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5.11.08

A Pé pelo Paraíso

O novo livro de Luis Carmelo, uma recolha de contos publicados em jornais e revistas nos últimos anos, vai sair! O lançamento é agora!


6 de Novembro, 18:30h
Livraria Europa/América
Av. Marquês de Tomar, 1b - Lisboa

13.3.07

Agenda

Às 18:30, no El Corte Inglês de Gaia. E Deus Pegou-me pela Cintura, de Luis Carmelo, é apresentado por João Pereira Coutinho. E parece que poderemos ver "quatro curtas em linguagem clássica, ou quatro sequências da narrativa original com destino ao You Tube em linguagem mais meteórica". "há quem diga que é a primeira tradução - ainda que parcial - de um romance (no sentido canónico do termo) à novíssima lógica do You Tube."
Pobre Rute Monteiro! Eu vou passar por lá, que a Fnac já não é o que era, mas ainda me leva pela cintura, pela mão, pelos olhos,...

6.3.07

Ei, lisboetas, é hoje!

Diz o Luis Carmelo que a Rute Monteiro "agradece a todos e espera mais uns dias para o fazer formalmente. E, depois, já se sabe: no El Corte Inglés, com iguarias e tudo, no dia 6 de Março, em Lisboa, e a 13 no Porto (Gaia)."

Se ainda não sabem do que estou a falar, leiam E Deus pegou-me pela cintura. Ou apareçam às 18:30 no El Corte Inglês e ouçam a apresentação de Francisco José Viegas.

13.2.07

Capturem a jornalista

Evadida do livro em que nasceu há algumas semanas, agora é tempo de a capturarem.


"É verdade: a Rute Monteiro tem uma vida (entre outras sete) que se desenha nas páginas desse romance (E Deus Pegou-me Pela Cintura). É verdade: quis levar a cabo - com o meu editor - uma antecipação ficcional, partindo do princípio que, nos dias de hoje, o livro já não é um objecto que possa prender a ficção no seu seio: entre capa e contracapa. No nosso mundo, a ficção e a realidade interpenetram-se cada vez mais (a efabulação dos media globais assemelha-se à dos antigos mitos), do mesmo modo que a verdade e o sentido se confrontam num tipo de ambiguidade que, dia a dia, todos experimentamos. Do cinematógrafo a Duchamp vai a distância entre a ilusão desejada e a ilusão conformada com a realidade. Pergunto: por que razão não poderá o objecto livro instalar a sua ficcionalidade fora do espaço físico que é o seu? Por que se terão escandalizado tantos espíritos "éticos" e carregados de fobia pelo diabolismo do "marketing" com esta antecipação ficcional?"
[continua]

20.1.07

Foi Deus!

É estranho. Ainda há dias dizia que a blogosfera me alertava muitas vezes para a ocorrência de novos factos, mas que nunca tinha seguido nenhum acontecimento (que considerasse relevante) exclusivamente via este canal. O desaparecimento de uma cidadã portuguesa no Líbano é matéria relevante e de interesse público. Tenho procurado informação nos media tradicionais. Só eles têm meios para explorar, e às vezes aprofundar, um caso com estes contornos. Parece-me urgente a necessidade de confirmar ou (preferencialmente) desmentir a notícia lida no Freelance. Compreendo a cautela, apesar de Olavo Aragão ser um jornalista conhecido dentro da classe. Mas estou quase no Basta! Para ficcionar Guerra e Paz temos o romance! A jornalista Rute Monteiro não é uma invenção da blogosfera... a não ser que todos estes posts tenham surgido ao mesmo tempo por inspiração divina! Como cantava a Amália, Não sei, não sabe ninguém...


O impacto da blogosfera

... na vida dos bloggers é o tema da Mini-Entrevista concebida por Luís Carmelo. A amostra já ultrapassa a centena. No seu Miniscente podemos ler todas as semanas as respostas ao "inquérito". Na semana que passou, saiu a minha___ que agora fica aqui "arquivada".

