3.11.06

Não se pode "naturalizar" o desastre

Este relatório foi publicado on line no dia 12 do mês passado. Foi elaborado pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health de Baltimore. É uma estimativa do número de mortos no Iraque desde a invasão em 2003. Entre Março de 2003 e Setembro de 2004 teriam morrido cerca de 100 000 iraquianos. Segue-se uma "escalada" de mortes até 2006, ano em que começa a registar-se uma ligeira redução. Principais causas: tiroteios e carros armadilhados. Conclusão: estima-se que morreram cerca de 655 000 iraquianos, 601 000 devido a causas violentas, entre 18 de Março de 2003 e Julho de 2006, o equivalente a 2.5% da população da área de estudo (para além do número que seria esperado se existisse uma situação de não-conflito).

Para consulta: Mortality after 2003 invasion of Iraq (pdf)

3 comentários:

Francis disse...

Este fast-food democrático tem o seu preço. Mas que se lixe, os soldados americanos estão a combater pelo bem da humanidade, não é verdade?

Ivar C disse...

mais números aqui: http://icasualties.org/oif/

A. Pinto Correia disse...

O Iraque terá de reescrever a sua história. Tal como os Afegãos. E tal como outros tantos povos que eles resolveram atacar. Desde JFK (inclusivé) todos os presidentes americanos e as respectivas administrações deveriam ser levados a tribunais internacionais e acusados de crimes contra a humanidade.
Nesta altura existe já uma forte contestação interna nos USA contra a guerra. Mas isto só depois de eles próprios começarem a provar do "remédio" que quiseram impingir aos outros. Prevejo que a partir de domingo - data da sentença de Sadam -, as coisas piorem consideravelmente.
Abraços Maria

P.S. Poderás igualmente ler-me em:
http://vbeiras.blogapraai.com