
Na capa dos principais jornais do mundo, a possibilidade de travar a viagem de 137 000 quilómetros da chama olímpica. Depois dos distúrbios em Londres e Paris, talvez o Comité Olímpico decida não prosseguir o périplo que deveria incluir 19 países. O que deveria ser uma majestática procissão tem terminado em caos. Na Califórnia, próximo local de passagem, a "insurreição" começou antes mesmo da chegada da chama olímpica!
A "apropriação" política da chama prejudica o movimento olímpico, defendem alguns. A violação dos direitos humanos, a tentativa (frustada) de manipulação dos media por parte da China (relativamente à situação em Lhasa, muito recentemente), a escolha da China como país anfitrião!, os ditames da economia global,___ parecem questões de menor importância.

Em França, Bernard Kouchner pedia aos franceses para não serem mais tibetanos que o Dalai Lama. Em Portugal andamos muito silenciosos, demasiado silenciosos. Urge manifestarmo-nos contra a brutalidade desta nova era, regida por uma ética mais pragmática que humanista, centrada no sistema monetário e financeiro. Dizer Não é o poder que nos resta, que é tão pouco e tanto.
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