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5.7.12

Os Cinemas da Europa

«O actual mapa da Europa é constituído por 47 países, dos quais 27 pertencem à União Europeia e 3 são candidatos a sê-lo. A resposta à pergunta “Que Europa é esta?” será, em termos de cinema, o tema de 47 sessões de uma “masterclass”, duran...te a qual Lauro Antonio, realizador, crítico e professor de cinema, irá tentar explicar de que forma a arte cinematográfica interage e se identifica com a originalidade de cada país, a sua história, cultura e valores mais intrínsecos.
Cada sessão abordará, pois, um país, uma cinematografia, e um filme específico.»

E assim aconteceu em Oeiras. Agora foi publicado o livro "OS CINEMAS DA EUROPA" (Ed. Município de Oeiras). É muito mais do que um catálogo. Temos, para cada país, uma "crónica" sobre a sua História, a História do seu Cinema e outros dados sobre a cultura nacional, a análise do filme selecionado e o perfil do seu realizador. Muito interessante! São 218 páginas que reflectem um saber profundo e um grande amor à Sétima Arte.
 
 

19.4.12

Florbela

Hoje, no modo Florbela Espanca (1894-1930). O filme de Vicente Alves do Ó centra-se nos últimos cinco anos da vida da poetisa. É um fragmento ficcionado da vida de alguém que "que não sabe viver". Uma visão subjectiva e poética, que nos oferece uma Florbela que nos é familiar (mais do que esperávamos) e estranha (porque se "revelam" facetas de uma modernidade singular). Sobressai a vida pequeno-burguesa, laivos de uma época, as terríveis angústias existenciais, um amor ambíguo entre irmãos (um mito na sua biografia, quase irresistível não ir por aí). Deixou-se cair a ligação ao mundo real, a colaboração com jornais, a dificuldade para publicar, há apenas uma alusão às traduções que fazia... Mesmo a escrita é colocada em segundo plano, está lá mas como pano de fundo. Gostei dessa opção (não cairam no óbvio). Temos pois a mulher. Uma visão dessa mulher. Excelentes interpretações. Dalila do Carmo sem maniqueísmos, absolutamente terrena. Cenários sóbrios no fausto (a festa em Lisboa, chez Sophia de Arriaga) ou na simplicidade (Vila Viçosa). Adorei a banda sonora de Guga Bernardo! Parabéns ainda pela fotografia e direcção de arte! Desde a primeira cena entrei no filme! Nem o vislumbre do Visconde Lauro Antonio me resgatou ao real (já te disse, estás um charme!). Peguem no lencinho e entrem na sala. (Chorei q.b. mas dói sempre ver alguém quebrar as suas "lanças uma a uma"!)