Páginas
29.4.06
28.4.06
6.
e eu respondo: "porque este é um dos festivais de cinema mais interessantes do país (e não só) mesmo se os media não dão atenção suficiente ao acontecimento, e porque a nova edição começa hoje mesmo, 28 de Abril."
e voltam a perguntar: "mas isso é onde?"
e eu respondo: "é no Norte, caraças, em Famalicão! e se vocês nunca lá foram e nem conhecem a Casa das Artes sois uns morcões!"
e vocês aí não gostam e dizem: "quéquéisso? um gaijo num veio aqui pra ser insultado!"
e eu digo: "pois! mas se é o único festival que associa cinema e literatura na Europa, não era para todos conhecerem? enfim, apareçam lá para discutir comigo qu'eu vou lá estar até ao fim, dia 6 de Maio."
e mainada!
ou melhor, sim, lanço um quiz. quem consegue identificar quem é quem na imagem?
e digo isto, para que os sentidos e a razão despertem... ;)
5. Festival FAMAFEST 2006 com 20 filmes estrangeiros
Ao apresentar hoje o programa, Lauro António sublinhou que esta oitava edição do Famafest regressa à Casa das Artes e à Biblioteca Municipal (com extensão a São Miguel de Seide e ao novo auditório da Casa de Camilo). Organizado pela Câmara local, com um custo de 71 mil euros, o Festival exibirá no conjunto 200 filmes.
Lauro António salientou que o evento envolve um ciclo dedicado a "Um Nobel no Cinema, Harold Pinter" e uma retrospectiva de "Samuel Beckett no cinema", durante a qual se apresentam versões das obras teatrais escritas pelo autor de que se comemora este ano cem anos sobre o seu nascimento.
Um outro ciclo é o de "Charles Dickens e "Oliver Twist no Cinema", que junta dezenas de adaptações de obras literárias de Charles Dickens. Ainda nesta vertente, realiza-se o ciclo "Agatha Christie no Cinema", e um outro sobre "A Guerra dos Mundos" e "King Kong", que tiveram recentemente duas novas versões. "As crianças e os jovens continuam com o seu lugar cativo com meia centena de sessões especiais", vincou.
Notícia da Lusa
Pravda
4. Cinema e Literatura no Famafest
Filmes de vinte países, todos inéditos em Portugal e alguns em estreia absoluta, concorrem ao Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Famalicão (Famafest), que começa sexta-feira, anunciou ontem Lauro António, director do certame que decorre até 6 de Maio.
O festival, dedicado ao tema «Cinema e Literatura», decorrerá até 6 de Maio, com filmes da Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, EUA, França, Holanda, Inglaterra, Israel, Itália, Marrocos, Portugal, Rússia e Suíça. Ao apresentar o programa, Lauro António sublinhou que esta oitava edição do Famafest regressa à Casa das Artes e à Biblioteca Municipal, com extensão a São Miguel de Seide e ao novo auditório da Casa de Camilo. Organizado pela câmara local, com um custo de 71 mil euros, o festival exibirá no conjunto 200 filmes, que disputam vários prémios, Grande Prémio e Prémio de Lusofonia, a conceder por um Júri Internacional e um Júri da Juventude.
Lauro António salientou que o evento envolve um ciclo dedicado a «Um Nobel no Cinema, Harold Pinter» e uma retrospectiva de «Samuel Beckett no cinema», durante a qual se apresentam versões das obras teatrais escritas pelo autor de que se comemora este ano 100 anos sobre o seu nascimento. Um outro ciclo é o de «Charles Dickens e Oliver Twist no Cinema», que junta dezenas de adaptações de obras literárias de Charles Dickens. Ainda nesta vertente, realiza-se o ciclo «Agatha Christie no Cinema», e um outro sobre «A Guerra dos Mundos» e «King Kong», que tiveram recentemente duas novas versões.
Outras secções paralelas dedicam-se a temas de actualidade e projecção mundial, tal como «Da Palavra à Imagem», onde se podem rever alguns de grandes filmes recentemente retirados de obras literárias, filmes infantis e de animação. “As crianças e os jovens continuam com o seu lugar cativo com meia centena de sessões especiais”, vincou Lauro António.
