Mostrar mensagens com a etiqueta Cine Eco - Extensão em Aveiro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cine Eco - Extensão em Aveiro. Mostrar todas as mensagens

25.3.08

Não perder

Último dia do CineEco - Festival Internacional de Cinema e Vídeo da Serra da Estrela, em Aveiro. Começa às 10:00 e termina às 21:30 com a exibição dos filmes vencedores nas últimas edições (2006 e 2007/trailer)

20.3.08

11.3.08

Cine Eco em português

Comecemos com uma lista de prémios: Prémio Lusofonia e Menção Honrosa do Júri da Juventude no Cine Eco 2006; Prémio Atlântico, Play-Doc 2007, Tui, Espanha; Prémio Imprensa Caminhos do Cinema Português 2007, Coimbra; Prémio Cora Coralina (Melhor filme), FICA-Festival Internacional de Cinema Ambiental 2007, Brasil; Prémio Zumballe Melhor Documentário – MIVICO 07, Ponteares, Galiza; Menção Especial no 2º Festival Internacional de Cine Documental de la Ciudad de México; Prémio Green Award, EFFN – Environmental Film Festival Network 07, Turim, Itália; Prémio da Secção Transfronteiriça, da 3ª edição do Extrema’D0C, em Cárceres, Espanha; Primeiro Prémio no VII Kathmandu International Montain Film Festival, 2007, Nepal.

Talvez não saibam, mas este documentário é o mais premiado de sempre do cinema português. Já agora, o Green Award é o equivalente ao Oscar para o cinema ambiental. Na atribuição do último prémio em Kathmandu, um festival que visa distinguir trabalhos ligados às montanhas, apreciei particularmente as palavras do júri relativamente a este documentário português: “A mistura perfeita de bom cinema e qualidade de pesquisa numa temática que geralmente só encontra lugar nos estudos académicos ou workshops internacionais. As espantosas imagens, escolha do protagonista, música, canções com poemas profundamente líricos, uma edição soberbamente imaginativa complementa a história-narração ardilosa da película. Percebemos profundamente a vida desses homens na solidão das montanhas. O realizador combinou o assunto com ferramentas cinematográficas com mestria, tocou o romântico e ainda fornece uma excelente mensagem proverbial aos outros”. (Mais informações: http://www.himalassociation.org/index.php).

Talvez já tenham percebido que me estou a referir ao filme AINDA HÁ PASTORES?, de Jorge Pelicano, filmado em Casais de Folgosinho.

Casais de Folgosinho: nem sequer é um lugar, é uma extensão de terra, um vale entre as montanhas da Serra da Estrela. Casais de Folgosinho: era todo o mundo de Grazina, o pastor mais velho do vale, que guardava e ordenhava 80 ovelhas duas vezes por dia, é todo o mundo de Maria do Espírito Santo que vive só há mais de vinte anos, nos mais de 80 anos de vida que já conta, mas que não a impedem de continuar a correr atrás das três cabras que possui. Casais de Folgosinho é onde fica a casa sem luz eléctrica ou água canalizada de Hermínio, o pastor mais jovem, que ainda não tem 30 anos, e que guarda mais de 100 animais, enquanto ouve as cantigas de Quim Barreiros e sonha com companhia. Rosa e Zé são as únicas crianças do vale, filhos do pastor Manuel Pita, e já só o Zé vai à escola que a Rosa já tem a lida da casa, a apanha da batata ou a ordenha, apesar de conservar o sorriso gaiato. Um documento magnífico sobre os sobreviventes de um lugar que vai deixar de existir. Um filme para reflectirmos: como repovoar estes lugares perdidos da Terra, mantendo-os virgens de tecnologias e poluições? Como preservar actividades "arcaicas", como o pastoreio, sem escravizar os homens a jornadas e condições de trabalho demasiado árduas? Ainda há pastores ou uma utopia?

A não perder dia 11, terça-feira, às 21:30, no Teatro Aveirense.

Na sessão anterior, às 18:30, serão apresentados outros dois excelentes documentários portugueses: A PONTE DE TODOS, de Anabela de Saint-Maurice e VILARINHO DAS FURNAS, de Sofia Leite. Filmes que nos dão a oportunidade de “viajar cá dentro”, percorrendo lugares e décadas da nossa história, com a nossa gente.

Juntem-se a eles nesta nova terça-feira de CineEco!



