1.8.06

Desperate couples

Isto está terrível! Uma miúda chega de férias (curtinhas)(mas vai haver mais) e descobre que o amigo A se vai divorciar e que a amiga B já o fez. Ele diz que nunca mais se vai casar, que ninguém se vai apaixonar por ele, e "ninguém" é alguém por quem ele também se apaixone, e ela diz que nunca esteve tão bem, que agora cada um tem a sua vida, mas ainda se reunem ao jantar, que ela confecciona, pois, pelos filhos. O amigo do amigo diz que para as mulheres é sempre pior, sobretudo quando há filhos; a amiga da amiga diz que quem se tramou é o ex-marido que agora é que vai dar o devido valor à ex-mulher. Os dois concordam que os filhos são uma prioridade. Os dois nunca vão esquecer o ex-cônjuge. Mas tem que ser.

E depois, isto está terrível! Uma miúda chega de férias (curtinhas)(mas vai haver mais) e percebe que todos os casais juntos há mais de 10 anos, se não menos, se não muito menos, se suportam. às vezes com muito esforço. ponto final. Aquele diz que nos devemos deixar de ilusões, as paixões acabam, a rotina mata, (com sorte) a ternura é doce, a cumplicidade compensa, e ir vivendo assim assim é uma arte. Outro diz que nada disso contenta, e até destrói. Mas que a cobardia impera. Enfrentar o toiro pelos cornos (ou não). com ou sem alternativa. this is the question my friend!

Sem nunca desacreditar que o amor é eterno (enquanto dura)

(ou antes de chegar).

Como o Brel, acho que nos apaixonamos pelo amor, mas nunca verdadeiramente pelas nossas mulheres ou pelos nossos homens. É terrível, mas os amantes ficam sempre aquém da sua-nossa ideia de amor. É terrível, uma miúda chega de férias (curtinhas) e pensa que tem que haver mais, muito mais que isto, na merda da vida!

4 comentários:

Graca Neves - mgbon disse...

Ainda há quem consiga manter os contratos até ao fim,mesmo que para isso tenha que calar as entranhas e evite falar de amor.
O amor ou é ou não vai ser, por muitos filhos que se tenham, por muitos jantares e ou passeios que se inventem. Para a grande maioria a rotina é a segurança e tudo trocam pelo lugar no sofá e as pantufas que são obrigados a usar para não sujar o chão. Seguem-se as dores de cabeça e os silêncios que ecoam até fazer doer os ouvidos aos espectadores, que por vezes até são os filhos.

Francisco del Mundo disse...

Pois, também a minha relação de 1 ano, está em pausa... São dias estranhos...

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

MGBON, "acusaram-me" de ser brutal neste post, mas este post é um eufemismo face às tuas palavras. O pior é que às vezes é mesmo assim. O desgaste das relações __ que começaram de forma terna, certamente ___ pode gerar tanto cinismo e dor!

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

Francisco del Mundo, lamento que estejas a passar por uma fase menos boa. Pode ser que aos dias "estranhos" se sucedam dias de encanto. Um abraço