Joris van Daele
Ninguém conhece a história da próxima aurora.
(provérbio africano)
(provérbio africano)
Ontem sentei-me no jardim a falar com o Andwele. Tu dormias, assim como o Bagaço, e nenhum sonho parecia querer despertar-vos. Pedi-lhe que me falasse da sua aldeia. Ele falou num tom sério, falava de saudade e de desgosto, mas terminava sempre todas as frases com uma nota de alegria. Não me cansava de ouvir falar de Magadi. Os olhos dele ficavam cada vez mais límpidos, e através dos seus olhos, também os meus. O Andwele tem uma boca bonita e um sorriso gracioso, emana paz. E assim com ele, pouco a pouco, xhuia-xhuia, a paz voltou.
Por volta das seis horas da manhã, acordei com o pássaro que canta debaixo da minha varanda. Existe uma gaiola dourada enorme e sobre ela pousa sempre esse pássaro. É uma ave canora rara. Pensei decidiu desafiar o mundo tomando posse dessa gaiola. E com esse pensamento, descobri que sorria novamente.
Depois o reflexo desta luz, deste amanhecer nas águas da piscina. E não resisti a apossar-me dela. Durmam todos e que nenhum sonho vos desperte. Não quero tudo. Só este momento. Assim.
Ouço ao longe uma música.
Banda sonora de Le Grand Blue, Eric Serra.
Por volta das seis horas da manhã, acordei com o pássaro que canta debaixo da minha varanda. Existe uma gaiola dourada enorme e sobre ela pousa sempre esse pássaro. É uma ave canora rara. Pensei decidiu desafiar o mundo tomando posse dessa gaiola. E com esse pensamento, descobri que sorria novamente.
Depois o reflexo desta luz, deste amanhecer nas águas da piscina. E não resisti a apossar-me dela. Durmam todos e que nenhum sonho vos desperte. Não quero tudo. Só este momento. Assim.
Ouço ao longe uma música.
Banda sonora de Le Grand Blue, Eric Serra.