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7.7.08

Rainha de Portugal entre 1525 e 1557


Depois de terminar o primeiro volume de "Isabel, A Rainha - As Filhas da Lua Vermelha", de Ángeles de Irisarri, um romance sobre a Rainha Católica, volto a centrar-me no Reino de Portugal, lendo uma biografia da sua neta Catarina.

A historiadora
Isabel Buescu é a autora da obra e é a primeira vez que, na minha lista, vejo a preocupação sistemática da referência às fontes. «Catarina de Áustria, Infanta de Tordesilhas» é um tratado de saber, transmitido com rigor, através de uma prosa elegante e fluente, que incita à leitura.

Uma breve sinopse:
D. Joana, rainha e viúva de vinte e sete anos de idade, após a morte «fulminante» do jovem rei Filipe I, deu à luz a sua última filha a 14 de Janeiro de 1507. Nascida orfã de pai, a infanta recém-nascida recebeu o sacramento do baptismo na Igreja de Torquemada, onde repousava, por ordem de sua mãe, o corpo insepulto do rei seu pai.
Em 1509, D. Joana, Rainha de Castela, a quem muitos começavam a chamar a Louca, foi encarcerada no paço régio de Tordesilhas, às ordens de Fernando, o Católico, seu pai. Catarina partilhou com a mãe o cativeiro e aí cresceu num monótono e confinado quotidiano.
Em 1524, o destino de Catarina mudou. No âmbito do diferendo entre Portugal e Espanha em torno das ilhas do «cravo e das especiarias» de Maluco, seu irmão, o imperador Carlos V, concerta o seu casamento com D. João III.
D. Catarina ocupou o trono de Portugal até à morte de D. João III e foi regente na menoridade do rei D. Sebastião, seu neto, até 1562.
A sua vida foi marcada pelo drama da morte de todos os nove filhos, que gerou num processo que, dadas as tão estreitas relações familiares e dinásticas com a Espanha de Carlos V e depois de Filipe II, veio a fazer da sucessão do trono português um delicado problema político.
D. Catarina faleceu na madrugada de 12 de Fevereiro de 1578, poucos meses antes de se consumar, em Alcácer Quibir, o desaparecimento de D. Sebastião e, com ele se traçar o fim da dinastia de Avis.

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