[Ver a programação do dia no Teatro Aveirense]

7.3.08

Discretas Afinidades

... é um filme de Ana Neves, realizado sob encomenda da Câmara Municipal de Estarreja - BioRia. Atendendo ao resultado do "inquérito" à população que outro filme, Água Nossa, revela, a relação dos aveirenses com a Ria é mais discreta do que deveria ser. Poucos conhecem a origem da mesma.

Em Água Nossa, filme realizado por Raquel Carrilho e Teresa Magalhães (apoio UA/DECA) a partir de uma ideia original desta que vos escreve, percebemos que a maioria da população desconhece donde vem a água que abastece o concelho de Aveiro e desconhece como se formou a Ria (ria que, na verdade, não é ria, mas uma laguna costeira).

Deixo então alguns links que poderão dar resposta a todas as questões:

RIA DE AVEIRO
BIORIA
ICN/ZONA DE PROTECÇÃO ESPECIAL
ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO CARVOEIRO VOUGA
SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE AVEIRO

6.3.08

Outras experiências

O Ataque do Tigre, Gibellina depois do terramoto, graffitis desde NY até à favela do Rio, viver do lixo, ou como passar de catador de lixo a presidente de cooperativa, ___ou de estafeta a executivo, mudando de pele, perdendo identidade. Documentários e ficções e ficções em documentários: a escritora e artista Ellen Van Boggelen Heutink na sua quinta vivendo Momentos de Maré; Hilde em A Ovelha Selvagem, a Raposa e o Amor na ilha de Groneng (Noruega). tudo no Mercado Negro. hoje (18h e 22h).

5.3.08

Cine Eco em Movimento


“A deusa grega Deméter deu a agricultura à humanidade. Desde então ela tem dado sucessivas novas formas à natureza.” Começa assim um novo capítulo na História da Humanidade, a História que nos é narrada em OS CAMPOS DE DEMÉTER – AS ESTAÇÕES DE ANO NA PAISAGEM EUROPEIA DA CULTURA, filme que passará no Teatro Aveirense, hoje, às 21h30. O professor (biólogo) e realizador norueguês Knut Krzywinski viajou e filmou a paisagem de sete países da Europa mas, quando o conheci em Seia, por ocasião da XIII Edição do CineEco - Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela, ele não quis revelar que países eram esses. No filme, as paisagens também não são identificadas por nacionalidade. “São países europeus” - disse, e aconselhou-me o website do filme. Acabei por reconhecer alguns lugares, como a Serra da Estrela ou o Parque Natural Sintra-Cascais, em Portugal, reencontrei países que já visitei, mas sobretudo, compreendi o mistério: “Os Campos de Deméter” remete-nos para além do presente e do que é óbvio.
«Quando olhamos para o campo e nos maravilhamos com a sua beleza natural, vale a pena lembrar uma coisa - esta paisagem está longe de ser natural. O que nós estamos a ver, para o melhor e para o pior, é uma paisagem que foi profundamente alterada por gerações de intervenção humana, em particular por antigas práticas agrícolas.
Na Europa, a relação com a terra e a paisagem sempre foi governada pela existência humana. Os habitantes de grutas do Paleolítico, há 40.000 anos, viviam num ambiente que não podiam controlar: no entanto, com a introdução da agricultura esta relação mudou e, através dos milénios que se seguiram, uma combinação de forças naturais e culturais modelaria as paisagens da Europa.(...) A ideia de natureza como algo para ser dominado e conquistado desenvolveu-se enquanto economia e a tecnologia tornou atingível o seu controle absoluto. Esta é a origem de muitas calamidades contemporâneas como a perda de biodiversidade, a poluição, a deterioração geral do ambiente e, acima de tudo, a nossa alienação da natureza. Desde meados do Século XX a agricultura mudou dramaticamente. Nas terras apropriadas, a agricultura intensiva e as monoculturas substituíram a agricultura tradicional, de pequena escala, enquanto nas áreas marginais e isoladas a terra é normalmente abandonada, uma vez que não pode competir com a agricultura intensiva. O abandono é muitas vezes seguido pela invasão do matagal e eventualmente florestação. O aumento do desequilíbrio do uso da terra – reflectido na dupla ameaça da intensificação e do abandono – resultou na erosão das paisagens culturais tradicionais e a sua característica diversidade de habitats e de espécies.»
Este filme é um projecto ECL-European Cultural Landscapes (http://ecl.cultland.org/) que tem por objectivo sensibilizar a população para a necessidade urgente de proteger o património que é nossa paisagem cultural, através da agricultura e utilização da terra sustentáveis. Foi neste site que descobri a sinopse de “Os Campos de Deméter”. A esta abordagem, Knut Krzywinki e Graham Townsley acrescentaram bagos de mitologia, poesia e imagens de imensa beleza. No CineEco' 07 foram-lhe atribuídos dois prémios: o Prémio Educação Ambiental pelo Júri Internacional e o “Prémio Especial” pelo Júri CineEco em Movimento, de que fiz parte. Sou suspeita, pois. Mas não perderia este filme... logo à noite, no Teatro Aveirense, ou no dia 13 de Março, às 22h, no Mercado Negro.
Para consultar toda a programação deste Festival que apresentará 37 filmes ao longo do mês de Março, consulte o blogue “
Extenção do CineEco em Aveiro”, o site do TA ou as agendas culturais da cidade.