O Famafest’2006 homenageia também a escritora Teolinda Gersão, duas actrizes com prestigiadas carreiras (Maria Barroso e Graça Lobo) e o multifacetado Artur Agostinho. Tal como noutros anos as homenagens destacam personalidades das letras e do espectáculo que justificam figurar no ‘Passeio do Famafest’, além de outras actividades complementares, como exposições e concertos.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara, Armindo Costa, realçou que o Famafest “volta a apostar numa política de acção social na área cultural, com sessões gratuitas para crianças, jovens em idade escolar e idosos”. “Apesar das limitações orçamentais, conseguimos uma programação de qualidade, com obras dos melhores cineastas portugueses e mundiais”, sublinhou.
O Primeiro de Janeiro
3. Especiais de Beckett e Dickens no Famafest
"Estão assegurados os ingredientes para o sucesso do Famafest", afirmou o vereador da Cultura. Leonel Rocha.
Para o director do festival, Lauro António, esta é "uma das melhores edições de sempre", apesar da redução do orçamento em cerca de um terço. E, salientou as 16 obras inéditas em Portugal de Samuel Beckett, que serão exibidas todas no mesmo dia. Lauro António destacou, também, o ciclo dedicado a Harol Peter. Este ano, além das exibições na Casa das Artes e na Biblioteca Municipal, as sessões estendem-se até ao Centro de Estudos Camilianos.
"Charles Dickens é contemporâneo de Camilo e uma das ideias é procurar ir ao encontro da época do escritor, recuperar o seu tempo noutros países", explicou o director do certame. Haverá ainda dois ciclos de adaptações das obras de Agatha Christie , "A Guerra dos Mundos" e "King Kong".
Ao longo de dez dias, serão exibidas cerca de duas centenas de filmes, alguns a concurso, integradas no âmbito do festival "Cinema e Literatura". (...)
A.L.
Jornal de Notícias
2. Famafest organiza ciclos sobre escritores
Lauro António salientou que o evento envolve um ciclo dedicado a Harold Pinter - "Um Nobel no Cinema - e uma retrospectiva de Samuel Beckett no cinema, durante a qual se apresentam versões das obras teatrais escritas pelo autor de que se comemora este ano 100 anos sobre o seu nascimento.
Há outros ciclos para Charles Dickens, Oliver Twist e Agatha Christie, que junta dezenas de adaptações de obras literárias.
O Famafest homenageia também a escritora Teolinda Gersão, duas actrizes com prestigiadas carreiras (Maria Barroso e Graça Lobo) e o multifacetado Artur Agostinho.
"As crianças e os jovens continuam com o seu lugar cativo - haverá meia centena de sessões especiais", vincou o organizador Lauro António. Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara, Armindo Costa, realçou que o Famafest "volta a apostar numa política de acção social na área cultural, com sessões gratuitas para crianças, jovens em idade escolar e idosos".
Jornal de Notícias
1. Famafest e os horrores de King Kong
“São dois filmes desconhecidos do grande público, mas que merecem ser divulgados porque a sua realização é tão primária, e mesmo horrorosa, que acabam por ter imensa piada”, adiantou Lauro António, o director do festival. Estas duas obras poderão, pois, ser comparadas à mais recente versão de King Kong, de Peter Jackson, e outros filmes mais antigos, tal como acontecerá com ‘A Guerra dos Mundos’.
Naquele que é o único festival de cinema no País dedicado à literatura – iniciativa que começa a ser seguida na Europa – vão estar a concurso obras oriundas de 16 países e todas inéditas em Portugal.
O festival prolonga-se por dez dias, durante os quais serão exibidos mais de 200 filmes e exibições dedicadas a escritores como Agatha Christie, Samuel Beckett, Charles Dickens e Harold Pinter (Nobel em 2005).
O festival, que abre ainda espaço à animação infantil, serve ainda para prestar homenagem à escritora Teolinda Gersão e às carreiras artísticas de Graça Lobo e da antiga primeira-dama Maria Barroso.
