Tenho um selo nas cuecas. Já na fábrica, de macacão vestido e de boné vermelho, não sabia andar, saltitava! Tás a olhar para onde estúpido? Que emprego tão aborrecido... Não há eco no vazio mas o silêncio propaga as vozes quase perto do além. Os cigarros estão no chão sob a forma de beatas pisadas.
Depois pára de repente... Sete da manhã acordou com o toque do farol. Olhos esbugalhados, no peito arquejante as mãos crispadas. Nesse dia tinha sonhado com o pai.
- Pai, quero fazer xixi.
Com os movimentos das pernas tolhidos pelas calças caídas, tentou equilibrar-se rodando velozmente os braços.
- You're a hero, boy!
Pergunto se quer que eu limpe a bacia com água que está no chão...
Blanka num movimento ágil de mulher moderna que lê a Cosmopolitan, tira rapidamente o pequeno penso higiénico diário do interior da minúscula cueca. De facto não é só um penso higiénico. É também um telemóvel com UTMS de banda larga.
- Aqui tens. É um presente meu. Sei que lhe darás bom uso.
Contudo ela sabia que gostava de muito mais coisas... Tantas vezes brincara com ele deitando-o nas palhinhas...
Estava nestes pensamentos profundos quando uma voz atrás de si...
- Oh Antunes!
I took my place opposite the manager...
- S...s... sim chefe...
Olham-se intensamente. Uma vez mais.
-Tá uma calma lá fora!
- E eu nã sê? Vim por aí à pressa...
Mandou-me desenhar um círculo. Lá dentro um quadrado. Depois quatro triângulos isósceles.
O importante era não perder a audácia e a coragem! Quando as alpercatas iam achinelando sobre a areia, abrandava o passo, mas se as carrasqueiras rareavam o sol apertava e andava mais depressa... as mãos a darem o impulso à marcha, de trás para a frente, da frente para trás. E qual o motivo de uma tão grande segurança face a alguém a quem supostamente teria traído? Era de outro planeta qualquer da mesma Terra redonda, imensa e plana. Os outros tinham casa na linguagem e era vê-los acomodados nas conversas. A investigação é dura, o meio está cheio de "oh pás!" hostis... E dos mortos ninguém carrega a pila.
Depois pára de repente... Sete da manhã acordou com o toque do farol. Olhos esbugalhados, no peito arquejante as mãos crispadas. Nesse dia tinha sonhado com o pai.
- Pai, quero fazer xixi.
Com os movimentos das pernas tolhidos pelas calças caídas, tentou equilibrar-se rodando velozmente os braços.
- You're a hero, boy!
Pergunto se quer que eu limpe a bacia com água que está no chão...
Blanka num movimento ágil de mulher moderna que lê a Cosmopolitan, tira rapidamente o pequeno penso higiénico diário do interior da minúscula cueca. De facto não é só um penso higiénico. É também um telemóvel com UTMS de banda larga.
- Aqui tens. É um presente meu. Sei que lhe darás bom uso.
Contudo ela sabia que gostava de muito mais coisas... Tantas vezes brincara com ele deitando-o nas palhinhas...
Estava nestes pensamentos profundos quando uma voz atrás de si...
- Oh Antunes!
I took my place opposite the manager...
- S...s... sim chefe...
Olham-se intensamente. Uma vez mais.
-Tá uma calma lá fora!
- E eu nã sê? Vim por aí à pressa...
Mandou-me desenhar um círculo. Lá dentro um quadrado. Depois quatro triângulos isósceles.
O importante era não perder a audácia e a coragem! Quando as alpercatas iam achinelando sobre a areia, abrandava o passo, mas se as carrasqueiras rareavam o sol apertava e andava mais depressa... as mãos a darem o impulso à marcha, de trás para a frente, da frente para trás. E qual o motivo de uma tão grande segurança face a alguém a quem supostamente teria traído? Era de outro planeta qualquer da mesma Terra redonda, imensa e plana. Os outros tinham casa na linguagem e era vê-los acomodados nas conversas. A investigação é dura, o meio está cheio de "oh pás!" hostis... E dos mortos ninguém carrega a pila.
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