How the Grinch stole Christmas! (1966)
Realização: Chuck Jones
Argumento (e livro): Dr. Seuss
Voz do Grinch e narração: Boris Karloff
[Versão de Ron Howard, 2000]
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22.12.06
21.5.06
façam como eles, fujam!

Pronto, já vi The Da Vinci Code, tinha que ser! Mas, e falo sobretudo para quem gostou de ler o livro, passávamos todos muito bem sem este filme (e melhor ainda sem uma nova onda de quinhentos mil artigos sobre o Código Da Vinci).
Ron Howard não recria a história criada por Dan Brown, revela-a.
Ao filme falta intensidade, mistério, suspense, "pica"! E depois... não senti química nenhuma entre Tom Hanks-Robert Langdon e Audrey Tautou-Sophie Neveu. As cenas no Louvre poderiam ser mágicas, não são. O ambiente do filme poderia ser "negro", "ritualista", não é. Silas (Paul Bethany) poderia assustar-nos ou impressionar-nos, mas habituamo-nos aos olhos translúcidos que observamos logo nas primeiras imagens. Howard preserva a nossa imaginação, não nos dá qualquer hipótese de resolvermos um enigma, e também nos poupa ao horror, arriscando apenas uns minutos de suplícios (com a autoflagelação de Silas). As imagens passam por nós a um bom ritmo mas não retemos nenhuma! Falta belo. Falta emoção. E, pecado, a sequência de deduções que nos deslumbrou no livro chega a tornar-se risível no filme.
A Opus Dei pode descansar! Se o livro "convenceu" alguns, o filme, esse, nunca será levado a sério... o que lamento, porque adoro a teoria do sagrado feminino! ;)
Ron Howard não recria a história criada por Dan Brown, revela-a.
Ao filme falta intensidade, mistério, suspense, "pica"! E depois... não senti química nenhuma entre Tom Hanks-Robert Langdon e Audrey Tautou-Sophie Neveu. As cenas no Louvre poderiam ser mágicas, não são. O ambiente do filme poderia ser "negro", "ritualista", não é. Silas (Paul Bethany) poderia assustar-nos ou impressionar-nos, mas habituamo-nos aos olhos translúcidos que observamos logo nas primeiras imagens. Howard preserva a nossa imaginação, não nos dá qualquer hipótese de resolvermos um enigma, e também nos poupa ao horror, arriscando apenas uns minutos de suplícios (com a autoflagelação de Silas). As imagens passam por nós a um bom ritmo mas não retemos nenhuma! Falta belo. Falta emoção. E, pecado, a sequência de deduções que nos deslumbrou no livro chega a tornar-se risível no filme.
A Opus Dei pode descansar! Se o livro "convenceu" alguns, o filme, esse, nunca será levado a sério... o que lamento, porque adoro a teoria do sagrado feminino! ;)

16.5.06
Uma história de todos os tempos
Não, eu ainda não fui ver The Da Vinci Code. Hei-de ir, brevemente. Este post aparece a título de introdução. É que nas minhas mãos tenho um pequeno livro de Lauro António, sobre Visões de Cristo no Cinema (Edição Biblioteca Museu República e Resistência). Leio que "a hagiografia de Jesus multiplica-se até à exaustão. Em cada período da história da Arte Ocidental, existem múltiplas tentativas de representar Cristo, e muitas vezes a polémica que hoje assola o cinema esteve presente nesses séculos recuados, quando à imagem convencional de Cristo se contrapunha uma nova visão." (p. 4). 

O Código Da Vinci (livro) não é uma recriação da vida de Cristo, mas as teorias que defende, ou as questões que coloca a partir desta imagem da Ultima Ceia de Leonardo Da Vinci, já geraram muita polémica. Agora que o filme foi lançado, o cardeal nigeriano Francis Arinze declarou num documentário anti- O Código Da Vinci, produzido em Itália por uma entidade cinematográfica católica, que os cristãos deveriam "tomar medidas legais" contra o filme de Ron Howard (BBC News). No mês passado, o cardeal italiano Angelo Amato apelou a um boicote ao filme.
Neste livro de LA, que "termina" com A Paixão de Cristo de Mel Gibson ("o filme mais polémico do início do século XXI", antes da mega produção dirigida por Ron Howard), conto quase uma centena de obras sobre a vida de Cristo (entre elas, o Acto de Primavera de Manoel de Oliveira - 1963, A Maior História de Todos os Tempos de George Stevens - 1965, O Evangelho Segundo S. Mateus de Pasolini - 1964, A Via Láctea de Luis Buñuel, 1969, Jesus Cristo Superstar de Norman Jewison - 1973, O Messias de Rosselini - 1976, etc.) ou em que a personagem de Cristo se cruza com outras histórias (Quo Vadis, sete versões, desde 1902; Ben Hur, quatro versões, desde 1907, sendo a mais célebre a de 1959 de Willian Wyler; Salomé, cerca de vinte adaptações ao cinema da peça de Oscar Wilde).
Podemos sempre relativizar o impacto de todos estes filmes na época em que foram lançados. É verdade que, desta vez, o livro que inspirou o filme já vendeu mais de 45 milhões de exemplares em todo o mundo!
Mas em 1916, David W. Griffith, já "(se) tentava desculpabilizar do elogio do racismo e das actividades do Ku Klux Klan" (p. 6) com Intolerância. Nicolas Ray, em 1961, com O Rei dos Reis realiza um filme cuja imagem de marca é "um filme sobre o conflito de gerações, de luta pela liberdade" (p. 10). Em 1988, com A Ultima Tentação de Cristo, Martin Scorsese acaba "repescando a tese de que a ortodoxia católica tem escondido do mundo segredos que os testamentos e outros textos gnósticos parecem comprovar" (p. 12).
Conclusão: (1) depois do sucesso do livro de Dan Brown, não resisto a assistir ao resultado gerado pela ambição e risco assumidos por Ron Howard; (2) aposto que me vou divertir___ e vou adorar as cenas filmadas no interior do Louvre! (gostei logo desse ambiente no livro); (3) as minhas expectativas obedecem à apreciação do Tom Hanks___ "uma boa história, não devendo ser levada muito a sério".
Fica a dúvida se, livro e filme, serão capazes de ultrapassar a espuma dos dias (enfim, no caso do primeiro, já são uns anos, mas quand même!) e se o Lauro António se vai sentir na obrigação de acrescentar mais um capítulo ou título à sua colecção de livros sobre o Cinema.
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