A Intérprete
Acabo de ver o último filme de Sidney Pollack com Nicole Kidman, Sean Penn e o próprio Sidney Pollack, entre centenas de outros actores e figurantes e duplos e tudo aquilo a que uma grande produção tem direito... como obter autorização para filmar pela primeira vez dentro do edifício da ONU em Nova Iorque. E é claro que gostei do trabalho dos actores, da realização, do cenário, do tema - que é interessante e actual. Mas odiei o filme! Se alguém quiser nos próximos tempos nomear o estereótipo de um filme à americana, pode dizer "A Intérprete". O argumento é absolutamente, completamente, totalmente, insuportavelmente politicamente correcto e conveniente, sobretudo neste reinado Bushiano. Meu querido Sean Penn, se querias mandar algum recado, saiu-te o tiro pela culatra, puseste o teu talento ao serviço do tal sistema. As Nações Unidas deveriam poder assumir o papel a que a boazinha Silvia Broome/Nicole Kidman aspira, mas não sejamos inocentes... E o Tribunal Penal de Haia não existe apenas para julgar ditadores africanos...
E depois, os personagens são tão infelizes mas tão infelizes que dificilmente poderiam ser mais infelizes. Tobin perdeu a mulher que amava há poucos dias, Silvia perdeu todos os familiares. E o que é fantástico, é claro, é que a julgar pelo aspecto dos dois, ninguém diria!
É um filme com uma fórmula tão certinha que chateia. No final, oh meu caro Sidney Pollack, eles bem que se podiam ter beijado. Sempre saíamos da sala mais bem dispostos! Porque essa moda actual de happy endings sem sexo, só para não termos uma full house de happy end, e não dizermos que os filmes americanos são sempre a mesma coisa, é um disparate. Porque os filmes americanos não são sempre a mesma coisa, há uns muito bons (e Pollack entra no grupo de realizadores cujo mérito é indiscutível) e outros muito maus. Mas este filme, que poderia ter sido muito bom, é um desperdício de 80 milhões de US dólares!
(... mesmo se chegou ao primeiro lugar no ranking de bilheteiras dos EUA)
Acabo de ver o último filme de Sidney Pollack com Nicole Kidman, Sean Penn e o próprio Sidney Pollack, entre centenas de outros actores e figurantes e duplos e tudo aquilo a que uma grande produção tem direito... como obter autorização para filmar pela primeira vez dentro do edifício da ONU em Nova Iorque. E é claro que gostei do trabalho dos actores, da realização, do cenário, do tema - que é interessante e actual. Mas odiei o filme! Se alguém quiser nos próximos tempos nomear o estereótipo de um filme à americana, pode dizer "A Intérprete". O argumento é absolutamente, completamente, totalmente, insuportavelmente politicamente correcto e conveniente, sobretudo neste reinado Bushiano. Meu querido Sean Penn, se querias mandar algum recado, saiu-te o tiro pela culatra, puseste o teu talento ao serviço do tal sistema. As Nações Unidas deveriam poder assumir o papel a que a boazinha Silvia Broome/Nicole Kidman aspira, mas não sejamos inocentes... E o Tribunal Penal de Haia não existe apenas para julgar ditadores africanos...
E depois, os personagens são tão infelizes mas tão infelizes que dificilmente poderiam ser mais infelizes. Tobin perdeu a mulher que amava há poucos dias, Silvia perdeu todos os familiares. E o que é fantástico, é claro, é que a julgar pelo aspecto dos dois, ninguém diria!
É um filme com uma fórmula tão certinha que chateia. No final, oh meu caro Sidney Pollack, eles bem que se podiam ter beijado. Sempre saíamos da sala mais bem dispostos! Porque essa moda actual de happy endings sem sexo, só para não termos uma full house de happy end, e não dizermos que os filmes americanos são sempre a mesma coisa, é um disparate. Porque os filmes americanos não são sempre a mesma coisa, há uns muito bons (e Pollack entra no grupo de realizadores cujo mérito é indiscutível) e outros muito maus. Mas este filme, que poderia ter sido muito bom, é um desperdício de 80 milhões de US dólares!
(... mesmo se chegou ao primeiro lugar no ranking de bilheteiras dos EUA)
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