Agradeço os esclarecimentos da Dra. Ana Margarida Ferreira, Directora do Museu de Aveiro, mas, se me permitem, volto a questionar alguns dos pontos que enunciou.
1. As estruturas arqueológicas estão documentadas e enterradas, o espólio está acautelado.
Quem tomou a decisão de voltar a enterrar «as estruturas arqueológicas»? Por que não foi o projecto de arquitectura reajustado às descobertas que as obras revelaram? Poderá o público ter acesso a essa documentação? O que compreende o «espólio» que foi acautelado?
2. O chão de ladrilho da portaria foi colocado no século XX. Temos a factura da sua compra.
Peço desculpa pela falta de qualidade das fotografias mas confirma que esta entrada foi completamente destruída, nomeadamente o balcão do andar superior e a perspectiva do espaço e do tecto em talha dourada que este oferecia ao visitante, bem como a escadaria de acesso ao primeiro andar?
1. As estruturas arqueológicas estão documentadas e enterradas, o espólio está acautelado.
Quem tomou a decisão de voltar a enterrar «as estruturas arqueológicas»? Por que não foi o projecto de arquitectura reajustado às descobertas que as obras revelaram? Poderá o público ter acesso a essa documentação? O que compreende o «espólio» que foi acautelado?
2. O chão de ladrilho da portaria foi colocado no século XX. Temos a factura da sua compra.
Peço desculpa pela falta de qualidade das fotografias mas confirma que esta entrada foi completamente destruída, nomeadamente o balcão do andar superior e a perspectiva do espaço e do tecto em talha dourada que este oferecia ao visitante, bem como a escadaria de acesso ao primeiro andar?
3. Os painéis de azulejo foram lá colocados na direcção do Dr. Alberto Souto; foram removidos na direcção da Dr.ª Maria Lobato e estão desmontados. Não estão em exposição (estranho muito a afirmação da autora).
Referimo-nos à sala que aqui é apresentada? Lamento se fui imprecisa, confundi certamente estes painéis com outras peças da exposição. O Museu de Aveiro não vai expor os sete painéis de azulejos recortados da primeira metade de setecentos?
4. As portas em torno do claustro superior continuam a ser portas.
As portas foram transformadas em janelas (com a dimensão das anteriores portas). Quem percorrer o claustro alto, já não pode entrar em nenhuma "porta". Na verdade, as novas janelas, tapadas com persianas para evitar a luz directa sobre as peças de colecção, escondem a vista sobre o claustro alto. É incorrecta esta afirmação?
5. O pavimento das salas do primeiro andar sempre foi de soalho de madeira.
Lamento a imprecisão, sou apenas uma visitante interessada do Museu há muitos anos. Referia-me ao piso que é visível na imagem seguinte. De resto, presumo que também esta sala já não exista, ou estou enganada?
6. Os azulejos do poço foram levantados e guardados; eram uma decoração aplicada a cimento, em data incerta, seguramente do século XX adiantado. O pavimento nunca foi de mosaico; foi de seixo rolado, conforme documentaram as escavações arqueológicas.
Obrigada pela precisão. Mas o seixo rolado configurava formas geométricas, não é verdade? Relativamente ao poço, é mais rico e interessante mantê-lo em cimento bruto? As colunas deste segundo claustro foram rodeadas ou não por uma estrutura metálica e envidraçada?
[As imagens apresentadas pertencem ao Caderno do Público - Museus de Portugal X - Museu de Aveiro, s.d.]
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