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26.7.10

HELPO: Workshop de formação para voluntários internacionais

A Helpo é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, sem fins lucrativos, de Direito Português, nascida a 26 de Novembro de 2004. É uma Organização laica e apolítica que leva a cabo programas de apoio continuados, projectos de assistência, ajuda humanitária e desenvolvimento comunitário em múltiplos países do hemisfério Norte e Sul do Mundo.

Os vectores de
intervenção, que em parte decorrem da aplicação do programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância (ACD), centram-se na assistência alimentar; educativa; sanitária; empowerment; geração de rendimento próprio; educação para o desenvolvimento, desenvolvimento humano e ajuda humanitária e de emergência.



ONGD Helpo
Rua Manuel Joaquim Gama Machado, nº 4
2750-422 Cascais
Tel: 21 484 40 75

16.1.10

Haiti


No Haiti, o céu ainda não desabou. Para onde olhar se quisermos esquecer? Dizem que se ouvem cantos nas ruas. Não podemos sequer imaginar. mesmo que as imagens que nos chegam sejam numerosas. Dei nada. Senti-me uma moeda. Mas aconselham-nos a fazê-lo se queremos ajudar.



Foto MRF
Um dia qualquer

11.3.09

Afinal que mundo é este?

Os anões não chegam ao multibanco, os surdos não ouvem concertos, as prostitutas existem porque os outros gostam, os toxicodependentes não são confiáveis, enfim, um mundo perfeito... e um conjunto de conferências certamente originais no ano em que o Espaço t comemora 15 anos!

30.4.08

Rio de Paz


A violência no Brasil mata mais do que qualquer doença epidémica. Por isso respeito tanto as iniciativas do Movimento RIO DE PAZ. Uma das activistas viveu muitos anos em Portugal e é uma daquelas pessoas que nunca esquecemos. Quando estive no Rio de Janeiro (já faz tanto tempo!), tive oportunidade de a rever. Lembro-me de falarmos sobre segurança. Os portugueses estranham a necessidade de gradeamentos bloqueando as entradas dos prédios, ou a ideia de não poder viajar com a janela do carro aberta! Um simples passeio no Rio, a pé ou de automóvel, implica um risco (elevado) de assalto com violência. A certa altura, um amigo dela, carioca, disse: "a gente se habitua". Fiquei na dúvida. É verdade que o ser humano se adapta a todas as situações e até acredito que, felizmente, todos conhecemos mal os nossos limites, até onde conseguimos resistir em situações de adversidade ou dor. Mas banalizar a violência, integrá-la sem resistência no nosso quotidiano, é acéfalo.

Este Movimento RIO DE PAZ decidiu resistir e combater - se não o flagelo, pelo menos a apatia. Têm organizado
acções carregadas de simbolismo que lembram os mortos e evidenciam o carácter massivo do fenómeno. Neste momento, estão também empenhados em criar redes de apoio psicológico para os familiares das vítimas.

Essa minha amiga chama-se Simone Villas Boas e eu sinto orgulho e comoção por a ver (e sentir) tão envolvida nessa batalha. Ela tem um blogue,
[correio electrônico], que reflecte as suas preocupações sociais. Alguém me dizia que reflectir sobre o tecido urbano e social implicava vários tipos de conhecimento erudito mas, sobretudo, um enfoque na ecologia da alma. Simone é a minha ecologista da alma preferida. Já agora, vejam-na aqui e aqui. O mote: «Via Crucis - O Aterro do Flamengo amanheceu com duas mil cruzes brancas simbolizando o número de mortos por assassinato neste ano».

3.10.07

Outra causa de todos


Leiam o post e depois decidam se é uma causa que devem ou não apoiar. Na coluna da direita, já instalei o "Gif animado", símbolo do meu apoio. Como dizia Camus em «O Homem Revoltado», "o escravo" tem o direito de "não ser oprimido para lá do que lhe parece admissível".

"Reserve já um destino de sonho para uma criança"


A minha amiga V. apadrinhou Penicela, um rapazinho moçambicano de aproximadamente 8 anos. Para esse fim ela põe de parte, todos os anos, 252 euros. A quantia, como ela diz, não pagaria sequer uma mensalidade em muitas escolas portuguesas. Contudo, para o Penicela, esse valor pode ser a garantia de um futuro com melhores oportunidades. Não existe nenhum motivo para não nos juntarmos a ela nesta causa. São várias as modalidades de colaboração:

1. Sustento Completo
mensal (21 €) trimestral (63 €) anual (252 €)

2. Sustento Escolar
mensal (13 €) trimestral (39 €) anual (156 €)

3. Sustento colectivo "adopte uma Turma"
trimestral (26 €) anual (104 €)

Sozinhos, com amigos ou com colegas de trabalho, facilmente podemos reunir esse valor, apadrinhando uma criança necessitada ou apoiando uma turma. No site do
CCS, é possível aceder a mais informação e saber endereços/telefones de forma a entrar em contacto directo com o Centro se o desejarem.

