Com uns 15 ou 16 anos, em dias de muita sorte, a minha mãe dava-me algum dinheiro para ir ao Porto fazer compras. Ia com a minha irmã e corríamos a 31 de Janeiro para os sapatos e a Sta. Catarina para as roupitas. Adorávamos os Porfírios! Dessas viagens de ida e volta guardo memórias bem divertidas. Tínhamos que correr para regressar cedo a Espinho! E corríamos, tanto que a C. perdia sapatos e eu esbarrava contra outros passantes. Cada uma tinha a sua especialidade. Já não passava pela estação de São Bento há anos. Continua belíssima, mas há um cheiro a progresso - o metro ali à porta com as suas linhas A, B, C, ..., a sofisticação do cartão «andante», ... que só é quebrado pelos estabelecimentos comerciais que já eram antigos quando eu tinha 15 ou 16 anos. Dão um carácter muito próprio à cidade mas não vivem de saudade. O que é que os mantém de pé? E vão aguentar quanto tempo mais?
2 comentários:
Gosto muito do Porto. Por lá passei semanalmente durante anos a dar aulas, e não só, e era um deslumbramento. As ruas de basalto e granito escuro, as casas, as pessoas, as praças, o ar que se respira quando se desliza pela noite... Fui muito feliz no Porto, como diz o outro. E quando lá volto, continuo a gostar desta cidade. Gostei de relembrá-la através de ti, das tuas fotos. Mas o mais importante é o que fica dentro de cada um de nós. O que se recorda, com alegria ou com mágoa, às vezes com uma mistura das duas. Mas é a vida...
espero que aguentem muito para que eu possa fazer a peregrinação pelas~livrarias, pela perfumarias^`a procura de aromas exo~´oticos ou em vias de extinção.
e das ourivesarias, para fazer o gosto aos olhos uma vez que com a crise actual não de pode fazer o gosto ao dedo, ao pulso, ao pescoço ou Às orelhas...
e, por último um café com um croissant no Majestic...
para fechar com chave de ouro.
beijos
csd
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