Mário Fernandes (Braga)
Correio da Manhã
27.4.06
qualquer coisa que escape ao tempo, ou que defina o que há de imponderável no tempo
Nécéssaire d'artiste (pormenor)
26.4.06
V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema - and the winner is...
E temos vencedor..., ou vencedora! A história que o Ivar Corceiro, com o alto patrocínio do Cineclube de Aveiro, vai levar à tela será: O Cheiro da igreja, da autoria de Elipse, do blog Palavras em Linha.
Mas vejamos o ranking das 10 melhores classificações finais - a pontuação está assinalada a vermelho:
1º Elipse, O cheiro da igreja, 185 pontos
2º Ivar Corceiro, A morte de olhos abertos, 181
3º Artur Torrado, Roleta russa, 180
4º Elipse, Toda a infância cabe numa caixa enferrujada, 175
5º Bastet, Chá no deserto, 172
6º Fausta Paixão, Oh captain, my captain, 165
7º Lino Centelha, Zerozerossete blockbuster mountain, 152
8º JP, (sem título), 148
9º Rosarinho, Como descobri que os beijos do cinema não existem, 138
10º Hipátia, Gilda, 132
Esta pontuação resultou da soma das votações dos membros do júri e dos concorrentes tal como foi definido no post de 10 de Abril. Todos os envolvidos poderão consultar uma tabela de classificações mais detalhada (que enviarei por email). Mas adianto que o júri ficou indeciso entre a Roleta russa do Artur Torrado (85 pontos, aplicada a ponderação), A morte de olhos abertos do Ivar Corceiro e O Cheiro da igreja da Elipse (ambos com 83 pontos). Os concorrentes, isoladamente, teriam eleito como vencedor Toda a infância cabe numa caixa enferrujada, da Elipse (105 pontos), ficando o Chá no Deserto da Bastet em segundo lugar e O cheiro da igreja, também da Elipse, em terceiro (101 pontos).
Para além da realização de uma curta-metragem inspirada no texto que escreveu, a Elipse irá receber ainda uma oferta da livraria O Navio de Espelhos. Dado o estatuto um pouco especial do Ivar Corceiro neste concurso (mas só a posteriori tivémos conhecimento do convite do Cineclube, e de que este convite o implicava como realizador), será o Artur Torrado que receberá o segundo prémio: um conjunto de DVDs.
O prémio Escritor Bairrista do Cineclube, dirigido ao concorrente de Aveiro melhor classificado será entregue à Rosarinho do blog Farinha Amparo: Oferta de cartão de sócio e anuidade do Cineclube. Como soube que a Filha da Patroa é a concorrente mais nova deste concurso (não sei se a idade é segredo, por isso só vou dizer que ela não poderia ter votado nas últimas eleições), espero que ela tenha a amabilidade de oferecer o dito à dita..., ou talvez o Cineclube resolva o problema de outra maneira...
Muito obrigada a todos os participantes! Muito obrigada aos membros do júri: Sónia Sequeira e Joana Bárrios, representantes dos patrocinadores; O`Sanji e RJM, amigos de sempre; e Paulo José Miranda, um "escritor famoso" que nos toca o coração e que gostamos sempre de ler !
Até breve !
25.4.06
23.4.06
Domingo de Abril
Os carros tomam a direcção do sol,
a paisagem das praias.
As esplanadas são ocupadas
por gente que simplesmente fica.
Bebem café,
uma tónica, uma cola, uma cerveja.
Há os que lêem semanários
e há os que preferem livros.
Mas a maioria não lê, realmente.
Porque está baixa-mar
na areia molhada joga-se à bola.
Uma rapariga corre atrás do seu cão.
Do meu quarto
sigo atentamente esta previsibilidade.
Entre a distância dos acontecimentos
e os livros espalhados ao meu redor,
fumo um cigarro na varanda.
A vizinha do prédio defronte a este
acaba de chegar, com o namorado.
Não se vêem de segunda a sábado,
vão certamente fazer amor.
Na melhor das hipóteses
atingem o orgasmo, elogiam-se mutuamente,
e ele regressa a casa
para o resto da semana.
Sigo atentamente esta previsibilidade.