Eu creio que é por inércia que pouco ou nada fazemos no sentido de sermos mais solidários - e depois sentimo-nos frustados. Desta vez parece-me simples vencer essa inércia. Apadrinhem um menino ou uma menina! Dai a conhecer este Projecto! Como diz a V., uma pessoa apenas pode fazer a diferença. mas podemos ser muitos, não acham ?

Comecem agora!

8.6.06

Casa da Criança de Tires - Pedido de Ajuda


Casa da Criança de Tires
Av. Amália Rodrigues nº 23
2775 São Domingos de Rana
telefone: 21 445 68 02
mailto:casadacrianca@mail.telepac.pt


Nós somos: a Maria (5 anos), o Vasco (5 anos), a Magda (9 anos), o Elson (7 anos), a Elisabete (8 anos), a Catarina (11 anos), o Guilherme (4 anos), a Catarina (7 anos), o Sebastião (4 anos), Tatiana (3 anos) e o Edmilson (8 anos). Vivemos todos juntos numa casa muito grande e cheia de magia que se chama “Casa da Criança”. Esta casa situa-se em Tires, frente ao aeródromo e junto das nossas mães que estão no Estabelecimento Prisional de Tires.
A Fundação Champagnat (IPSS com sede em Lisboa) é a nossa grande madrinha, que com o Ministério da Justiça e a Câmara Municipal de Cascais, transformaram este sonho em realidade. Mas como somos muitos, às vezes precisamos de algumas ajudas e é por isso que vos estamos a escrever. Muitos beijinhos dos meninos da Casa da Criança.

O que estamos a precisar:
- Obras de remodelação para a nossa Casa
- Troca de carrinha de 9 lugares
- Carro de 5 lugares
- Materiais de psicologia
- Materiais para sessões de Musicoterapia
- Manutenção mensal e reestruturação do jardim
- Parque infantil
- Polivalente prefabricado
- Projecto de remodelação da Sala de jantar e gabinete
- Reestruturação das cómodas dos quartos
- Donativos monetários
- 12 baús de madeira para guardarmos os nossos segredos
- Molduras do IKEA só com vidro (diferentes tamanhos) para as paredes ficarem mais coloridas com os nossos desenhos e fotografias
- Uma televisão
- Filmes em DVD
- Resmas de folhas brancas A4 para impressora
- Cartuchos para impressora HP PSC 1410
- Toalhas para banho coloridas
- Alimentos (leite, iogurtes, sumos, bolachas, salsichas, congelados,...)
- Meias, collans, cuecas, calçado, pijamas de Verão e de Inverno, camisolas interiores
- Produtos de higiene
- 1 berbequim, chaves de fendas, chaves de porcas, chave philips, busca-pólos, extensão eléctrica(rolo com 4 fichas)
- Muitos Amigos

As transferências deverão ser efectuadas para o NIB: Fundação Champagnat 007 0030 0004040000106, telefonando ou mandando mail com nome completo, morada, contribuinte, valor do donativo e banco pelo qual fez a transferência para ser-lhe enviado o respectivo recibo.

Actualizado a 02 de Junho de 2006.
Antes de fazer a sua entrega, entre em contacto com a Casa para combinar o melhor dia e a melhor hora para fazer a sua entrega. Obrigada!

E se nos organizássemos para satisfazer a maior parte destes pedidos?
Individualmente ou em grupo, até onde poderíamos ajudar? Não querem propôr um donativo ou organizar uma colecta nas empresas onde trabalham? Quem pode disponibilizar os materiais/serviços requeridos?

19.5.06

Palhaços sem Fronteiras

A JP lançou o repto. E então decidi falar-vos de uma associação que ainda não existe nem é conhecida em Portugal, e que se chama Clowns Sans Frontières ou Clowns without Borders ou ainda Payasos sin Fronteras.

Sem discriminação política, religiosa ou étnica, Clowns Sans Frontières organizam espectáculos para as populações vítimas da guerra, da exclusão e da miséria física ou mental.

Actores, bailarinos, acrobatas, trapezistas, músicos, marionetistas..., os artistas deixam pelo espaço de 2 ou 3 semanas os seus palcos ou pistas para, de forma voluntária, actuar em lugares onde a cultura já não respira: bairros de lata, campos de refugiados, cidades sitiadas, bairros desfavorecidos...

