Escrevo-lhe do fim do mundo. É preciso que o saiba. Amiúde as árvores tremem. Apanham-se as folhas. Têm uma imensa quantidade de nervuras. Mas de que servem? Não há mais nada entre elas e a árvore, e dispersamo-nos, incomodados.
Será que a vida na terra não poderia prosseguir sem vento? Ou será preciso que tudo trema sempre, sempre?
(1942)
in Escrevo-lhe de um País Distante
Henri Michaux
Será que a vida na terra não poderia prosseguir sem vento? Ou será preciso que tudo trema sempre, sempre?
(1942)
in Escrevo-lhe de um País Distante
Henri Michaux
1 comentário:
afinal não participei na escrita. ando mto cinzenta.
sabe tão bem, Michaux. se tiveres tempo, vai dar uma olhadela ao meu novo sítio.
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