14.11.11

Objectos embrulhados

O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem


João Guimarães Rosa
in Grande Sertão: Veredas, 1956


Luís de Campos
OBJECTOS EMBRULHADOS, 1982-2008
[Brometo de Prata sobre papel, 70x70cm (cada elemento), 8 elementos]

4 comentários:

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

Gostei muito. Parabéns!

mfc disse...

Pois... o poema é datado de 56...
O que a vida quer de nós hoje é... submissão!

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

Não, Manuel, o que a vida exige é simplicidade. e nada de extremos, grandes indignações ou resignadissimas posturas.

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

Obrigada, "lenço de papel; cabide de simplicidades"! (gosto do nome) :)