1 – O que lhe diz a palavra “blogosfera”?
É um admirável mundo novo, mesmo se fica nos antípodas da fábula criada por Aldous Axley. É um mundo pouco organizado, onde impera a vontade livre individual, quase sem condicionamentos de estilo, forma ou conteúdo. Tem as suas castas, mas o sistema que as cria nada tem de científico. Se me ocorre esta associação, é apenas pela rapidez com que a inovação “blogosfera” se impôs.
Em 2004, quando me sugeriram que criasse um blogue, resisti. Acho que associava a blogosfera a um ambiente frequentado por informáticos e adolescentes (alguns tardios). Nos jornais, teria lido qualquer boa referência à escrita de um ou outro blogger, mas mantinha a desconfiança. Criaram-me o blogue, ainda me lembro do email com as instruções, “blogger.com/start, por agora não mexas no template”, etc..
Talvez por causa dessa iniciação, persisto em olhar a blogosfera com um conjunto de indivíduos isolados, movidos pelas mais diversas motivações. Existem empresas, associações, embaixadas, várias entidades colectivas a gerir blogues, mas nas leituras que faço procuro sempre a “reason-why” do indivíduo. Cada um cria depois uma teia de relações virtuais, uma pequena “comunidade”. A blogosfera, hoje, é um conjunto infindável de pequenas comunidades e, quando passeio por lá, viaja comigo um sentimento de pertença ou de estranheza. Sei quando estou dentro da “minha” comunidade e quando entro em território desconhecido. Fascina-me, é claro, o visto Schengen comum que dá acesso a toda área. Nenhum outro meio permitirá maior e mais rápida liberdade de acesso e circulação.
A “blogosfera”, por permitir uma nova forma de expressão, massiva e mais livre; por oferecer entretenimento e informação à la carte tem ainda o mérito de ser uma das raras inovações de pendor tecnológico que não desumaniza. Ela serve de facto o Homem.
Penso nas motivações base que nos movem: hedónicas, oblativas e de projecção pessoal. Que outra actividade ou serviço é tão cabal na sua satisfação?

2 - Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
Acho que nenhum. Os blogues têm servido sobretudo para me “avisar” da ocorrência de qualquer acontecimento e para perceber os diferentes estados de espírito ou sensibilidades que um mesmo acontecimento pode gerar.

3 - Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
O Divas & Contrabaixos aconteceu quando comecei a colaborar com um jornal regional. O blogue tem o nome da rubrica do jornal. Mas logo percebi que o jornal e o blogue tinham ritmos próprios. O D&C descolou-se da sua origem e passou a ser um espaço (para uma experiência) pessoal. Mas continuo a associar o blogue à minha inserção na cidade, Aveiro. Acabava de chegar e foi também através dele, ou por causa dele, que passei a viver com mais intensidade a cidade. Fotografei, pesquisei, conheci pessoas ligadas ao “fazer a cidade” e o blogue permitiu-me espalhar essa energia.
Com a minha entrada na blogosfera, descobri também “o zapping blogosférico”. É um entretenimento delicioso e que vicia. Nos primeiros tempos, era capaz de ficar horas em frente do computador, a navegar e a “blogar”; depois tornou-se um hábito mais moderado, mas ainda um hábito.

4 - Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?

Talvez alguns blogues tenham um editor-chefe na penumbra mas, por princípio, a blogosfera é editorialmente livre.
Isso não significa, é claro, nenhuma grande transformação cultural ou social. Transparência e liberdade de expressão são condição, mas não bastam. A blogosfera poderá oferecer conteúdos e prismas mais diversificados do que os media tradicionais, garantir o direito ao contraditório, dar voz ao cidadão anónimo, mas a qualidade das análises e da escrita e, sobretudo, a responsabilidade dos autores, não estão asseguradas. Enfim, será um mal menor num mar imenso de possibilidades. Mas questiono-me sobre o que fazer quando me deparo com blogues que promovem preconceitos extremistas ou como travar boatos e injúrias. Como A. Huxley, num outro contexto, acho que “o abençoado intervalo entre a excessiva falta de ordem e o pesadelo da ordem em excesso não começou e não dá sinais de começar”. Vamos dizer que a blogosfera traduz e revela apenas o que somos, condicionados e imperfeitos por natureza, admiravelmente “novos” todos os dias.

19.1.07

Jornalismo e blogosfera II

Falei do blogue de Olavo Aragão, Freelance. Se já passaram por lá, puderam ler a notícia.

Nos primeiros dias de Outubro de 2006, foi sequestrada no Líbano uma jornalista portuguesa, de nome Rute Monteiro, residindo há alguns anos no Brasil (no estado de Mato Grosso do Sul). (...) Estranhamente, o caso raramente mereceu atenção dos media e dos governos envolvidos, nomeadamente o português. Já em Dezembro de 2006, um blogue árabe, o "Lâ Tadhad" ("Não Partas!" - http://latadhab.blogspot.com), referia: "On October 3th a portuguese journalist was taken hostage in Libanon. According to some arabic sources, namely blogs, she was taken to Afghanistan" (No dia 3 de Outubro, uma jornalista portuguesa foi raptada no Líbano. De acordo com fontes árabes, nomeadamente blogues, teria sido levada para o Afeganistão).
Ao longo de Janeiro de 2007 nada mais se soube acerca de Rute Monteiro.


Alguém me explica o silêncio que reina nos media?