Enquanto lia Sábado, de Ian McEwan, aconteceram os atentados em Londres, o que provavelmente potenciou o efeito que o livro teve em mim. Decididamente, pensei, McEwan é capaz de tocar o nosso lado mais emocional, mesmo quando escreve um livro mais "cosmológico". Ainda não tinha lido A Criança no Tempo. Acabo de o fazer e gostaria de saber expressar o que senti enquanto o lia___ acho que fiquei despedaçada. Não me lembro de ter chorado tanto, e compulsivamente___ aquando do último capítulo. Acho que nenhum autor me arrastou assim do profundo desgosto para a felicidade plena, desta para o medo, e do medo para a esperança. A transferência de emoções começa logo no início do livro, quando a filha de Stephen Lewis, o protagonista, desaparece num supermercado londrino. Esse foi o primeiro choque. Depois McEwan retrata divinalmente todas as nuances e vitórias da dor e o esforço de gestão de uma vida (ou de duas, ou de três,...) sujeita a essa pressão. O livro é muito mais que isso, é claro. Críticas ao establishment, ao mundo académico, às engrenagens do mercado editorial, aos educadores, às encenações nas altas esferas da política.
Mas continuo espantada com a densidade do último capítulo.
E depois de um romance que devorei lentamente, intensamente, o que é que hei-de ler agora?
Mas continuo espantada com a densidade do último capítulo.
E depois de um romance que devorei lentamente, intensamente, o que é que hei-de ler agora?
Não li nenhum livro de Ian McEwan. Comprei à uns três meses ou mais, o livro Sábado mas ainda não tive oportunidade de o ler. Aumentaste a curiosidade na leitura.
ResponderEliminarUm abraço.
UMa coisita levezita, tipo A Metafisica dos Tubos de Amelie Nothomb.
ResponderEliminarbeijo
Olá Armando, acho que vais gostar, e, pensando na tua Fábrica (muito centrado em acontecimentos históricos), possivelmente tb gostarás do Expiação ;)
ResponderEliminarjp, não sei se falas a sério ou não, mas Esse eu já li e é um dos meus livros de culto, adorei-O! ;)
beijocas
minha querida. saiba a menina que é um dos meus de cabeceira, desde que o descobri caido ao lado de uma prateleira na livraria.
ResponderEliminarNão era a brincar, e a brincar se dizem coisas sérias
mas dou-te outra borla
ResponderEliminarque tal o do velho que lia romances de amor?
beijo