PAULO JOSÉ MIRANDA
A Voz Que Nos Trai
Edições Cotovia, 1997
Boas leituras neste Dia Mundial do Livro!
22.4.06
egoísmos
21.4.06
Já ouviram falar da Union of Concerned Scientists?
E não deixem de pesquisar os outros tópicos: Segurança (como podem constatar na animação, a UCS é muito crítica em relação à politica americana de desenvolvimento de armas nucleares); Aquecimento global - foi aqui que vi esta tabela: para os habitantes do hemisfério Norte, 2005 foi o ano mais quente, desde 1880;
Veículos (talvez esta crise petrolífera acelere a produção de meios de transporte mais "limpos"); Energia; Espécies Invasivas - uma das mais sérias ameaças à bio-diversidade; Alimentação (tónica nas questões da agricultura e ambiente, da alimentação - nomeadamente rações para animais e antibióticos, engenharia genética) e finalmente, Integridade Científica - que aborda a problemática da relação entre a Ciência e a Política.
A UCS é uma associação independente com fins não lucrativos que agrega mais de 100 000 cidadãos e cientistas. Subscrevam e/ou participem!
V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema - Votação
Espero que perdoem este contratempo. Entretanto, deixem-me adoçar-vos o espírito com a música que John Williams compôs para o filme Memoirs of a Geisha.
Sayuri's Theme
20.4.06
Disse FestSport?
(...) Durante o ano da celebração do seu centenário, o SCP tem à sua frente a hipótese de ser diferente, de revolucionar por completo a situação do desporto no nosso país, introduzindo nas comemorações uma forte tónica cultural que transforme de alto a baixo a forma de sentir um clube e a mística colectiva que o faz tão grande, e o fará ainda maior.
O SPC tem de se abrir à cultura, de fomentar a cultura entre os seus sócios e simpatizantes, de estabelecer laços culturais com outros clubes, de enfim mudar esta clubite ordinária de alguns desordeiros das claques (que fazem tomar a parte pelo todo, injustificadamente) numa fraternal afirmação de amor ao seu clube, mas de partilha amiga com o adversário.
(...) Tendo o Sporting as salas de cinema do Alvaláxia à sua disposição por que não criar um Festival de Cinema e Vídeo sobre Desporto? Uma semana por ano, com obras de todo o mundo, convidados ligados ao cinema e ao desporto, mesas redondas sobre o Desporto e o Cinema, a Televisão, etc. Digam-me que sim e em seis meses põe-se o festival de pé, criando uma boa imagem nacional e internacional para o Clube e para o País.
Se já não fosse sportinguista, passava a sê-lo, pelo menos por uma semana, e já agora, esta precisa semana... O Festival já começou!
Links: Blog do FestSport, Página Oficial do SCP, O Jogo (artigo com a programação do Festival)
(eu sei que é preciso ler em francês mas...)
alors soyons donc réalistes,
exigeons l’impossible
le raisonnable est triste
la vie est moins pénible
quand on a un moulin
à qui casser la gueule
même si cela est vain
mieux vaut que d’être veule
être ce chevalier
à la triste figure
qui ne gagne jamais
mais qui toujours s’insurge
Tom Jimenez é compositor e vocalista dos L'air de rien, a banda que estais a ouvir. Apareceu por aqui e deixou um convite simpático. Quer que comentemos os textos que escreveu para o próximo álbum que vai sair em Setembro. Vão até ao blog da banda, deixem lá a vossa opinião e, eventualmente, insurjam-se! ;)
V Edição do Escritor Famoso
... é suposto ser amanhã que se comunica o resultado final do escrutínio, despachem-se!
19.4.06
A mutilação dos sonhos :))
Depois pára de repente... Sete da manhã acordou com o toque do farol. Olhos esbugalhados, no peito arquejante as mãos crispadas. Nesse dia tinha sonhado com o pai.
- Pai, quero fazer xixi.
Com os movimentos das pernas tolhidos pelas calças caídas, tentou equilibrar-se rodando velozmente os braços.
- You're a hero, boy!
Pergunto se quer que eu limpe a bacia com água que está no chão...
