13.12.05

Macau

e começou a dar-me. uma vontade súbita de ver tv. ontem vi o debate político, o Cofre e o Prós e Contras!
esqueci completamente o conteúdo do debate e as perguntas-resposta do Cofre. retive o programa da Fátima Campos Ferreira (realização de Rui Monteiro Romano) em directo de Macau.

Demorou até a discussão animar. Custou sair da imagem idílica de Macau, património da Unesco, taxa de 20% de crescimento ao ano, reforço da identidade portuguesa nos 6 anos que se seguiram à passagem da Administração portuguesa para a chinesa. Pelos vistos há mais calçada portuguesa, o número de alunos inscritos em cursos de português e direito comercial português na Universidade de Macau aumentou, etc.. Eu acho que logo na reportagem inicial podíamos perceber várias diferenças fundamentais em relação a outros territórios, para além da História que liga Portugal a esse pedaço da China. Em Macau existe uma Escola Portuguesa com excelente reputação e a TDM (Televisão de Macau) assim como outros media portugueses são respeitados e têm excelentes audiências junto da população com genes biológicos ou culturais portugueses.
Mas depois lá se começou a falar do que vai mal. A imagem de Macau (casinos, violência) ou o seu desconhecimento completo em Portugal. A homenagem ao último Governador que nunca se chegou a realizar (e não me parece que Jorge Sampaio ainda vá a tempo). A falta de investimento e de estratégia das empresas portuguesas em Macau ou na Ásia, assumindo Macau como porta de entrada nesse continente. O esquecimento. nosso. porque os portugueses residentes nesse território não esquecem. e os macaenses têm interesse na marca Portugal em termos turísticos. e os chineses têm interesse em Portugal como uma porta de entrada na Europa. e... é isto a globalização ...manca.

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