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24.5.06

Encontro com o Escritor Famoso - Programa



27 de Maio
I. JANTAR - 21h00
Restaurante Mercado Peixe

Largo da Praça do Peixe, Aveiro

Preço médio por pessoa - 20 euros

Cada pessoa pode escolher o seu menu. O restaurante fica mesmo por cima de um verdadeiro mercado de peixe. Se quiserem aparecer no sábado demanhã (até às 12h30), podem assistir a uma venda de peixe a retalho típica do século XIX nesse mesmo lugar.

II. ENTREGA DOS PRÉMIOS E CONCERTO DO GUITARRISTA JOAQUIM PAVÃO
Livraria O Navio de Espelhos
Rua 31 de Janeiro, 10, Aveiro

Adenda: O Joaquim Pavão vai tocar uma composição para uma curta-metragem, Egberto Gismonti e Baden Powell.

28 de Maio
III. Almoço a combinar

IV. PASSEIO NA RIA - 15h00
O passeio custará 5 euros por pessoa e tem a duração de cerca de 1h30


As inscrições continuam abertas!

10.5.06

V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema


A cerimónia de entrega dos prémios já está marcada para o dia 27 de Maio, em Aveiro! Amigos do Escritor, assinalem já o dia na vossa agenda!
Ainda ando a pensar no programa... mas a livraria O Navio de Espelhos já está reservada para nós. Vou organizar um jantarito, está claro... e interessa-me saber quantos ficam para o dia seguinte para um passeio na Ria (que dizem?).

Ah, aceitamos como comparsas, antigos e futuros amigos do Escritor! E Joaquim, espero que nos dês música! Até breve, pessoal! ;)

26.4.06

V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema - and the winner is...




E temos vencedor..., ou vencedora! A história que o Ivar Corceiro, com o alto patrocínio do Cineclube de Aveiro, vai levar à tela será: O Cheiro da igreja, da autoria de Elipse, do blog Palavras em Linha.

Mas vejamos o ranking das 10 melhores classificações finais - a pontuação está assinalada a vermelho:

1º Elipse, O cheiro da igreja, 185 pontos
Ivar Corceiro, A morte de olhos abertos, 181
Artur Torrado, Roleta russa, 180
Elipse, Toda a infância cabe numa caixa enferrujada, 175
Bastet, Chá no deserto, 172
Fausta Paixão, Oh captain, my captain, 165
Lino Centelha, Zerozerossete blockbuster mountain, 152
JP, (sem título), 148
Rosarinho, Como descobri que os beijos do cinema não existem, 138
10º
Hipátia, Gilda, 132

Esta pontuação resultou da soma das votações dos membros do júri e dos concorrentes tal como foi definido no
post de 10 de Abril. Todos os envolvidos poderão consultar uma tabela de classificações mais detalhada (que enviarei por email). Mas adianto que o júri ficou indeciso entre a Roleta russa do Artur Torrado (85 pontos, aplicada a ponderação), A morte de olhos abertos do Ivar Corceiro e O Cheiro da igreja da Elipse (ambos com 83 pontos). Os concorrentes, isoladamente, teriam eleito como vencedor Toda a infância cabe numa caixa enferrujada, da Elipse (105 pontos), ficando o Chá no Deserto da Bastet em segundo lugar e O cheiro da igreja, também da Elipse, em terceiro (101 pontos).

Para além da realização de uma curta-metragem inspirada no texto que escreveu, a Elipse irá receber ainda uma oferta da livraria O Navio de Espelhos. Dado o estatuto um pouco especial do Ivar Corceiro neste concurso (mas só a posteriori tivémos conhecimento do convite do Cineclube, e de que este convite o implicava como realizador), será o Artur Torrado que receberá o segundo prémio: um conjunto de DVDs.


O prémio Escritor Bairrista do Cineclube, dirigido ao concorrente de Aveiro melhor classificado será entregue à Rosarinho do blog Farinha Amparo: Oferta de cartão de sócio e anuidade do Cineclube. Como soube que a Filha da Patroa é a concorrente mais nova deste concurso (não sei se a idade é segredo, por isso só vou dizer que ela não poderia ter votado nas últimas eleições), espero que ela tenha a amabilidade de oferecer o dito à dita..., ou talvez o Cineclube resolva o problema de outra maneira...

