
11.7.07
Estatísticas

2.11.06
SIM ou NÃO. A questão do aborto #5
É que a sondagem a que me venho referindo prova que a maior relutância em participar no referendo vem do eleitorado masculino, como se a questão do regime legal do aborto (e a própria decisão de abortar) fosse apenas uma questão do foro das mulheres.
Neste plano, o debate sobre a despenalização do aborto até às dez semanas não é apenas uma questão de índole jurídico-penal: é também uma questão eminentemente cultural para o campo dos defensores do "sim", onde se joga um dos princípios basilares do Estado de direito democrático - o da igualdade entre os homens e as mulheres.
22.9.06
Se tiverem a impressão #1
Em Agosto de 2006, foram 57 407 as peças publicitárias passadas nos écrãs da RTP1, 2:, SIC e TVI, considerando todos os tipos de publicidade à excepção das auto-promoções dos canais. Este montante equivale a uma média diária de 463 inserções de publicidade por canal.
Mais informações: Marktest
10.2.06
O homem mais rico do planeta

arrested in New Mexico 1977
Quase dois milhões de portugueses viram o Bill Gates!
Fonte: Marktest
Classes mais altas preferem hipermercados.

Cerca de 40,5% do valor despendido pela classe social alta e média alta em bens de consumo corrente para o lar é gasto em hipermercados, sendo neste tipo de loja que esta classe social gasta a maior percentagem do seu orçamento para as compras do lar.
As classes sociais média e baixa despendem a maior percentagem de valor gasto em compras para o lar nos supermercados. Do total de gastos efectuados nestas compras pelos lares da classe social média, 37.8% foi realizado nos supermercados. Nos lares das classes média baixa e baixa, 39.7% dos gastos em compras para o lar foram feitos neste tipo de lojas. É também a classe social mais baixa que despende uma percentagem mais elevada do seu orçamento em mercearias e nos outros tipos de estabelecimentos, 7.2% e 13.9%, respectivamente.
Fonte: Marktest Retail Index
26.1.06
Janelas famosas

A RTP1, que emitiu a transmissão mais longa (das 18:45:02 às 23:58:47), obteve 11.1% de audiência média (1.046.700 espectadores) e 28.8% de share.
A TVI iniciou a transmissão às 19:59:58 e terminou-a às 23:27:13. Teve uma audiência média de 11.8% (1.115.000 espectadores) e 28.7% de share.
Na SIC, o especial eleições começou às 18:57:59 e prolongou-se até às 23:50:29. A audiência média foi de 8.8% (829.000 espectadores) e 22.3% de share.
Isto significa que cerca de 3 milhões de portugueses estiveram em frente do écran na noite de 22 de Janeiro. Como todos os canais tiveram uma equipa na Travessa do Possolo a filmar a janela da casa de Cavaco Silva, 3 milhões de portugueses poderam ver o novo PR espreitar para a rua e nunca mais se decidir se fechava ou não a janela!
Fonte: Marktest
12.1.06
Presidenciais 2006
O que isto significa é que as empresas de estudos de mercado começam a adoptar o princípio da transparência, fornecendo o relatório técnico completo das sondagens. As famosas fichas técnicas nunca foram suficientes para uma interpretação clara dos resultados. Agora passamos a ter acesso, por exemplo, a um elemento fundamental: o questionário. E, para além da definição do Universo e Amostra (dados que já eram obrigatórios) podemos compreender o processo de selecção dos entrevistados. Vejam aqui um exemplo (pdf).
Para a consulta de sondagens diárias podem também recorrer ao site da Marktest.
15.9.05
La Repubblica I


