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8.1.09
Também Nós Amamos a Vida
Também nós amamos a vida quando podemos.
Dançamos entre dois mártires e no meio deles
erguemos um minarete de violetas ou uma
palmeira.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Ao bicho-da-seda roubamos um fio para tecer o
nosso céu e estancar o êxodo.
Abrimos a porta do jardim para que o jasmim saia
para a rua como um dia bonito.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Na morada que escolhemos, cultivamos plantas
vivazes e recolhemos os mortos.
Sopramos na flauta a cor da distância,
desenhamos um relincho no pó do caminho.
E escrevemos os nossos nomes, pedra a pedra. Tu,
ó raio, ilumina a nossa noite, ilumina-a um pouco.
Também nós amamos a vida quando podemos.
MAHMUD DARWICH
in Pequena Antologia da Poesia Palestiniana Contemporânea
Selecção e tradução de Albano Martins
Edições ASA, 2004, pp. 30
claro que sim.
ResponderEliminaragora fizeste-me lembrar a canção "Russians" de Sting...
CSD
Espectacular, embora chocante, a sequência de fotos que seleccionaste para o blog. Os poemas são tão a propósito, como já te tinha dito antes, que é quase impossível tecer comentários. Um beijo Maria e parabéns, de novo, pelo teu excelente espaço na blogosfera.
ResponderEliminarSai a canção, Cláudia ;)
ResponderEliminarbj
Obrigada, Pre! Sai beijo para a outra margem :)
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