27.1.06

A História dos clãs Saud e Bush


Craig Unger é autor do livro House of Bush, House of Saud, foi sub-editor do New York Observer e editor-chefe da revista Boston Magazine, é consultor da CNN sobre a indústria do petróleo e as relações entre Arábia Saudita e Estados Unidos. Gustavo Barreto (Fazendo Media) baseou-se no livro de Craig Hunter para escrever este artigo.

(...) o clã Saud, que controla a Arábia Saudita há décadas e possui as maiores reservas de petróleo do mundo. Mantém o poder em aliança com o fundamentalismo wahabita, "seita muçulmana ruidosa e puritana que constituía campo fértil para a criação de uma rede global de terroristas ansiosos por uma jihad violenta contra os Estados Unidos", conforme descreve Craig Unger. As relações com a "terra da liberdade" continuavam, no entanto, conforme O Corão prega: "Não perguntes sobre aquilo que, se te for explicado, poderá trazer-te problemas".
A família bin Laden (ou "Binladin"), igualmente, possuía laços tão estreitos com o status quo norte-americano que até mesmo os mais fervorosos críticos da Casa Branca acabam por se impressionar. A robusta construtora Saudi Binladin Group (SBG) fazia operações bancárias com o Citigroup e investia em grandes corretoras como Goldman Sachs e Merril Lynch. A lista de parceiros inclui Disney, Hard Rock Café, Snapple e Porsche. Em meados da década de 90, continua Unger, uniram-se a vários membros do clã dos Saud e se associaram ao ex-secretário de Estado James Baker e ao ex-presidente George H. W. Bush, o Bush pai, para investir no Carlyle Group, enorme empresa privada de investimentos com sede em Washington. Com tanta intimidade, é de se estranhar que a operação não tenha sido mais rápida e eficiente.
Enquanto isso, jornais supostamente "críticos" dos Estados Unidos, como o New York Times, repercutem a ideia de que os serviços de inteligência "falharam" em prevenir os atentados do 11 de setembro.

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