13.4.07

O Estado da Arte

Ontem saí da minha tertúlia e mergulhei noutra, esta última organizada pela Câmara Municipal de Aveiro e a Associação Cultural Mercado Negro. Que privilégio poder ouvir Abílio Hernandez (que foi comissário da "Coimbra, Capital da Cultura" e que já aqui referi) ou Paulo Mendes reflectir sobre Arte Contemporânea num espaço como o da galeria da (antiga) Capitania do porto de Aveiro. Modernidade e contemporaneidade, a arte e o mercado, a condição do objecto de arte, conceptualização, espaço de arte, novas tecnologias, transversalidade das artes plásticas, obras não acabadas, a problemática da autoria, etc.. , e depois algo concreto, e que nos envolvia ali, o projecto Avenida de Arte Contemporânea. Fiquei um pouco mais esclarecida. No final, retive as palavras de António Pedro Pita (Delegação Regional de Cultura do Centro). A experiência que resultará do protocolo assinado entre o Instituto das Artes e a CMA/UA, que consiste no "empréstimo" por um período de 10 anos de cerca de 300 objectos de arte (na sua maioria peças de pintura), será exemplar, venha ela a ser um êxito ou um fracasso. Possivelmente, é a primeira vez que o Estado entrega a uma cidade uma colecção (ou o residual de várias colecções), delegando a responsabilidade da sua exposição junto do público. E quem diz exposição, diz divulgação, animação e intervenção (estética, cultural, urbana), contextualização no domínio da história da arte, das/através das peças de arte. Um desafio. que seria delicioso vencer.

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