René Magritte 1926
Se eu fosse um gesto era um abraço, um abraço apertado, uma carícia de amor, um polegar a acariciar aquele canto entre as sobrancelhas, assim um gesto lento, carinhoso, depois talvez um beijo.
Por agora sou apenas um abraço a mim.
se fosse uma aranha, teceria a minha teia e viveria dentro dela.
e o teu gesto que eu queria tanto que fosse de compreensão seria afinal o de levantar o dedo, rasgar a teia, face a todos os outros curvados numa vénia.
eu, Magritte, talvez cedesse finalmente. em sinal de confiança erguia o polegar. tu deixavas cair o lenço e mergulhavas em mim.
Eu, Magritte, por agora, ainda sou outro gesto.
(pedido instante e humilde: sê o meu espelho)
Muchas gracias... e uma vénia para si. :-)
ResponderEliminarQuerido Boabdil, a vénia é para todos vocês!
ResponderEliminarVou fazer ainda melhor. Vou seguir a sugestão do Piadas e pedir uma informação à C.M. Pombal sobre o tipo de conduta pelo qual este senhor se rege.
ResponderEliminarFeliz Ano Novo.
Palavras bonitas!!!
ResponderEliminarObrigada pela referência!!
:-)
Este foi um "gesto" bonito. Sem dúvida.
ResponderEliminarUm bom ano para ti.
ResponderEliminarObrigado pelo texto, obrigado por gostares de mim, obrigado por te continuar a ler!
ResponderEliminarQue tenhas um grande(enorme...) 2005.
Abraço apertado.