Blanka num movimento ágil de mulher moderna que lê a Cosmopolitan, tira rapidamente o pequeno penso higiénico diário do interior da minúscula cueca. De facto não é só um penso higiénico. É também um telemóvel com UTMS de banda larga.
- Aqui tens. É um presente meu. Sei que lhe darás bom uso.
Contudo ela sabia que gostava de muito mais coisas... Tantas vezes brincara com ele deitando-o nas palhinhas...
Estava nestes pensamentos profundos quando uma voz atrás de si...
- Oh Antunes!
I took my place opposite the manager...
- S...s... sim chefe...
Olham-se intensamente. Uma vez mais.
-Tá uma calma lá fora!
- E eu nã sê? Vim por aí à pressa...
Mandou-me desenhar um círculo. Lá dentro um quadrado. Depois quatro triângulos isósceles.
O importante era não perder a audácia e a coragem! Quando as alpercatas iam achinelando sobre a areia, abrandava o passo, mas se as carrasqueiras rareavam o sol apertava e andava mais depressa... as mãos a darem o impulso à marcha, de trás para a frente, da frente para trás. E qual o motivo de uma tão grande segurança face a alguém a quem supostamente teria traído? Era de outro planeta qualquer da mesma Terra redonda, imensa e plana. Os outros tinham casa na linguagem e era vê-los acomodados nas conversas. A investigação é dura, o meio está cheio de "oh pás!" hostis... E dos mortos ninguém carrega a pila.
18.4.06
10.4.06
V Edição do concurso O Escritor Famoso - Actos de Cinema - Votações
Elia Kazan
O júri d' O Escritor Famoso terá a seguinte composição:
(júri residente:)
- Representante d'O Navio de Espelhos, Sónia Sequeira (patrocinador)
- Representante do Cineclube de Aveiro, Joana Barrios (patrocinador especial da V Edição)
- Paulo José Miranda (convidado especial da V Edição)
- O'Sanji, Plan(O)Alto
- RJM, Batatas4People
- MRF
- e todos os concorrentes!
A organização do Concurso facultará uma tabela onde cada um registará a pontuação que atribui a cada texto, usando uma escala de 1 a 10. Os concorrentes (autores) não poderão votar no seu próprio texto nem nos textos de membros do seu próprio blog.
Apuramento do vencedor:
(1) Para cada texto a concurso, serão apurados dois totais parciais: o primeiro resultante da votação do júri residente e o segundo resultante da votação dos concorrentes.
(2) A esses valores será aplicado um factor de ponderação: 1.70 para o total do júri e 1.30 para o total dos concorrentes. Da soma dos novos sub-totais resultará o ranking definitivo.
Prazos:
Todos os participantes na votação disporão de uma semana para leitura (e re-leitura) de todos os textos, devendo enviar a tabela de classificações preenchida até ao dia 18 de Abril.
A comunicação dos resultados finais será feita no dia 21 de Abril.
Concorrentes, participem neste duro julgamento!
Amigos, vão até à casa do Escritor, acomodem-se, e leiam também os textos a concurso! Ficamos à espera das vossas impressões! Quais destes textos gostariam de ver transpostos para a tela?
Actos mentais de cinema ou o primeiro dia de uma curta-metragem
1. Ivar Corceiro, a morte de olhos abertos
2. Fatyly, sem título
3. Pirata Vermelho, sem título
4. J.P., sem título
5. Marte, Estou sim? Deus?
6. Hipátia, Gilda
7. Joaquim Pavão, Uma questão de genes
8. Filha da Patroa, A Mutilação do Sonho
9. Elipse, Toda a infância cabe numa caixa enferrujada
10. Rosarinho, Como descobri que os beijos de cinema não existem
11. Didas, O homem que via muitos filmes
12. Elipse, O cheiro da Igreja
13. Artur Torrado, Roleta russa
14. Fausta Paixão, Oh Captain, my Captain
15. Claudia Sousa Dias, Closer, o epílogo
16. bastet, Chá no Deserto
17. Lino Centelha, Zerozerossete at the blockbuster mountain
You made me love you (Al Jolson, 1913)
O último texto ...
