Henk Braam
Devia juntar-me às outras pessoas e sentar-me no chão para comer o arroz e os legumes. Mas o que desejava era comer sozinha à sombra das árvores. O Sacerdote olhou para mim fixamente. Era impossível permanecer indiferente àquele olhar tão antigo. Percebi que deveria segui-lo. Olhei para a minha mãe que susteve a respiração. Sem palavras, transmitiu-me a mensagem. Não faças disparates, não fales, escuta apenas. Em silêncio segui-o. Andamos mais de uma milha. Não proferiu uma única palavra. E assim chegamos às margens do Ganjes, sei que era o Ganjes. Então ele continuou a caminhar. Seguiu em frente, atravessando a pequena maré, como se esta não exigisse uma pausa. E quando pensava que talvez tivesse enlouquecido, parou, virou-se e, olhando à sua volta, disse: dharma! dharma!
Ali, naquele local sagrado, lembrava-me que havia um modo correcto de viver.
Delirei bastante certamente. Mas estas imagens eram recorrentes. O rosto desse Sacerdote, eu menina. E depois ouvir a tua voz e perceber aquele rosto. O meu Sacerdote era o Imam! Hinduismo e Islamismo tinham o mesmo rosto! Templos e Mesquitas, Brama e Alá, Vedas e Alcorão, fundidos no sonho delirante de uma católica romana perdida em Zanzibar. Mas sei que o meu passado distante tocou todos esses mundos. Terei sido algum dia aquela menina? Esse homem será aquele que me guia em todas as vidas?
Começo a sentir-me mais forte mas continuo confusa. No meu sonho o Sacerdote cantava um hino: "tocai a concha, acendei o incenso". E o Imam dizia "toda a ventura que te ocorra emana de Deus; mas toda a desventura que te açoita provém de ti." Avisos. Sob a forma destas vozes profundas, tão meigas. Avisos. Vocês sentem esta humidade? bin, bagaço, Andwele!
Acho que preciso de mais repouso!
Devia juntar-me às outras pessoas e sentar-me no chão para comer o arroz e os legumes. Mas o que desejava era comer sozinha à sombra das árvores. O Sacerdote olhou para mim fixamente. Era impossível permanecer indiferente àquele olhar tão antigo. Percebi que deveria segui-lo. Olhei para a minha mãe que susteve a respiração. Sem palavras, transmitiu-me a mensagem. Não faças disparates, não fales, escuta apenas. Em silêncio segui-o. Andamos mais de uma milha. Não proferiu uma única palavra. E assim chegamos às margens do Ganjes, sei que era o Ganjes. Então ele continuou a caminhar. Seguiu em frente, atravessando a pequena maré, como se esta não exigisse uma pausa. E quando pensava que talvez tivesse enlouquecido, parou, virou-se e, olhando à sua volta, disse: dharma! dharma!
Ali, naquele local sagrado, lembrava-me que havia um modo correcto de viver.
Delirei bastante certamente. Mas estas imagens eram recorrentes. O rosto desse Sacerdote, eu menina. E depois ouvir a tua voz e perceber aquele rosto. O meu Sacerdote era o Imam! Hinduismo e Islamismo tinham o mesmo rosto! Templos e Mesquitas, Brama e Alá, Vedas e Alcorão, fundidos no sonho delirante de uma católica romana perdida em Zanzibar. Mas sei que o meu passado distante tocou todos esses mundos. Terei sido algum dia aquela menina? Esse homem será aquele que me guia em todas as vidas?
Começo a sentir-me mais forte mas continuo confusa. No meu sonho o Sacerdote cantava um hino: "tocai a concha, acendei o incenso". E o Imam dizia "toda a ventura que te ocorra emana de Deus; mas toda a desventura que te açoita provém de ti." Avisos. Sob a forma destas vozes profundas, tão meigas. Avisos. Vocês sentem esta humidade? bin, bagaço, Andwele!
Acho que preciso de mais repouso!
Bonjour Habibati Maria!
ResponderEliminarBonjour, Habibi bin!
ResponderEliminardescansa menina guerreira, quando acordares o sol ainda lá está no alto.
ResponderEliminarbeijinho
Bonita a vida.
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