Criada em 1994, já esteve na Albânia, Afeganistão, Algéria, Argentina, Faixa de Gaza, Bangladesh, Birmânia, Bósnia, Cisjordânia, Costa Rica, Croácia, Guatemala, India, Jordânia, Líbano, Madagascar, Marrocos, Moldávia, Mongólia, Nicarágua, Peru, Filipinas, Roménia, Rússia, Rwanda, Sudão, Tailândia, Uruguai.


Se quiserem saber como ajudar, individualmente ou como empresa, ou se forem artistas, mergulhem neste sítio.

4.3.06

Nuno Cabruja

duas semanas prometi que faria um post todas as sextas com um link para o blog do Nuno. Ando tão distraída que esqueci. Mas hoje ainda vai a tempo. Vão até lá!

Entretanto, adiram a esta ideia (mas qualquer dia serve para se mobilizarem nos vossos locais de trabalho) ou a esta (atenção, a data foi alterada para 6 de Maio).

24.2.06

Nuno Cabruja

Na semana passada prometi que faria um post todas as sextas com um link para o blog do Nuno. Vão até lá e digam-me se não é caso para lhe darmos a maior força. Eu admiro a coragem e a tenacidade dele. Bora lá, pessoal!

Entretanto, adiram a esta ideia (mas qualquer dia serve para se mobilizarem nos vossos locais de trabalho) ou a esta (atenção, a data foi alterada para 6 de Maio).

Rita

Este caso de desaparecimento é recente. Aconteceu há uma semana (sexta-feira, 18/02) em Matosinhos. Peço-vos que divulguem a foto da Rita.


Também podem contactar:
José Fortuna - Grupolis Transitários, Lda - Rua do Castanhal, Nº29 - Zona Industrial da Maia 1 - Sector II - 4475-122 Gemunde - Portugal - Tel: +351 229 470 290 Fax: +351 229 966 718 - jfortuna@grupolis.pt - www.grupolis.com

17.2.06

Novo post-chat

Recebi um email___ que é também um pedido de ajuda___ a falar-me do Nuno Cabruja. O Nuno tem um blog onde explica o que lhe aconteceu. Talvez alguém o conheça pessoalmente. Talvez o Nuno apareça por aqui para falar connosco. ou não. Mas talvez possamos todos dar-lhe algum apoio.

O email acabava assim: a vida poderá ter mais sentido se esta roda se agigantar até o Nuno poder finalmente andar. Vamos a isso!

21.9.05

Viagens contra a Indiferença II




A AMI - Assistência Médica Internacional foi criada em 1984 por Fernando Nobre, inspirada no modelo dos Médecins Sans Frontières de França. Fernando Nobre participou como cirurgião em várias missões desta ONG e foi administrador da Médecins Sans Frontières na Bélgica.
Em 1981, o Irão estava em guerra com o Iraque. Fernando Nobre integrou uma delegação da MSF que, no Irão, foi recebida pelo Ayatollah Khomeini. Este é um fragmento do seu diário da viagem.

Irão - 1981
(...)28 de Fevereiro

23:00 - Esta tarde às 15:00 a nossa delegação foi recebida em audiência oficial pelo Ayatollah Khomeini, líder supremo da revolução islâmica iraniana. Tal honra foi sem dúvida devida ao facto de sermos a primeira delegação ocidental a chegar ao Irão após a recente libertação dos reféns norte-americanos da Embaixada norte-americana em Teerão. De relembrar que esses reféns ficaram presos na Embaixada e em outros locais, mais de um ano e que foram apenas libertados no próprio dia do fim do mandato do Presidente Carter e da tomada de posse do Presidente Reagan. Tal facto deu-se a 20 de Janeiro de 1981, a saber pouco mais de um mês antes da nossa chegada a Teerão. Tudo isto explica o acolhimento extremamente caloroso e oficial a que tivemos direito no aeroporto, assim como as atitudes amigáveis e respeitosas com que temos sido brindados desde que chegámos a Teerão. Durante a audiência o Ayatollah Khomeini mostrou-se extremamente seráfico, silencioso, trocando poucas palavras connosco, estando mais à escuta do que falando ele próprio. Inteira-se do porquê da nossa estadia no Irão (...) Perante as dificuldades enfrentadas no Sul pelo povo iraniano em guerra com o Iraque, estávamos lá apenas como equipa médica para prestar o apoio possível. O seu olhar, sob espessas sobrancelhas, é intenso e tem o brilho e o fulgor daqueles que se crêem investidos de uma missão sobrenatural. É de certeza um místico, mas também um condutor de homens implacável. Sente-se nos seus seguidores, presentes na sala, uma deferência absoluta. A sala está toda coberta de tapetes e ele, como nós todos, está sentado sobre almofadas. Estamos perante um Califa com poder absoluto. É o Imã.
(...) tenho muitas dúvidas de que o Irão pós-Xá seja menos sofredor do que foi durante a ditadura do Xá, mesmo com a sua polícia política, a então temível Savak. Nesse mesmo dia à tarde visito o Bazar de Teerão que é fabuloso de gente, de mercadorias (das frutas aos tapetes), de cores, cheiros e sons. A ambiência em Teerão é de revolução com todas as mulheres trajadas a rigor, com o seu chador negro, com fotografias do Ayatollah Khomeini por todo o lado, não só nos edifícios oficiais mas também nos hotéis e em edifícios particulares.(...)