17. Lino Centelha, Zerozerossete at the blockbuster mountain
O agente secreto ao serviço de Sua Majestade, recentemente convertido aos apelos democráticos da República, colocou-se à disposição do novo inquilino do palácio cor-de-rosa, receoso de perder o lugar de funcionário público arduamente conseguido, para resolver, de uma vez por todas, e como missão ultra-secreta, o caso das escutas telefónicas em envelopes de correio azul. No início as coisas nunca correm muito bem mas a experiência internacional de um agente que até já tivera uma aventura no espaço, há-de resolver todos os percalços mantendo sempre a compostura do fato e do rosto e o ar de impenetrável emoção que tanto apraz ao seu novo patrono que até preferia o MacGyver. (contin.)
Extra concurso, aconselho a leitura a quente de Brincos de Palavra!
8.4.06
O Escritor Famoso V Edição - dia 12
14. Fausta Paixão, Oh Captain, my captain
Não me perdoava, pois, a ignorância no que dizia respeito às operações concretas, embora me saísse muito bem nas mais complexas operações formais. O que me minimizava sempre diante dos meus amigos intelectuais eram as referências constantes aos integrais e às derivadas. E embora todos soubessem o que me passava pela cabeça perante este tipo de referências o que eu precisava de saber, mesmo, era como efectuar o somatório de coisas contínuas. Em termos pragmáticos esse tipo de operações não me oferecia dificuldade, quanto mais continuidade melhor, era o meu lema. O pior era sempre a parte teórica.
Decidi, pois, frequentar aulas de Matemática no SPA (Special Pythagoric Academy), por recomendação especial do meu amigo Assis Matoso cuja especialidade era o grego. (contin.)
15. Claudia Sousa Dias, Closer, o epílogo
Sentado no lugar em frente, o olhar azul-esverdeado do ex jornalista de obituários exprime dor e saudade. O sorriso é um esgar de amargura. Pequenas rídulas à volta dos olhos denunciam o cansaço acumulado ao mesmo tempo que, dois vincos de tristeza marcam os cantos da boca fina e de contornos perfeitos.
Os dois olhares cruzam-se examinam-se com precisão cirúrgica, sentados à mesa do café onde, seis anos antes, Alice Ayres exercia a função de waitress. (contin.)
16. bastet, Chá no Deserto
Não há cor quando o dia se cerra sobre as dunas. O azul tuareg é negro, fechado e envolve no escuro as sombras e os vultos acocorados em pontos de fogo, luz e fumo. Os Somovares. Neles fumega o chá. Pequenas lamparinas de uma civilização perdida, pequenos sorvos de menta que aquecem o frio e uma esperança qualquer. (contin.)
7.4.06
O Escritor Famoso associa-se ao Lugar da vida secreta das palavras
2. Outro membro do júri e um dos primeiros amigos do Escritor Famoso fazem bater o coração colectando as mais belas palavras do nosso idioma.
3. E para que vos agasto o coração, contando estes segredos? Para que de coisas quase íntimas e simples, belas, se milagrem partilhas. São convites, pois. O primeiro à leitura e ao enamoramento. O segundo à participação numa declaração colectiva de amor às palavras. Pensem naquela que querem eleger e escrevam sobre ela, ou para ela, um pequeno texto. Neste lugar Da vida secreta das palavras os vossos tesouros ficarão guardados.
Eu pensei algodão.
Algodão.
o que há de universal no algodão: em todos os sentidos da palavra, estica-se na mão. depois de deixar de ser semente. desde a colheita. sendo certo que é melhor evitar falar das plantações. o passado do algodão é negro de escravidão, o presente é tranogânico! por outro lado, se o algodão é História, o algodão é rico. oh, nada desvirtua a beleza da palavra! cor, sabor, textura, filamento de sentidos que não se desvanecem com este saber em rama.
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O Escritor Famoso V Edição - dia 11
11. Didas, O homem que via muitos filmes
Aquelas vidas era tudo o que restava do que fora, ainda há uns dias, a gloriosa raça humana. (contin.)