Muito obrigada a todos os participantes! Muito obrigada aos membros do júri: Sónia Sequeira e Joana Bárrios, representantes dos patrocinadores; O`Sanji e RJM, amigos de sempre; e Paulo José Miranda, um "escritor famoso" que nos toca o coração e que gostamos sempre de ler !

Até breve !

21.4.06

V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema - Votação

Estava previsto que hoje fosse anunciado o resultado da votação. Júri e concorrentes estão envolvidos nesse procedimento. A maioria enviou a sua tabela com as classificações atempadamente mas, infelizmente, existem três pessoas que não puderam fazê-lo. Adianto que existem concorrentes com pontuações muito aproximadas, pelo que estas últimas votações podem fazer a diferença. Decidi então adiar esse anúncio para a próxima quarta-feira, dia 26 de Abril (pelo meio temos o fim de semana eventualmente prolongado).

Espero que perdoem este contratempo. Entretanto, deixem-me adoçar-vos o espírito com a música que John Williams compôs para o filme Memoirs of a Geisha.



    Sayuri's Theme

20.4.06

V Edição do Escritor Famoso

(recado aos votantes em falta:)
... é suposto ser amanhã que se comunica o resultado final do escrutínio, despachem-se!

19.4.06

A mutilação dos sonhos :))

Borofsky





Tenho um selo nas cuecas. Já na fábrica, de macacão vestido e de boné vermelho, não sabia andar, saltitava! Tás a olhar para onde estúpido? Que emprego tão aborrecido... Não há eco no vazio mas o silêncio propaga as vozes quase perto do além. Os cigarros estão no chão sob a forma de beatas pisadas.

Depois pára de repente... Sete da manhã acordou com o toque do farol. Olhos esbugalhados, no peito arquejante as mãos crispadas. Nesse dia tinha sonhado com o pai.
- Pai, quero fazer xixi.
Com os movimentos das pernas tolhidos pelas calças caídas, tentou equilibrar-se rodando velozmente os braços.
- You're a hero, boy!
Pergunto se quer que eu limpe a bacia com água que está no chão...
Blanka num movimento ágil de mulher moderna que lê a Cosmopolitan, tira rapidamente o pequeno penso higiénico diário do interior da minúscula cueca. De facto não é só um penso higiénico. É também um telemóvel com UTMS de banda larga.
- Aqui tens. É um presente meu. Sei que lhe darás bom uso.
Contudo ela sabia que gostava de muito mais coisas... Tantas vezes brincara com ele deitando-o nas palhinhas...

Estava nestes pensamentos profundos quando uma voz atrás de si...
- Oh Antunes!
I took my place opposite the manager...
- S...s... sim chefe...
Olham-se intensamente. Uma vez mais.
-Tá uma calma lá fora!
- E eu nã sê? Vim por aí à pressa...
Mandou-me desenhar um círculo. Lá dentro um quadrado. Depois quatro triângulos isósceles.
O importante era não perder a audácia e a coragem! Quando as alpercatas iam achinelando sobre a areia, abrandava o passo, mas se as carrasqueiras rareavam o sol apertava e andava mais depressa... as mãos a darem o impulso à marcha, de trás para a frente, da frente para trás. E qual o motivo de uma tão grande segurança face a alguém a quem supostamente teria traído? Era de outro planeta qualquer da mesma Terra redonda, imensa e plana. Os outros tinham casa na linguagem e era vê-los acomodados nas conversas. A investigação é dura, o meio está cheio de "oh pás!" hostis... E dos mortos ninguém carrega a pila.


10.4.06

V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema - Votações


Elia Kazan


O júri d' O Escritor Famoso terá a seguinte composição:


(júri residente:)
- Representante d'O Navio de Espelhos, Sónia Sequeira (patrocinador)
- Representante do Cineclube de Aveiro, Joana Barrios (patrocinador especial da V Edição)
- Paulo José Miranda (convidado especial da V Edição)
- O'Sanji, Plan(O)Alto
- RJM, Batatas4People
- MRF

- e todos os concorrentes!

