroscience of Beauty


Why would a part of the brain known to be important for the processing of pain and disgust turn out to the most important area for the appreciation of art?