Voltando às saudades que tenho do humor francês.
Pierre Desproges aplicava o seguinte lema ao humor: “On peut rire de tout, mais pas avec n’importe qui” (podemos rir de tudo, mas não com qualquer pessoa). O título das suas obras reflecte o seu estilo: Chronique de la haine ordinaire, Vivons heureux en attendant la mort ou Manuel de savoir-vivre à l’usage des rustres et des malpolis (ed. Seuil, col. Points, Paris, 1981). A partir de 1984 deu vários espectáculos a solo que ficaram para sempre no imaginário do povo francês. Morreu em 1988 vítima de cancro, mas nem o pressentimento da própria morte escapou à sua ironia.
Era um falso misantropo. O riso, afirmava, dessacraliza a estupidez e permite exorcizar o sofrimento. Neste "documento", em que levou Jean Marie Le Pen a tribunal, expõe o seu tratado filosófico-político sobre o humor. Deixo a pergunta que legitima a sua defesa do humor aplicado a todos os temas, sejam eles a guerra, a miséria ou a morte: "a Morte não pratica humor negro?"
E termino com o link para a mais maravilhosa das petições: Desproges, reviens!
Pierre Desproges aplicava o seguinte lema ao humor: “On peut rire de tout, mais pas avec n’importe qui” (podemos rir de tudo, mas não com qualquer pessoa). O título das suas obras reflecte o seu estilo: Chronique de la haine ordinaire, Vivons heureux en attendant la mort ou Manuel de savoir-vivre à l’usage des rustres et des malpolis (ed. Seuil, col. Points, Paris, 1981). A partir de 1984 deu vários espectáculos a solo que ficaram para sempre no imaginário do povo francês. Morreu em 1988 vítima de cancro, mas nem o pressentimento da própria morte escapou à sua ironia.
Era um falso misantropo. O riso, afirmava, dessacraliza a estupidez e permite exorcizar o sofrimento. Neste "documento", em que levou Jean Marie Le Pen a tribunal, expõe o seu tratado filosófico-político sobre o humor. Deixo a pergunta que legitima a sua defesa do humor aplicado a todos os temas, sejam eles a guerra, a miséria ou a morte: "a Morte não pratica humor negro?"
E termino com o link para a mais maravilhosa das petições: Desproges, reviens!
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