25.1.06

"Não existe um único palestino que lamente o desaparecimento de Sharon"


Os militares já votaram no sábado mas hoje é que é o dia das Eleições na Palestina. Por isso deixo-vos este artigo de Nayef Hawatmeh, Secretário Geral da Frente Democrática de Libertação da Palestina. O artigo foi publicado no jornal "Al-Khaleej", dos Emiratos Árabes Unidos a 8/01/2006.

Devido ao historial sangrento de Ariel Sharon, não existe um único palestiniano a lamentar a morte deste criminoso de guerra que cometeu horrendos massacres. Sharon foi o carniceiro do massacre de Quibia (Palestina) em 1953, o assassino dos prisioneiros egípcios em 1967, o autor do massacre dos acampamentos palestinos de Sabra e Shatila (Líbano) em 1982, e aquele que deu a ordem para assassinar crianças em Gaza e na Cisjordania.

Sharon é o pai espiritual de movimentos colonialistas extremistas e foi quem criou e pôs em prática os planos para usurpar os territórios palestinos. Era um homem que recusava a paz e amava a guerra e os assassinatos.

Esperamos que o seu desaparecimento abra o caminho a mudanças verdadeiras no mapa político e partidário israelense e fortaleça o campo da paz dentro de Israel, que possa deter a violência, os mares de sangue e o conflito existente há mais de um século. Esperamos que conduza à reconstrução do processo político na base da legalidade internacional que implica a paz global e equilibrada e concede aos palestinos o seu direito a um estado independente nos territórios ocupados em 1967, e o retorno dos refugiados nos termos da Resolução 194.

A reorganização do processo político e a negociação exigem novas transformações na estrutura interna do estado hebreu conducentes ao reconhecimento israelense das resoluções das Nações Unidas e à criação de mecanismos para a sua execução. Sem isso, a violência, o sangue, as lágrimas e o conflito continuarão.

Os israelitas estarão diante de uma prova nas próximas eleições de 28 de Março: ou optam pelo caminho da paz e reconhecem os legítimos direitos nacionais do povo palestino ou pela continuação das políticas de ocupação e colonialismo, assumindo as consequências dessa violência e conflito pois o nosso povo continuará a resistência até conquistar totalmente os seus direitos.

Estamos a trabalhar para que as próximas eleições legislativas palestinas, que serão celebradas a 25 de Janeiro, sejam o começo da reconstrução do regime político palestiniano e da criação de uma estratégia unida a ser apresentada ao nosso povo, aos árabes, ao mundo e à sociedade israelita. Uma posição palestiniana unida frente aos projectos que atentam contra o nosso legítimo e inalienável direito à independência, ao retorno e à autodeterminação, tendo Jerusalém como capital.

Este artigo e outros relacionados com a questão palestiniana podem ser encontrados no Site Oficial da FDLP.

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto continua aqui e e Aqui

beijos

bin