Enildo Amaral
Memórias. de letras e de histórias.
da Menina Marota:
... trouxe-me à memória a infância feliz que tive. Morava, naquela altura, no Algueirão, pequena localidade no sopé de Sintra, onde as estações do Ano se sentiam como em mais lado nenhum. Fui sempre de compleição miúda, por isso, não era difícil ao meu Pai, colocar-me em cima do nosso enorme cão (naquela altura, parecia-me mais um pónei que um cão...) e rumavamos encosta acima. Debaixo do braço, levava sempre um livro e, chegados ao local de sua preferência, um jardim enorme, de que não me recordo o nome, sentava-me nos joelhos e lia-me uma história... foi assim que comecei a amar as palavras.
do Jorge:
Lembro-me que a partir dos 2 anos, passei muito tempo a desenhar. deitado no chão, horas a fio. a riscar. tentar copiar, passar por cima, pintar. uma das coisas que mais cedo comecei a gostar de desenhar foram letras. copiava-as, pintava-as, e talvez me perguntasse que coisas eram aquelas que, ao contrário dos pássaros ou dos aviões, que via para além dos bonecos onde pintava, não existiam em mais lado nenhum sem ser nos livros de onde as copiava. bom, não devo ter pensado estas coisas. mas a memória do prazer daquelas tardes sem tempo, de cores e traços, essa está aqui de onde a transcrevo.
Que surpresa! Vinha aqui ler-te e leio-me a mim?! Obrigada, foi muita amabilidade tua, publicares um comentário meu, a um texto teu! :-))) (tou inchada de orgulho... eheheh) :-)))
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