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1.4.06

O Escritor Famoso V Edição - dia 5 (2)

O Escritor Famoso continua a receber excelentes propostas de argumentos... e assim será até ao dia 9 de Abril. Já leram os três últimos?


5. Marte, Estou sim? Deus?

[AW] - Aqui tens. É um presente meu. Sei que lhe darás bom uso.
[JMD] - Um telefone Dourado?
[AW] - Sim e o melhor é que tem uma linha directa para Deus. [Dando um gole do seu Dry Martini]
[JMD] - Uhmmm... estou a ver... Mas o que é que eu poderia ter para falar com Deus?
[AW] - Descobrirás com o tempo. Mas também não precisas de te preocupar com isso. Tens todo o tempo do Mundo. És imortal. És um Deus. És um mito. Não existe tempo para os Deuses...
[JMD] - [Risos] Tudo bem. Muito obrigado pelo presente. Tentarei dar-lhe uso.

[Deserto nos arredores de Los Angeles] [Mustang preto descapotável] [Telefone Dourado no banco do pendura]

[JMD]- Aquele gajo é mais alucinado que eu... uma linha directa para Deus... sim pois... [tentando sintonizar o rádio] Maldito rádio! [dá-lhe um murro]. (contin.)


6. Hipátia, Gilda
A porta abre-se e entra uma fabulosa mulher de vestido longo, azul noite, luvas até ao cotovelo que escondem os alvos braços e cabelo comprido cor de cobre. Bate com força a porta da casa asséptica caiada de branco, com vontade de, dessa vez, construir um castelo.

Começa a encher o espaço de almofadas de penas. Espalha velas perfumadas, pinta no tecto estrelas. Escolhe um pau de incenso perfumado, talvez maçãs verdes, ou qualquer fruto. Semeia confeitos doces e coloridos, ou então pétalas de flores. Faz uma cama no chão. Põe a tocar uma música com guitarras e cítaras.

Depois pára de repente... A câmara pára com ela. (contin.)


7. Joaquim Pavão, Uma questão de genes

Saltou para a frente. Teve que ser. Impulso ou talvez não, lá o carteiro encarregado de convicção se dirigiu por aquele caminho. Acho que lhe “limparam o sarampo” passado pouco tempo. Não sei, tive medo de me reter em corpo e abandonei-me à saudável cobardia. Aquela que nos faz ficar velhos e com sorte pouco doentes. Ele ainda vivia ali. Vida morta, parece que se esqueceu de respirar. Família preta, mas de luto, porque tudo o resto é claro, excepto as manchas negras da velha. Produto da masculinidade do pai do defunto. (contin.)

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