[Artigo publicado no Diário de Aveiro de 5/03/2008]

4.3.08

Agenda

Hoje vou estar no Rádio Clube Português com o Miguel Bastos, a partir das 15h30. O Lauro António vai entrar em directo na emissão. O tema da conversa: a extenção do CineEco em Aveiro, pois! Sintonizem a onda 94.4.. Entretanto, a Aveiro FM anda a passar a programação (comentada) do dia. Atentem e deixem-se seduzir!

3.3.08

cINE eCo EM avEIRO

Nas manhãs de 4 e 11 de Março, às 10h, haverá uma programação especial para crianças do 1º/2º ciclo (maiores de 5 anos) no Teatro Aveirense . CARPA DIEM veio de Itália para a XIII Edição do Cine Eco e seleccionei-o (apesar de, coisa rara, já estar on line). Ganhou uma menção honrosa. São dois minutos para um alerta. Precioso.



TODA A PROGRAMAÇÃO DA EXTENSÃO DO CINEECO EM AVEIRO. A ENTRADA É LIVRE.

29.2.08

Nanook of the North, Robert FLAHERTY, 1922

E agora que se aproxima a data de início da extensão do CineEco em Aveiro, apeteceu-me relembrar o primeiro documentário de longa-metragem da sétima arte. Um filme não isento de críticas dada a forma como Flaherty encenou a realidade. O nome do protagonista foi alterado - Nanook, em vez de Allakariallak, a "mulher" não era a sua verdadeira mulher e, nas cenas de caça, são filmadas técnicas ancestrais, não se revelando que Allakariallak utilizava já uma pistola. Os documentários actuais não escapam ao mesmo tipo de polémicas. Poderá um realizador, como defendia Robert Flaherty, alterar, mudar as peças de lugar, de forma a captar o que considera ser o verdadeiro espírito de um lugar ou de um povo?




PROGRAMAÇÃO DA EXTENSÃO DO CINEECO EM AVEIRO

27.2.08

Faltam 7 dias


O pré-anúncio foi feito em Outubro. Agora vai acontecer! Dias 4, 11, 18 e 25 no Teatro Aveirense, dias 6, 13 e 20 no Mercado Negro (Cineclube de Aveiro). Toda a programação no blog da Extensão.

21.10.07

Vou andar por aqui

Cine Eco

Este ano participarei no Festival com um objectivo muito especial: seleccionar os filmes que serão incluídos na Extensão do CineEco em Aveiro. Não, não tenho ainda nenhuma garantia de que esse projecto (diga-se que de mui fraco investimento, em termos financeiros) possa vir a ser realizado. Mas acredito que a CMA possa vir a compreender o interesse de apresentar nesta cidade cinema de qualidade centrado na temática ambiental.

O ano passado, o vencedor do Prémio Lusofonia do Cine Eco foi o filme
Ainda Há Pastores? de Jorge Pelicano. A porta abriu-se de seguida à sua participação em vários festivais internacionais, nomeadamente no FICA e no Festival Cinemambiente de Turim. Neste último ganhou o GREEN AWARD, a maior distinção do cinema ambiental.

A generalidade do público desconhece este tipo de festivais e a qualidade dos filmes, do ponto de vista dos conteúdos e/ou da estética. Os documentários que abordam questões ambientais mais acessíveis são os televisivos - alguns de excelente qualidade, mas a linguagem do cinema ambiental é distinta. É mais cuidada do ponto vista formal e mais diversificada do ponto de vista temático. Nesta edição 2007 estão a concurso 58 obras oriundas de 21 países pelo que a pluralidade de linguagens, prismas, olhares culturais originais, nem é uma condição, mas um pressuposto.

Conto com o apoio de todos os aveirenses no sentido da realização da Extensão do Festival em Aveiro. E espero a visita de todos os que, no decorrer desta semana, queiram passar por Seia para ficar com uma antevisão do CineEco.