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24.1.07

Mkt do livro #1

No campo da edição de livros, todas as abordagens reflectem, em maior ou menor grau, nunca em estado puro, estas duas posturas: a que encara o livro como uma forma de arte e a que trata o livro como uma mercadoria. A primeira anda moribunda devido à falta de sustentabilidade económica; a segunda, não é aconselhável que se desenvolva (ainda mais), sob pena de perdermos excelentes obras que nunca serão editadas dado o universo restrito de leitores a que se dirigem. Alguns editores queixam-se das novas regras editoriais (que nem são assim tão novas) e justificam a venda de best-sellers e livros mediáticos como um recurso que permite posteriormente a publicação de obras mais "arriscadas". Alguns destes editores fazem-no com desencanto e desilusão, outros apenas com pragmatismo. Mas tento resistir ao preconceito de ver o ideal da arte-pela-arte conspurcado ao mínimo sinal de edição-um-negócio.

O que gostaria era de ver as obras de Júlio Cortázar editadas, Os dados estão lançados de Jean-Paul Sartre, re-editado, e juntem a vossa à nossa voz, com as vossas caras e esquecidas jóias da coroa.

3 comentários:

  1. Sartre? Li os Manifestos de Suirrealismo do André Breton e fiquei de cama durante uma semana! :-)

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  2. Francis, "os dados estão lançados" é uma obra belíssima. Um manifesto sim, muito poético. Um romance entre uma burguesa e um sindicalista. Ela morre (a descrição do céu é fantástica) mas deus concede-lhe mais 24 horas de vida na Terra. Se os dois conseguirem vencer todos os obstáculos ela é salva.

    Lê, que não adormeces. O problema é que o livro "desapareceu" das livrarias. Mas tenta numa biblioteca.

    beijokas

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