A organização do Concurso facultará uma tabela onde cada um registará a pontuação que atribui a cada texto, usando uma escala de 1 a 10. Os concorrentes (autores) não poderão votar no seu próprio texto nem nos textos de membros do seu próprio blog.

Apuramento do vencedor:
(1) Para cada texto a concurso, serão apurados dois totais parciais: o primeiro resultante da votação do júri residente e o segundo resultante da votação dos concorrentes.
(2) A esses valores será aplicado um factor de ponderação: 1.70 para o total do júri e 1.30 para o total dos concorrentes. Da soma dos novos sub-totais resultará o ranking definitivo.

Prazos:
Todos os participantes na votação disporão de uma semana para leitura (e re-leitura) de todos os textos, devendo enviar a tabela de classificações preenchida até ao dia 18 de Abril.
A comunicação dos resultados finais será feita no dia 21 de Abril.

Concorrentes, participem neste duro julgamento!

Amigos, vão até à casa do Escritor, acomodem-se, e leiam também os textos a concurso! Ficamos à espera das vossas impressões! Quais destes textos gostariam de ver transpostos para a tela?

Actos mentais de cinema ou o primeiro dia de uma curta-metragem



You made me love you (Al Jolson, 1913)

O último texto ...

... para o Escritor Famoso, V Edição, foi este:

17. Lino Centelha, Zerozerossete at the blockbuster mountain

O agente secreto ao serviço de Sua Majestade, recentemente convertido aos apelos democráticos da República, colocou-se à disposição do novo inquilino do palácio cor-de-rosa, receoso de perder o lugar de funcionário público arduamente conseguido, para resolver, de uma vez por todas, e como missão ultra-secreta, o caso das escutas telefónicas em envelopes de correio azul. No início as coisas nunca correm muito bem mas a experiência internacional de um agente que até já tivera uma aventura no espaço, há-de resolver todos os percalços mantendo sempre a compostura do fato e do rosto e o ar de impenetrável emoção que tanto apraz ao seu novo patrono que até preferia o MacGyver. (contin.)


Extra concurso, aconselho a leitura a quente de Brincos de Palavra!

8.4.06

O Escritor Famoso V Edição - dia 12

Hoje chegaram mais três textos! Vamos ver o que este fim de semana vai ainda produzir!


14. Fausta Paixão, Oh Captain, my captain

A minha grande questão andava sempre à volta da quadratura do círculo. Havia em mim a curiosidade das linhas infinitas, das intersecções, das elevações do xis e das inúmeras possibilidades das funções f.
Não me perdoava, pois, a ignorância no que dizia respeito às operações concretas, embora me saísse muito bem nas mais complexas operações formais. O que me minimizava sempre diante dos meus amigos intelectuais eram as referências constantes aos integrais e às derivadas. E embora todos soubessem o que me passava pela cabeça perante este tipo de referências o que eu precisava de saber, mesmo, era como efectuar o somatório de coisas contínuas. Em termos pragmáticos esse tipo de operações não me oferecia dificuldade, quanto mais continuidade melhor, era o meu lema. O pior era sempre a parte teórica.
Decidi, pois, frequentar aulas de Matemática no SPA (Special Pythagoric Academy), por recomendação especial do meu amigo Assis Matoso cuja especialidade era o grego. (contin.)


15. Claudia Sousa Dias, Closer, o epílogo

Os seus olhos, enormes e negros, destacam-se na pele branca, de um mate perfeito. Do rosto de Alice/Jane, emana uma expressão de melancolia, realçada pelo sorriso triste que lhe escapa dos lábios entreabertos, conferindo-lhe um je ne sais quoi de alheamento acentuado pela curvatura perfeita do arco das sobrancelhas.



Sentado no lugar em frente, o olhar azul-esverdeado do ex jornalista de obituários exprime dor e saudade. O sorriso é um esgar de amargura. Pequenas rídulas à volta dos olhos denunciam o cansaço acumulado ao mesmo tempo que, dois vincos de tristeza marcam os cantos da boca fina e de contornos perfeitos.



