No dia 28 de junho de 1914, o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro e sua esposa Sofia foram assassinados em Sarajevo. Pouco tempo depois, eclodia a I Guerra Mundial.
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No Congresso de Berlim, em 1878, a monarquia austro-húngara obteve o mandato para ocupar a Bósnia-e-Herzegovina. No dia 29 de Julho desse ano, as suas tropas atravessaram a fronteira. Na manhã de 19 de Agosto de 1878, 14000 soldados chegaram a Sarajevo. A Resistência soçobrou no final desse mesmo dia. A anexação de todo o país foi concluída a 30 de Outubro de 1878.
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A História da Resistência em Sarajevo é antiga. A organização Norodni Odbor, cujo líder mais proeminente seria Salih Vilajetovik (mais conhecido por Hajji Lojo), foi criada ainda antes de 1878. Contudo, a Resistência aumenta quando é criada a Organização do Povo Muçulmano (1906) e a Organização do Povo Sérvio (1907). Estas duas organizações têm jornais próprios: Musavat e Srpska Rijec, respectivamente. No início de 1908, é formada a Comunidade do Povo Croata, que também tinha o seu jornal, Hrvastska Zajednika. O primeiro jornal operário fora lançado em 27 de Agosto de 1905. Em 23 de Junho de 1909 foi criado o Partido Social Democrata da Bósnia, que passou a editar também um jornal, Glas slobode.
O Acto de Anexação foi proclamado a 6 de Outubro de 1908. A nova Constituição e o novo corpo legislativo foram endossadas pelo Imperador Francisco José I a 17 de Fevereiro de 1910. As eleições para a Assembleia na Bósnia ocorreram em Maio e um mês depois o Imperador visitou a Bósnia.
Logo após a proclamação da anexação, a Sérvia lançou um vigoroso protesto, exigindo a sua anulação ou compensações que assegurassem a sua independência e desenvolvimento económico. A imprensa sérvia exigia mesmo o domínio do território, desde a Bósnia ao Adriático. O governo austro-húngaro recusou o protesto e qualquer direito da Sérvia a pôr em causa a anexação.
Francisco Fernando da Áustria (em alemão, Franz Ferdinand von Österreich), arquiduque da Áustria-Hungria, tornou-se o presumível herdeiro do trono imperial quando o seu primo, o Príncipe-Herdeiro Rodolfo, cometeu suicídio, fazendo do pai de Francisco Fernando, Carlos Luís, o primeiro na linha de sucessão do trono.
O Acto de Anexação foi proclamado a 6 de Outubro de 1908. A nova Constituição e o novo corpo legislativo foram endossadas pelo Imperador Francisco José I a 17 de Fevereiro de 1910. As eleições para a Assembleia na Bósnia ocorreram em Maio e um mês depois o Imperador visitou a Bósnia.
Logo após a proclamação da anexação, a Sérvia lançou um vigoroso protesto, exigindo a sua anulação ou compensações que assegurassem a sua independência e desenvolvimento económico. A imprensa sérvia exigia mesmo o domínio do território, desde a Bósnia ao Adriático. O governo austro-húngaro recusou o protesto e qualquer direito da Sérvia a pôr em causa a anexação.
Francisco Fernando da Áustria (em alemão, Franz Ferdinand von Österreich), arquiduque da Áustria-Hungria, tornou-se o presumível herdeiro do trono imperial quando o seu primo, o Príncipe-Herdeiro Rodolfo, cometeu suicídio, fazendo do pai de Francisco Fernando, Carlos Luís, o primeiro na linha de sucessão do trono.
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Em 28 de Junho de 1914, quando o arquiduque se encontrava em Sarajevo para comandar manobras militares, foi assassinado por Gavrilo Princip, estudante servo-bósnio. O assassino era militante da organização nacionalista sérvia Jovem Bósnia (Mlada Bosna).
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O governo austríaco responsabilizou a Sérvia pela morte. Mediante um ultimato exigiu ao governo sérvio a repressão das acções anti-austríacas lançadas do seu território, a autorização para que a Polícia austríaca participasse na investigação do atentado e na punição dos responsáveis. A resposta negativa sérvia, alegando que o ultimato violava a sua soberania, foi o rastilho para o estalar da Primeira Guerra Mundial (1914-18), opondo as alianças da Alemanha com a Áustria-Hungria, às da Sérvia com a Rússia, França e Grã-Bretanha.
[Informação e imagens recolhidas no Museu do Assassinato em Sarajevo (Maio 2008):]
[Informação e imagens recolhidas no Museu do Assassinato em Sarajevo (Maio 2008):]
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2 comentários:
São estes os factos que ficam e que constam para a História.
Bem arrumadas e explicadas. Fica no entanto a certeza de que essa região da Europa ainda hoje a viver situações de extrema complexidade, não foi o único berço da primeira guerra mundial. Foi talvez o pretexto, a chispa a incendiar uma Europa que vivia o tumulto do fim de um ciclo.
Que a História cumpra a missão de alertar-nos para as situações que de semelhantes podem ter desenvolvimentos iguais...
Tens razão, Charlie. De resto, quando o chanceler alemão Otto von Bismarck convidou as cinco grandes potências europeias, mais a Turquia e os países dos Balcãs, para o congresso em Berlim, o objectivo já era evitar um conflito mundial. E estávamos em 1878.
Como dizes, as tensões perpetuam-se. E as guerras ou o risco de conflito bélico, neste início de século XXI, continuam a estruturar as relações entre Estados e a nossa visão do Mundo.
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