A publicidade atingiu em Agosto um valor de 177 milhões de euros, a preços de tabela, na RTP1, 2:, SIC e TVI. Este valor representa um decréscimo de 20.8% relativamente ao mês anterior, mas um aumento de 29.7% face ao mês homólogo de 2004.
De Janeiro a Agosto de 2005 a publicidade nestes quatro canais está em 1 488 milhões de euros, mais 31.7% do que os 1 130 milhões de euros investidos no mesmo período do ano transacto.
Nos primeiros sete meses de 2005, a indústria da alimentação liderou o investimento publicitário realizado em imprensa, rádio, televisão, cinema e outdoor. O sector despendeu mais de 272,6 milhões de euros, a preços de tabela, o equivalente a 13.1% do total. Neste sector, os iogurtes foram a classe mais importante, responsável por quase 58 milhões de euros em publicidade.
Na segunda posição está o sector dos serviços e equipamentos de comunicação, com montantes superiores a 261 milhões de euros, 10.4% do total. Neste sector, os telemóveis foram a classe mais importante, responsável por montantes superiores a 151 milhões de euros.
A higiéne pessoal é o terceiro sector com maior volume de publicidade, responsável por compras de valor próximo dos 206 milhões de euros, 9.9% do total. Neste sector, os champôs foram a classe mais importante, responsável por cerca de 11 milhões de euros em publicidade.
No ranring de volume de publicidade por sector de actividade, seguem-se a indústria automóvel (193 milhões de euros), bancos e OIMF (154), bebidas (148), comércio (146), higiéne do lar (95 milhões de euros).
Mas sozinhos, os três primeiros sectores representam um terço (33.4%) do mercado publicitário nacional, a preços de tabela.
Numa análise mais detalhada, por classe de produto, a liderança foi dos automóveis, que despenderam, de Janeiro a Julho de 2005, mais de 157 milhões de euros em publicidade, a preços de tabela, nos cinco meios auditados pela MediaMonitor. O valor representa 7.6% do mercado publicitário total.
Os telemóveis foram a segunda classe com maior volume de publicidade, num total superior a 151 milhões de euros, 7.3% do total.
Na terceira posição, encontramos os super e hipermercados, responsáveis por montantes superiores a 117 milhões de euros em publicidade, 5.6% do total.
Em conjunto, estas três classes representam um quinto (20.5%) do mercado publicitário nacional.
Fonte: Marktest
8.3.05
Diferenças

Assim, na lista das procuras mais frequentes realizadas por homens em 2004, constam Portugal, download, 2004, Lisboa, mapa, free, jogos, Porto, sexo e sapo.
Já na lista das 10 mais procuradas por mulheres, estão as palavras Portugal, Lisboa, escola, mapa, 2004, jogos, Porto, casa, como e sapo.
Este "como" será de "como fazer para..."? - provavelmente!
A partir destes dados, parece evidente que os estereótipos dos dois géneros saiem reforçados. Era simples tirar esta conclusão!
Mas não são mais os conceitos que nos unem? O just in time (2004), a pátria e como nos orientarmos nas grandes cidades, a forma de lazer (jogos) e, pelos vistos, a preferência pelo portal Sapo. Para não falar da quantidade de coisas que nem homens nem mulheres procuram na net.
26.2.05
Cinema no sofá

Fonte: Marktest. Top 10 Filmes mais vistos na TV em 2004
Em 2004, em dias de chuva, quiça, foi isto que os portugueses andaram a fazer: ver filmes na TV. É claro que...
Às 21:59 não foram as criancinhas que andaram a ver o Homem-Aranha! E o que é a Velocidade Furiosa!?
Tudo bem, não faço mais comentários! Mas há alternativas... (próximos posts).
22.2.05
Especial Legislativas no sofá

Fonte: Marktest
----------RTP1------TVI------SIC
Aud.M---13.3%----10.5%----8.3%
Share--- 36.0%----27.8%----21.4%
Fonte: Marktest
Na noite das Eleições, os 3 canais generalistas apresentaram emissões em directo. O programa da RTP1 foi o mais longo (5h:30m), seguido do da SIC (4h:30m); a TVI só abriu o directo às 20:00 (e não às 19:00, como os outros canais) e este terminou 4h:11m mais tarde. A RTP1 foi o canal mais visionado, atingindo uma audiência média de 13.3% e 36% de share; foi também quem teve melhor audiência no dia (20.6% de share) e no horário nobre (das 20:00 às 24::00, 35.6% de share). Para tal terá contribuido certamente todo o investimento na produção do programa, como a montagem de um estúdio no Centro Cultural de Belém, e o painel de comentadores que incluia o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Às 20 horas, os 3 canais apresentaram as primeiras projecções dos resultados. Os portugueses preferiram confiar na RTP1/Univ. Católica (mais de 40% dos espectadores), depois na TVI/Intercampus e em último na SIC/Eurosondagem. Note-se que foi a Intercampus quem mais se aproximou dos resultados finais.
Um pouco antes das 21:30 Francisco Louça fez a sua declaração e RTP1 e TVI têm praticamente o mesmo share; só cerca de 20% dos espectadores assistem à SIC, apesar deste canal ter sido o único a seguir até ao fim as palavras do líder do BE.
A partir das 22h:45m, depois de Jerónimo de Sousa fazer o seu discurso, a RTP começa a perder audiência para os outros canais; a partir daí a TVI estabiliza mas a SIC volta a baixar gradualmente o share, sempre a favor da RTP1. Mas se querem visualizar num gráfico o efeito zapping olhem para o que se passa por volta das 23 horas. Ficamos com a impressão de que é só depois de Paulo Portas falar que os espectadores ficam mais quietos no sofá (cerca das 23:15).
Às 24h:20m, a SIC terminou a emissão em directo, sendo o único canal a não emitir o discurso de Sócrates no Largo do Rato - que ocorre por volta da meia-noite e meia.
A emissão da RTP1 só terminou perto da 1 hora da manhã (24:54) - foi o momento de apanhar ainda o filme da SIC (mais que o da TVI), dar um salto à 2: ou, para a maior parte, de ir dormir.
Algo correu mal ali para os lados de Carnaxide! Nas Legislativas de 10 de Outubro de 1999, em que António Guterres saiu vitorioso, foi a SIC a liderar o share no dia, com 39.5%, e o share no horário nobre (40.8%). Em 2002, enquanto RTP1 e SIC se "gladiavam", a TVI faz uma ascenção surpreendente e lidera as audiências (33.5% share no dia e 35% no horário nobre).
Esta "vitória" da RTP é ainda mais importante porque este share reporta a um número de espectadores nunca alcançado anteriormente numa noite eleitoral: foi ultrapassada a fasquia dos 4 milhões!
14.2.05
O Dia do Escrutinador IV