Os dois olhares cruzam-se examinam-se com precisão cirúrgica, sentados à mesa do café onde, seis anos antes, Alice Ayres exercia a função de waitress. (contin.)


16. bastet, Chá no Deserto

Só já pela noite vinham os enxames de estrelas apagar o amarelo das almas cansadas do pó e atenuar o cheiro dos corpos sujos, suados e despidos da dignidade que oferece um banho e roupa fresca. Não há eco no vazio mas o silêncio propaga as vozes quase perto do além. O telefone do deserto. Ouvia os murmúrios de si mesma, como se do ventre lhe soprassem os fantasmas da digestão, e da mente, os estalidos das memórias mais profanas.
Não há cor quando o dia se cerra sobre as dunas. O azul tuareg é negro, fechado e envolve no escuro as sombras e os vultos acocorados em pontos de fogo, luz e fumo. Os Somovares. Neles fumega o chá. Pequenas lamparinas de uma civilização perdida, pequenos sorvos de menta que aquecem o frio e uma esperança qualquer. (contin.)

7.4.06

O Escritor Famoso V Edição - dia 11

Hoje chegaram três novos textos, o que perfaz 13 argumentos passíveis de adaptação a uma curta metragem. Mas, até às 24h00 do dia 9 de Abril, podem continuar a concorrer à V Edição do Escritor Famoso!


11. Didas, O homem que via muitos filmes

Abril, dia 9, ano: 3056.
Em frente ao complexo painel de comandos da nave, o Capitão Ant, finalmente a sós consigo mesmo, reflectia sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos dias. A certeza de que dele dependiam algumas centenas de vidas atormentava-o. Atormentava-o ainda mais saber que cada uma dessas vidas era um ser inocente, no desconhecimento total da realidade que era a incerteza do futuro. Apesar de ter assegurado a todos, como era seu dever, que tudo agora estava bem e prosseguiam a bom ritmo na direcção de um novo planeta, a consciência de que ainda havia inúmeros perigos a ultrapassar, provocava-lhe um nó na garganta. E se não conseguisse? E se, por incompetência sua, aquelas vidas se perdessem?
Aquelas vidas era tudo o que restava do que fora, ainda há uns dias, a gloriosa raça humana. (contin.)


12. Elipse, O Cheiro da Igreja

Quando as alpercatas iam chinelando sobre a areia, abrandava o passo, mas se as carrasqueiras rareavam o sol castigava e andava mais depressa. Debaixo do chapéu de palha ainda tinha a protecção do lenço, atado em duas pontas debaixo do queixo, misturando-se o cheiro fresco das estevas com o da transpiração e colando-se as meias à magreza das pernas. Seguia apressada, as mãos a darem o impulso da marcha, de trás para a frente, da frente para trás. Sentia a pieira no peito e o respirar era ofegante mas já avistava as primeiras casas da vila. Começavam a ver-se os chiqueiros dos porcos, à espera da faca que separasse o toucinho para a salgadeira, que o mais dos tempos a fome roía as entranhas. (contin.)


13. Artur Torrado, Roleta Russa

A cena passa-se num dado perfeito. Há um cubículo cúbico em reconstrução. Paredes sem estuque nem escuta, caídas e recuperadas de um ataque.
Uma mesa verde num chão plano. Além do dado, um baralho de cartas escritas a toda a volta com versos e infiéis. Far-se-á uma contabilidade dogmática.
Duas câmaras e várias freguesias, ou uma apenas se for bem gerida, focam alternadamente os rostos sombrios de duas personagens que podem ser dois homens, duas mulheres ou, preferencialmente, por uma questão de cotas, um homem e uma mulher ou uma mulher e um homem, para ser tão correcto quanto possível.
Admitindo que as personagens sejam capazes de dizer alguma coisa, escondem-se microfones e a câmara aproxima-se lenta mas continuamente de um rosto de cada vez. (contin.)

