
No dia 18 de Julho fez 20 anos que morreu Gilberto Freyre, sociólogo brasileiro que escreveu Casa-Grande & Senzala (Ed. Livros do Brasil). Este livro foi publicado em 1933 mas, nos anos 80, quando li a obra, ela ainda me pareceu revolucionária (e bela). Gilberto Freyre parte da estrutura habitacional (e arquitectónica) para nos introduzir na sociedade dos senhores e escravos do Brasil, desde o século XVI. E acaba defendendo o ideal da miscigenação.
É o criador do conceito de Luso-tropicalismo. Os processos portugueses de integração de povos autóctones e de culturas diferentes da europeia teriam gerado um complexo novo de civilização, o luso tropical, fundador da identidade cultural brasileira.
A minha paixão por Gilberto Freyre perdura, mesmo depois de todas as críticas de que foi alvo (precisamente a partir da década de 80). Mas ele sempre gerou crítica e reinvenção.
Se nunca leram, procurem o livro e deixem-no acompanhar os vossos banhos de sol. Recentemente, também fiquei com vontade de conhecer as Assombrações do Recife Velho.
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