Dave April
- O PS em 1983, com Mário Soares, consegue 36.35% das intenções de voto; o PSD chega aos 27.04%. A coligação APU/CDU/PCP-PEV ainda está próxima dos 20% (18.20%). Forma-se o Bloco Central que vai durar até 1985.
- Em 1985 há uma "perturbação" com a entrada do PRD (lembram-se da iniciativa de Ramalho Eanes?). O PRD, que chega aos 18.04%, retira votos a todos os partidos, com excepção do PSD. O PS baixa para 20.82%, o PSD sobe ligeiramente para os 29.79%. É o início da era Cavaco Silva.
- Em 1987 e 1991, o PSD de Cavaco Silva consegue as maiorias absolutas (primeiro com 50.15% e depois com 50.43%). Em 87, o PSD vai buscar esses votos ao PRD (que desce vertiginosamente para 4.93%) e ao CDS (é um ano negro, ficam-se pelos 4.34%); o PS quase não se altera (22.30%). Em 1991, o PS sobe para 29.25% à custa do voto útil (?) dos comunistas (a CDU nunca mais vai recuperar os eleitores). Pela primeira vez, a abstenção ultrapassa os 30%.
- Em 1995, temos o confronto entre o PSD de Fernando Nogueira e o PS de António Guterres. Este último sai vencedor com 43.85% das intenções de voto; o PSD baixa para 34.%. E em 1999, em matéria de resultados eleitorais globais, quase não há alteração: 44% versus 32.32%.
- Finalmente, em 2002, há um inversão nesta balança. Durão Barroso obtém 40.21% dos votos; o PS de Ferro Rodrigues, 37.79%.
- A partir daí a CDU veio sempre a descer instalando-se na casa dos 8.84% e 8.61% em 91 e 95, subindo muito ligeiramente para 9.02% em 99, para logo voltar a baixar bastante: 6.94% em 2002.
- O CDS começa a descer em 1985 (de 12.38% passa para 9.74%), cai acentuadamente em 87 (4.34%) e 91 (4.38%), recupera em 1995 (9.09%), estabiliza em 1999 e 2002 com 8.38% e 8.72%, respectivamente.
- O BE chegou aos 2.74% em 2002.
- Os dados que consultei agregam os votos de todos os outros pequenos partidos com os votos em branco (vá lá, distinguem estes últimos dos votos nulos). De 1983 a 2002, a média deste "bloco" é de 4.35%, mas em 2002 registou-se o mais baixo score de sempre: 2.63% dos votos. José Saramago ainda não tinha lançado o Ensaio sobre a Lucidez!?
8.2.05
O Dia do Escrutinador III

Dave April
3.2.05
O Dia do Escrutinador

Dave April
A informação estatística pode ser obtida por vários processos, mas o mais comum é através de inquéritos por amostragem. Um inquérito por amostragem tem várias etapas e em cada uma delas há que ter em conta a qualidade. Desde a definição dos objectivos até à divulgação dos resultados, passando pela definição do universo, pelo dimensionamento da amostra, pelo desenho do questionário, pela qualidade dos entrevistadores, etc. tudo isso contribui para a qualidade da informação estatística a obter.(...) Muitas vezes o erro de amostragem foi calculado para determinada desagregação das variáveis, mas a divulgação da informação é feita a um nível mais desagregado. Neste caso o erro de amostragem é com certeza superior e é possível que resulte não só da dispersão, mas também do enviesamento dos dados.
Apesar dos esforços da APODEMO (Assoc. Portuguesa de Empresas de Estudos de Mercado e de Opinião), nomeadamente através da criação do CODEMO, a verdade é que são poucas as empresas que procuraram certificar-se pela Garantia de Qualidade ISO. Pelo que, mesmo que a qualidade média seja elevada, o sector não criou "defesas" que tranquilizem e esclareçam a opinião pública.
7.1.05
Réplicas nas grelhas televisivas

Ilha Phi Phi