6.4.06

O Escritor Famoso V Edição - dia 10

Depois de uma pausa forçada, voltamos à emissão para realçar as propostas recém chegadas ao Escritor Famoso:


8. Filha da Patroa, A Mutilação de um SonhoDezassete horas.
Como sempre entrei na sala de cinema com a sessão prestes a começar e, pela décima vez nesse dia disse:
- Pede-se o favor de desligarem os telemóveis e manterem silêncio durante o filme. Pipocas e refrescos vendem-se na entrada. A gerência agradece.
Que emprego tão aborrecido... e eu nem sequer gostava de cinema...
Como não tinha mais nada para fazer sentei-me numa cadeira vazia na fila da frente a descansar as pernas antes de regressar a casa. Acho que quando acabou a publicidade e finalmente começou o filme eu já tinha adormecido. Malditos anti-depressivos!
(...)
Acordei com gritos! (contin.)


9. Elipse, Toda a infância cabe numa caixa enferrujada
Nesse dia tinha sonhado com o pai. Dir-se-ia que andava enleada nos caminhos da reconciliação com as memórias. Ela ou a parte de si que se escondia da racionalidade.
Foi depois do sonho que sentiu desejo de voltar à casa antiga. Vestiu-se de roupas novas e recuou no tempo. Paradoxo certeiro mas eficaz nas intenções porque foi na estação do comboio que o passado começou, enquanto o cheiro das travessas da linha se alojava no sentir antigo, quase até ao silvo da locomotiva e à “pouca-terra” anunciada ao longe. A viagem deu-lhe tempo para desejar ter pressa e por isso empurrou com força a porta, depois de ter estado presa ao brilho que o sol reflectia nos vidros. (contin.)


10. Rosarinho, Como descobri que os beijos de cinema não existem
Na minha imaginação de adolescente flutuavam sempre cenas de beijos de cinema. Fechava os olhos para dormir e elas passavam à minha frente ininterruptamente: Cenas amputadas de todos os filmes de amor que eu já havia visto. Uma e outra e outra sem parar até ao fade out do sono.
E eu sonhava ser beijada como no cinema.
Queria um beijo grandioso, com a luz a incidir no ângulo exacto, a harmonia perfeita dos movimentos e o som maravilhoso das orquestras.
Queria que os anjos descessem e nos envolvessem na aura cintilante do amor mágico.
Queria um beijo limpo e etéreo para guardar toda a vida na moldura da memória.
Preparei-me para esse beijo como anos antes me tinha preparado para a primeira comunhão. Imaculadamente.
...
O eleito foi o colega mais velho da turma. (contin.)


Continuaremos a receber os vossos Actos de Cinema! Deixo os links para lerem o mote e para conhecerem os prémios desta edição do concurso O Escritor Famoso.

4.4.06

apeteceu-me outro dia dos blogues...

Chagall. Aqui.


Pérolas de ostras de mar, de mar, e não daquelas que os japoneses criam em cativeiro industrial:

Ventoínhas penduradas no tecto assim estilo vintage mas que refrescam mesmo:

Estrelas que eu ando a descobrir mesmo se geralmente fujo delas:

E depois, Ad tempus ou a Noite em Macau.

E não se esqueçam que está a decorrer a V Edição do Escritor Famoso! E que podem tentar o vosso primeiro (ou segundo ou terceiro ou...) guião de uma curta metragem! Sim, é esse o grande prémio! Hoje ficámos a conhecer um novo concorrente!


PS: estou com problemas de ligação à net, não estranhem um certo silêncio :(

1.4.06

O Escritor Famoso V Edição - dia 5 (1)

As novidades do dia são excelentes! Teremos dois patrocinadores oficiais nesta V Edição. A livraria O Navio de Espelhos, que tem acompanhado O Escritor Famoso desde o primeiro momento, mantém-se como patrocinador e ponto de encontro de todos os seus amigos. O Cineclube de Aveiro estreia-se como nosso parceiro, ... e em grande! Vejam a qualidade dos prémios a atribuir aos vencedores da V Edição do Concurso O Escritor Famoso:


1° Prémio Escritor Famoso - Cineclube de Aveiro - O Navio de Espelhos

O autor do argumento mais pontuado pelo júri do Concurso terá a oportunidade de ver esta sua criação adaptada a uma curta-metragem. O filme será realizado por Ivar Corceiro (ou outro realizador que o Cineclube designe).

