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8.11.07

Ego Skin II

Se a pele for o limite do corpo. sendo que corresponde aos contornos da figura humana para quem desenha. Se a pele se expressar em dueto. um dueto definido à partida. então a pele são os poros, as peles respiram-se. e se, a proposta: mais 15 minutos para recriação desse "material". por uma coreógrafa, um encenador de teatro e um desenhador digital. Se a pele se reinventar assim. temos movimentos de repetição, a nossa rotina, de abertura, o nosso desejo, de troca, a sensualidade, o sexo, de repulsa ou escárnio, táctil feio, e ninguém pode esquecer todos os outros sentidos, apesar de, ou precisamente porque, se trata de pele. a coreógrafa acelerou o ritmo do dueto e acrescentou mais pedaços do arquivo humano de movimentos. o desenhador riscou, coloriu, projectou, fundiu, alongou, jogou. o encenador brincou com o reflexo das peles, uma contra a outra, uma atrás da outra, revelando, revelando. queremos ver ser ficar nus. mas resistimos.
Diverti-me imenso. mas a sala poderia ter ficado mais quente. faltava gente. Amélia Bentes e Ludger Lamers mereciam mais olhos, poros, corações!

7.11.07

Ego Skin




Explorar o conceito de ego enquanto «imagem de si mesmo» é o objectivo de Ego Skin, projecto dirigido por Amélia Bentes. O espectáculo é o resultado do desafio lançado a três criadores de áreas artísticas distintas - Claudio Hochman (teatro), Lia Rodrigues (dança) e António Jorge Gonçalves (desenho digital ao vivo) - para que trabalhassem, transformassem ou recriassem um dueto previamente criado por Amélia Bentes e Ludger Lamers. Pretende-se que o produto final seja uma viagem de tripla-perspectiva sobre o mesmo tema, tendo como referência o corpo-pele, fronteira de identidade e defesa. O corpo, ser-no-mundo que participa, comunga e comunica, torna-se simultaneamente superfície de inscrição, sujeito e objecto, vivente e vivido, tocante e tocado. É partindo desta imagem que o corpo se modela, se transfigura, se desfigura, ideia que implica necessariamente a subordinação do corpo ao olhar do outro.

Concepção e Direcção Amélia Bentes
Interpretação Amélia Bentes e Ludger Lamers
Criadores convidados Lia Rodrigues (dança), Claudio Hochman (teatro) e António Jorge Gonçalves (desenho digital ao vivo)
Música Martins Carlos
Assistência de ensaios (Lia Rodrigues) Marta Silva
Texto (Lia Rodrigues) excerto de “Muito, meu amor” de Pedro Paixão
Texto e letras de canções (Claudio Hochman) Claudio Hochman
Apoio Vocal Paulo Filipe
Desenho de Luzes Cristina Piedade
Figurinos e Imagem de Divulgação Vel Z
Direcção Técnica Raúl Seguro
Produção Executiva ACCCA / Narcisa Costa e Maria João Garcia


Uma antevisão do projecto realizado por António Jorge Gonçalves (desenho digital ao vivo):


No Teatro Aveirense, às 21.30, integrado no ciclo Dança e Novas Tecnologias.