Fernando Nobre
Viagens contra a Indiferença, pp 33-34
Temas e Debates Ed.

20.9.05

Viagens contra a Indiferença









Viagens contra a Indiferença é o nome do livro que Fernando Nobre, fundador e Presidente da AMI, lançou em Dezembro de 2004 (acaba de sair a 5a edição). O livro reune 6 histórias e 16 diários de viagem: ao Irão em 1981, Zaire em 1994, Iraque em 1995 e 2003, Argélia, Palestina, Ruanda, em 1996, Nepal em 1995, Senegal, México e Colômbia em 1997, Guiné-Bissau e Honduras em 1998, Timor em 1999 e Chade em 2004. Ontem assisti a uma pequena palestra de apresentação deste livro e foi um prazer ouvir Fernando Nobre falar da AMI e das várias missões em que participou. Fernando Nobre é um viajante, já esteve em mais de 130 países, e parece que teria de ser assim, que estava escrito no seu adn de homem com origens multicolores. Neste livro lança gritos de inconformismo porque é impossível ficar imune à visão da morte, das mortes, em massa. Em 1983 a guerra civil no Sudão entre o exército muçulmano de Cartum e guerrilheiros animistas e cristãos provocou cerca de 2 milhões de mortos. Na Roménia pós Ceausescu, visitou orfanatos onde as crianças eram depositadas para morrer. No Ruanda, em 1994, esteve num campo (de extermínio) em que morriam 2000 pessoas por dia, cujos corpos iam sendo amontoados, já que o seu enterro era inviável naquelas terras enlameadas. Escreve estes livros para os filhos (25, 24, 12 e 8 anos), para que estes compreendam a razão das suas eternas ausências. Fê-lo com esforço, não tem o hábito de tomar notas, de fazer registos das viagens. Escreve então, de memória. Por ocasião dos 20 anos da AMI e dos seus 25 anos de acção humanitária.
Vou voltar a Fernando Nobre e à AMI. Mas por agora, fiquem com este extracto:

Iraque - 1995

(...)22 de Dezembro
5:30 - Partida de Bagdad. O táxi chegou 30 minutos atrasados. O carro e o condutor parecem-me correctos.(...) A auto-estrada que vai de Bagdad à fronteira de Rwesheid atravessa toda a zona desértica. Muitos camiões: esta estrada é a verdadeira aorta do Iraque. Se a cortassem o país morreria. Pelo caminho existem uns 10 a 15 checkpoints de controle da polícia. Os militares parecem estar a passar dificuldades. Por vezes fazem abrir a mala do carro, por vezes não, mas quase sempre fornecemos-lhes cigarros... Parece o Zaire. (...) aceitei dar boleia a um iraquiano (...) Parecia uma figura bíblica. Não nos esqueçamos de que os árabes, como os judeus, são semitas e daí as línguas árabe e hebraica pertencerem ao mesmo grupo linguístico semítico. Daí poder afirmar-se com justiça e propriedade que o Sr. General Sharon, em 1982, nos massacres de Sabra e Chatila, teve atitudes e comportamentos anti-semitas repugnantes.
(...)
O Sr. Khouri, depois de me pedir desculpa em nome do povo árabe, chamou um dos seus criados, deu-lhe ordem para afastar o sofá e qual não foi o meu espanto quando, após o criado ter enrolado um belo tapete que estava aos meus pés, um autêntico persa de seda, mo entregou pedindo mais uma vez desculpa s pelo sucedido e dizendo-me que o tapete que me oferecia valia de certeza 50 vezes mais do que os tapetes que me tinham sido roubados.
(...)
1. O rei Hussein da Jordânia é outro ditador e está, como sempre esteve, contra o Iraque. (...)
2. Não vale a pena enviar medicamentos para cá pois as exigências são mais que muitas na medida em que três ministérios estão envolvidos na questão das autorizações...(...)
3. Disse-me também que a Cáritas jordana não funciona porque o padre director é um ladrão. Enfim, existe de tudo um pouco na humanidade.(...)
Termino por aqui pois está na hora de me deitar.

pp 113-117