FORMAS, DEGRAUS, ÁGUA, ESPELHO, SEXO, MORTE, PELE, ECO, RETALHOS, AUDÁCIA, TELA, NEGRUME, CAFÉ, GESTOS, NORTE, VOZ, VIDA, PEDRA, SENTIDOS.
Nunca uma ordem ministerial foi tão poética. Apetece mesmo cumprir!
Todas as formas que a saudade veste, os retalhos da vida que ela vai buscar, os gestos, os medos, chegam até mim, como se os arrancasse à tela.
Passei de lado, atrás das colunas, adivinhando algo que me trouxesse o eco da tua morte. Mas depois um esgar. E era um espelho. Os degraus que subi, um a um, eram já uma ponte. Ouvi água correr em todas as direcções. E talvez a tua voz.
Estou diante da tela. E então sei que por um momento, por um prolongado momento, os teus sentidos se amotinaram, quebraram a pedra que te deu consistência e norte e que, afastado o negrume, libertaste gota a gota a pele que cheirei e toquei. Respiro-te, e naquele canto onde pintaste a mancha castanha, há um odor a café e torradas pela manhã. Ali, à direita, os traços cruzam-se e suas raiva e trabalho. Mas aqui, frente ao meu peito, sabes a sexo e sussuros.
Voltei-me. Marca-me sempre a audácia que nunca tive. para rasgar-te todo.
Passei de lado, atrás das colunas, adivinhando algo que me trouxesse o eco da tua morte. Mas depois um esgar. E era um espelho. Os degraus que subi, um a um, eram já uma ponte. Ouvi água correr em todas as direcções. E talvez a tua voz.
Estou diante da tela. E então sei que por um momento, por um prolongado momento, os teus sentidos se amotinaram, quebraram a pedra que te deu consistência e norte e que, afastado o negrume, libertaste gota a gota a pele que cheirei e toquei. Respiro-te, e naquele canto onde pintaste a mancha castanha, há um odor a café e torradas pela manhã. Ali, à direita, os traços cruzam-se e suas raiva e trabalho. Mas aqui, frente ao meu peito, sabes a sexo e sussuros.
Voltei-me. Marca-me sempre a audácia que nunca tive. para rasgar-te todo.
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