4.10.09

Por esta altura, há 100-1 anos

Ao final do dia a situação era dificil para as forças monárquicas: os navios sublevados tinham estacionado junto ao terreiro do Paço e o “São Rafael” fez fogo sobre os edifícios dos ministérios, perante o olhar atónito do corpo diplomático brasileiro, a bordo do couraçado “São Paulo” no qual viajava o Presidente Hermes da Fonseca. Este bombardeamento minou o moral das forças no Rossio, que se julgavam entre dois fogos, nomeadamente Rotunda e Alcântara.

Como mencionado, depois do banquete com Hermes da Fonseca D. Manuel II regressara ao Paço das Necessidades, mas não se deitou dada a gravidade dos acontecimentos que se previam, ficando na companhia de alguns oficiais. Jogavam Bridge quando as primeiras canhonadas confirmaram o que temiam. O rei tentou telefonar mas encontrou linha cortada conseguindo apenas informar a rainha Mãe, no palácio da Pena, acerca da situação.


Fonte: Rocha Martins, "D. Manuel II. História do seu Reinado e da Implantação da República", Lisboa, Edição do Autor, 1931-1933, pag. 521

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