Ou seja, o vosso acto de cinema será transformado numa obra de cinema!

O Navio de Espelhos fará ainda a Oferta de um Livro.



2° Prémio Escritor Famoso
- Cineclube de Aveiro
Ao autor do texto com a segunda melhor classificação será oferecido um conjunto de DVD's.


Prémio Escritor Bairrista
- Cineclube de Aveiro
Oferta de cartão de sócio e anuidade do Cineclube.
Este prémio foi criado a pensar nos aveirenses. Ele será atribuído ao concorrente da Região de Aveiro que obtenha melhor classificação.

Nos próximos dias divulgaremos informações adicionais sobre a curta-metragem, a relação pormenorizada dos restantes prémios (livro, dvd's), assim como a constituição do júri e método de votação.

O Escritor Famoso V Edição - dia 5 (2)

O Escritor Famoso continua a receber excelentes propostas de argumentos... e assim será até ao dia 9 de Abril. Já leram os três últimos?


5. Marte, Estou sim? Deus?

[AW] - Aqui tens. É um presente meu. Sei que lhe darás bom uso.
[JMD] - Um telefone Dourado?
[AW] - Sim e o melhor é que tem uma linha directa para Deus. [Dando um gole do seu Dry Martini]
[JMD] - Uhmmm... estou a ver... Mas o que é que eu poderia ter para falar com Deus?
[AW] - Descobrirás com o tempo. Mas também não precisas de te preocupar com isso. Tens todo o tempo do Mundo. És imortal. És um Deus. És um mito. Não existe tempo para os Deuses...
[JMD] - [Risos] Tudo bem. Muito obrigado pelo presente. Tentarei dar-lhe uso.

[Deserto nos arredores de Los Angeles] [Mustang preto descapotável] [Telefone Dourado no banco do pendura]

[JMD]- Aquele gajo é mais alucinado que eu... uma linha directa para Deus... sim pois... [tentando sintonizar o rádio] Maldito rádio! [dá-lhe um murro]. (contin.)


6. Hipátia, Gilda
A porta abre-se e entra uma fabulosa mulher de vestido longo, azul noite, luvas até ao cotovelo que escondem os alvos braços e cabelo comprido cor de cobre. Bate com força a porta da casa asséptica caiada de branco, com vontade de, dessa vez, construir um castelo.

Começa a encher o espaço de almofadas de penas. Espalha velas perfumadas, pinta no tecto estrelas. Escolhe um pau de incenso perfumado, talvez maçãs verdes, ou qualquer fruto. Semeia confeitos doces e coloridos, ou então pétalas de flores. Faz uma cama no chão. Põe a tocar uma música com guitarras e cítaras.

Depois pára de repente... A câmara pára com ela. (contin.)


7. Joaquim Pavão, Uma questão de genes

Saltou para a frente. Teve que ser. Impulso ou talvez não, lá o carteiro encarregado de convicção se dirigiu por aquele caminho. Acho que lhe “limparam o sarampo” passado pouco tempo. Não sei, tive medo de me reter em corpo e abandonei-me à saudável cobardia. Aquela que nos faz ficar velhos e com sorte pouco doentes. Ele ainda vivia ali. Vida morta, parece que se esqueceu de respirar. Família preta, mas de luto, porque tudo o resto é claro, excepto as manchas negras da velha. Produto da masculinidade do pai do defunto. (contin.)

31.3.06

O Escritor Famoso V Edição - dia 4

Nenhuma ocorrência ao quarto dia, para além do gesto infeliz de um anónimo frustado que usou a password livre d' O Escritor Famoso para editar um texto pouco original. O texto até perdoávamos, o anonimato é que não. É a primeira vez que isso acontece (desde Julho de 2005) mas se alguém repetir a graça, alteramos o sistema de acesso ao blog.

Mas o mais importante é avisar quem não esteve cá que deve ler este post... porque falta sempre uma cena à nossa maneira em todos os filmes! ;)