12.11.07

Norman Mailer


«Podem chamar-me D.T., que é abreviatura de Dieter, um nome alemão, e D.T. serve, agora que estou na América, esta nação curiosa. Se recorro a uma grande dose de paciência, é porque o tempo aqui passa sem significado para mim, e esse é um estado que nos predispõe à rebelião. Será essa a razão porque estou a escrever um livro?»


Norman Mailer começa assim o seu último e derradeiro livro, The Castle in the Forest, ou O Fantasma de Hitler na tradução portuguesa. Mais uma obra de conteúdo político, escrita por um homem que gostava de se caracterizar como um "conservador de esquerda". Morreu aos 84 anos. A morte dele apanhou-me no início do capítulo 10. Não se faz. Voltei atrás. A nossa relação com os escritores não é bem a que queremos. Eles enchem-nos a cabeça com nomes e pensamentos novos e depois desligam-se enquanto ainda os imaginamos a imaginar. Não se faz.

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