12. Elipse, O Cheiro da Igreja
Quando as alpercatas iam chinelando sobre a areia, abrandava o passo, mas se as carrasqueiras rareavam o sol castigava e andava mais depressa. Debaixo do chapéu de palha ainda tinha a protecção do lenço, atado em duas pontas debaixo do queixo, misturando-se o cheiro fresco das estevas com o da transpiração e colando-se as meias à magreza das pernas. Seguia apressada, as mãos a darem o impulso da marcha, de trás para a frente, da frente para trás. Sentia a pieira no peito e o respirar era ofegante mas já avistava as primeiras casas da vila. Começavam a ver-se os chiqueiros dos porcos, à espera da faca que separasse o toucinho para a salgadeira, que o mais dos tempos a fome roía as entranhas. (contin.)
13. Artur Torrado, Roleta Russa
A cena passa-se num dado perfeito. Há um cubículo cúbico em reconstrução. Paredes sem estuque nem escuta, caídas e recuperadas de um ataque.
Uma mesa verde num chão plano. Além do dado, um baralho de cartas escritas a toda a volta com versos e infiéis. Far-se-á uma contabilidade dogmática.
Duas câmaras e várias freguesias, ou uma apenas se for bem gerida, focam alternadamente os rostos sombrios de duas personagens que podem ser dois homens, duas mulheres ou, preferencialmente, por uma questão de cotas, um homem e uma mulher ou uma mulher e um homem, para ser tão correcto quanto possível.
Admitindo que as personagens sejam capazes de dizer alguma coisa, escondem-se microfones e a câmara aproxima-se lenta mas continuamente de um rosto de cada vez. (contin.)
6.4.06
O Escritor Famoso V Edição - dia 10
- Pede-se o favor de desligarem os telemóveis e manterem silêncio durante o filme. Pipocas e refrescos vendem-se na entrada. A gerência agradece.
Que emprego tão aborrecido... e eu nem sequer gostava de cinema...
Como não tinha mais nada para fazer sentei-me numa cadeira vazia na fila da frente a descansar as pernas antes de regressar a casa. Acho que quando acabou a publicidade e finalmente começou o filme eu já tinha adormecido. Malditos anti-depressivos!
(...)
Acordei com gritos! (contin.)
9. Elipse, Toda a infância cabe numa caixa enferrujada
Foi depois do sonho que sentiu desejo de voltar à casa antiga. Vestiu-se de roupas novas e recuou no tempo. Paradoxo certeiro mas eficaz nas intenções porque foi na estação do comboio que o passado começou, enquanto o cheiro das travessas da linha se alojava no sentir antigo, quase até ao silvo da locomotiva e à “pouca-terra” anunciada ao longe. A viagem deu-lhe tempo para desejar ter pressa e por isso empurrou com força a porta, depois de ter estado presa ao brilho que o sol reflectia nos vidros. (contin.)
10. Rosarinho, Como descobri que os beijos de cinema não existem
E eu sonhava ser beijada como no cinema.
Queria um beijo grandioso, com a luz a incidir no ângulo exacto, a harmonia perfeita dos movimentos e o som maravilhoso das orquestras.
Queria que os anjos descessem e nos envolvessem na aura cintilante do amor mágico.
Queria um beijo limpo e etéreo para guardar toda a vida na moldura da memória.
Preparei-me para esse beijo como anos antes me tinha preparado para a primeira comunhão. Imaculadamente.
...
O eleito foi o colega mais velho da turma. (contin.)
4.4.06
apeteceu-me outro dia dos blogues...
Ventoínhas penduradas no tecto assim estilo vintage mas que refrescam mesmo:
Estrelas que eu ando a descobrir mesmo se geralmente fujo delas:
E depois, Ad tempus ou a Noite em Macau.
E não se esqueçam que está a decorrer a V Edição do Escritor Famoso! E que podem tentar o vosso primeiro (ou segundo ou terceiro ou...) guião de uma curta metragem! Sim, é esse o grande prémio! Hoje ficámos a conhecer um novo concorrente!
PS: estou com problemas de ligação à net, não estranhem um certo silêncio :(
3.4.06
mas mais Winx, não!*
Uma nova sonda colectou finalmente imagens dos misteriosos habitantes do planeta Uterus. São imagens pouco nítidas mas que nos permitem compreender, desde já, algumas das suas características.
