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30.4.08

Rio de Paz


A violência no Brasil mata mais do que qualquer doença epidémica. Por isso respeito tanto as iniciativas do Movimento RIO DE PAZ. Uma das activistas viveu muitos anos em Portugal e é uma daquelas pessoas que nunca esquecemos. Quando estive no Rio de Janeiro (já faz tanto tempo!), tive oportunidade de a rever. Lembro-me de falarmos sobre segurança. Os portugueses estranham a necessidade de gradeamentos bloqueando as entradas dos prédios, ou a ideia de não poder viajar com a janela do carro aberta! Um simples passeio no Rio, a pé ou de automóvel, implica um risco (elevado) de assalto com violência. A certa altura, um amigo dela, carioca, disse: "a gente se habitua". Fiquei na dúvida. É verdade que o ser humano se adapta a todas as situações e até acredito que, felizmente, todos conhecemos mal os nossos limites, até onde conseguimos resistir em situações de adversidade ou dor. Mas banalizar a violência, integrá-la sem resistência no nosso quotidiano, é acéfalo.

Este Movimento RIO DE PAZ decidiu resistir e combater - se não o flagelo, pelo menos a apatia. Têm organizado
acções carregadas de simbolismo que lembram os mortos e evidenciam o carácter massivo do fenómeno. Neste momento, estão também empenhados em criar redes de apoio psicológico para os familiares das vítimas.

Essa minha amiga chama-se Simone Villas Boas e eu sinto orgulho e comoção por a ver (e sentir) tão envolvida nessa batalha. Ela tem um blogue,
[correio electrônico], que reflecte as suas preocupações sociais. Alguém me dizia que reflectir sobre o tecido urbano e social implicava vários tipos de conhecimento erudito mas, sobretudo, um enfoque na ecologia da alma. Simone é a minha ecologista da alma preferida. Já agora, vejam-na aqui e aqui. O mote: «Via Crucis - O Aterro do Flamengo amanheceu com duas mil cruzes brancas simbolizando o número de mortos por assassinato neste ano».

29.6.07

Rio de Paz

Acho que o pessoal do mundo inteiro Rio de Janeiro deve estar atento a isto e participar em massa!

23.4.07

Jardim da Morte

Ela escreveu: Você já sabe o quanto sou revoltada com a omissão do brasileiro que suporta todo o tipo de injustiça, o Estado abandonou a população, se não fossem grandes brasileiros anônimos que lideram Ongs que fazem a diferença, não sei o que seria. Graças a iniciativas individuais, projetos de inclusão social tem mudado a vida de muitos, ao contrário dos projetos assistencialistas do governo que apenas mantém um vínculo de dependência e porque não dizer, humilhação.

Minha amiga Simone é voluntária do movimento Rio de Paz. No dia 19 passou a madrugada abrindo botões de rosas para um protesto intitulado Jardim da Morte, realizado na praia de Copacabana. Ela aparece neste vídeo, logo no início. Por todas as razões, fiquei muito emocionada.