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18.11.05

sim, Michaux

Escrevo-lhe do fim do mundo. É preciso que o saiba. Amiúde as árvores tremem. Apanham-se as folhas. Têm uma imensa quantidade de nervuras. Mas de que servem? Não há mais nada entre elas e a árvore, e dispersamo-nos, incomodados.
Será que a vida na terra não poderia prosseguir sem vento? Ou será preciso que tudo trema sempre, sempre?

(1942)
in Escrevo-lhe de um País Distante
Henri Michaux

1 comentário:

  1. afinal não participei na escrita. ando mto cinzenta.
    sabe tão bem, Michaux. se tiveres tempo, vai dar uma olhadela ao meu novo sítio.

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