Parecem apreciar viver em cavernas sobrepostas, modeladas por paredes extensíveis que assumem formas variadas.
Não medem mais de 2 cm ou 2.1 cm mas têm um coração muito potente que bate ao ritmo de um tambor africano.
Não sabendo ainda o que esperar do nosso mundo, mas já tendo ouvido falar dos paparazzi, escondem-se das câmaras, preferindo o anonimato. Uma atitude sensata!
Com o desenvolvimento da relação entre o nosso e o seu mundo, esperamos vir a captar melhores imagens.
Lisboa, 1 de Setembro de 1999, 8 semanas após a grande fusão molecular.
A acompanhar esta carta para os avós, seguiram imagens retiradas da primeira ecografia. Hoje elas fazem 6 anos. Continuamos a estreitar relações, a cruzar os nossos mundos, e não existe amor maior, como podem imaginar! Mas minhas queridas, mais Winx, não!
* a obsessão do momento: Club das Winx
1.4.06
O Escritor Famoso V Edição - dia 5 (1)
1° Prémio Escritor Famoso - Cineclube de Aveiro - O Navio de Espelhos
O autor do argumento mais pontuado pelo júri do Concurso terá a oportunidade de ver esta sua criação adaptada a uma curta-metragem. O filme será realizado por Ivar Corceiro (ou outro realizador que o Cineclube designe).
Ou seja, o vosso acto de cinema será transformado numa obra de cinema!
O Navio de Espelhos fará ainda a Oferta de um Livro.
2° Prémio Escritor Famoso - Cineclube de Aveiro
Ao autor do texto com a segunda melhor classificação será oferecido um conjunto de DVD's.
Prémio Escritor Bairrista - Cineclube de Aveiro
Oferta de cartão de sócio e anuidade do Cineclube.
Este prémio foi criado a pensar nos aveirenses. Ele será atribuído ao concorrente da Região de Aveiro que obtenha melhor classificação.
Nos próximos dias divulgaremos informações adicionais sobre a curta-metragem, a relação pormenorizada dos restantes prémios (livro, dvd's), assim como a constituição do júri e método de votação.
O Escritor Famoso V Edição - dia 5 (2)
5. Marte, Estou sim? Deus?
[AW] - Sim e o melhor é que tem uma linha directa para Deus. [Dando um gole do seu Dry Martini]
[JMD] - Uhmmm... estou a ver... Mas o que é que eu poderia ter para falar com Deus?
[AW] - Descobrirás com o tempo. Mas também não precisas de te preocupar com isso. Tens todo o tempo do Mundo. És imortal. És um Deus. És um mito. Não existe tempo para os Deuses...
[JMD] - [Risos] Tudo bem. Muito obrigado pelo presente. Tentarei dar-lhe uso.
[JMD]- Aquele gajo é mais alucinado que eu... uma linha directa para Deus... sim pois... [tentando sintonizar o rádio] Maldito rádio! [dá-lhe um murro]. (contin.)
6. Hipátia, Gilda
Começa a encher o espaço de almofadas de penas. Espalha velas perfumadas, pinta no tecto estrelas. Escolhe um pau de incenso perfumado, talvez maçãs verdes, ou qualquer fruto. Semeia confeitos doces e coloridos, ou então pétalas de flores. Faz uma cama no chão. Põe a tocar uma música com guitarras e cítaras.
Depois pára de repente... A câmara pára com ela. (contin.)
7. Joaquim Pavão, Uma questão de genes
Saltou para a frente. Teve que ser. Impulso ou talvez não, lá o carteiro encarregado de convicção se dirigiu por aquele caminho. Acho que lhe “limparam o sarampo” passado pouco tempo. Não sei, tive medo de me reter em corpo e abandonei-me à saudável cobardia. Aquela que nos faz ficar velhos e com sorte pouco doentes. Ele ainda vivia ali. Vida morta, parece que se esqueceu de respirar. Família preta, mas de luto, porque tudo o resto é claro, excepto as manchas negras da velha. Produto da masculinidade do pai do defunto. (contin.)