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27.2.10

Curso de Silêncio


...viagem ao imaginário da escritora Maria Gabriela Llansol.


O Silêncio vai instalar-se em Aveiro entre 15 e 24 de Abril. Schiuuu...

25.2.10

Estória, Estória...


Celina Pereira é cantora e contadora de estórias. Recupera e recria elementos da tradição do seu país. Constrói narrativas, interpreta estórias e cantos que afirmam a identidade cabo-verdiana. Em Janeiro aconteceu o lançamento do seu novo audio-livro "Estória, Estória - Do Tambor a Blimundo".


O silêncio ou a incapacidade para comunicar/para construir narrativas próprias. O silêncio na memória colectiva. a (des)construção de identidade(s). Em Abril, o silêncio. Celina por cá. Schiuuu...

21.2.10

Deserto Pintado

O NOME DA ROSA

No início era algo
que não tinha nome.

Teve de desabrochar e ficar nua,
e inventar o silêncio do esplendor
que só depois foi escarlate;
e desvendar outra coisa sem baptismo
que só depois foi perfume.

Nada tinha nome até nascer a rosa.


ESCRITA

A escrita faz do silêncio
uma planície amarela:
a cor
cumpre o seu fado de monstro
poisando nas palavras


in Isabel Cristina Pires (2007). Deserto Pintado. Lisboa: Caminho.


O Silêncio vai instalar-se em Aveiro entre 15 e 24 de Abril.
Eu vou querer sentir o sentir do silêncio da poetisa Isabel Cristina Pires. Schiuuu...

19.2.10

Salvatore Sciarrino

Gráfico do compositor siciliano Salvatore Sciarrino

«A me non succede di cominciare dalla prima nota e finire con l’ultima […]. Seguo un percorso di prospettiva generale, che non è assolutamente rettilineo. […] Ecco perché inseguo subito la visione d’insieme con i diagrammi di flusso. […] È una metodologia che ho messo a punto da oltre quarant’anni, e che ritengo adatta a me e al momento che stiamo vivendo. […] Un diagramma è come una partitura ‘prosciugata’ ma con delle informazioni in più. In poco spazio permette di abbracciare tutta la composizione, dall’inizio alla fine, e di avere il dominio della forma, del tempo e della relazione fra gli eventi».



O Silêncio vai instalar-se em Aveiro entre 15 e 24 de Abril.
Estejam à escuta. Vai haver mais notícias. Schiuuu...

15.2.10

Looking for Eric

...ou O Meu Amigo Eric de Ken Loach. (Social) realismo fantástico. Delicioso. Adoro estes british films. Delirantes. um pé na p___ da vida. e outro no sonho--- que desta vez assume a forma de um filosófico Cantona.

9.2.10

Também não me preocupei

Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso,
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas não me importei com isso,
Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis,
Mas não me importei com isso,
Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados,
Mas como tenho meu emprego,
Também não me preocupei.

Agora estão me levando,
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht



2.2.10

Cultura: Metodologias e Investigação


O livro Cultura: Metodologias e Investigação teve a coordenação da investigadora do Centro de Línguas e Culturas e docente do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, Maria Manuel Baptista. Esta obra procura fazer o levantamento dos principais desafios teóricos, práticos, metodológicos e académicos desta área do saber, assumindo como ponto de partida para a reflexão a tradição anglo-saxónica dos Estudos Culturais.

O presente trabalho parte da constatação de que a investigação e o ensino da Cultura se tornaram, particularmente na última década, realidades cada vez mais presentes nos contextos universitários. Esta realidade deve-se, em primeiro lugar, à valorização social crescente que tem sido concedida a esta área, quer nos mais latos e clássicos domínios da formação humanística e artística, quer enquanto factor de conhecimento e compreensão das novas dinâmicas sociais e culturais da contemporaneidade.

Acresce ainda a esta valorização académica e social, a tomada de consciência generalizada do potencial económico que detém, tendo mesmo nascido recentemente uma área científica auto-designada por Economia da Cultura. Partindo deste reconhecimento, o presente trabalho procura fazer o levantamento dos principais desafios teóricos, práticos, metodológicos e académicos desta área do saber, assumindo como ponto de partida para a reflexão a tradição anglo-saxónica dos Estudos Culturais, questionando as suas limitações e dificuldades epistémicas, mas também assumindo as virtualidades que lhe são próprias e que se encontram ainda longe de estarem exauridas.

O livro, que recolhe as contribuições de Maria Manuel Baptista, Moisés de Lemos Martins, João Teixeira Lopes, Rosa Cabecinhas, Joaquim Barbosa, Anthony Barker, Maria Manuela Cruzeiro, Alba Carvalho, Dália Dias, Maria do Rosário Fardilha de Girardier, Miquel Beltran e Joan Llinàs, Jean-Marie Rabot e Severino Alves Filho, especialistas nas áreas da Sociologia, Literatura, Estudos Fílmicos, Linguística, Filosofia, Antropologia e Psicologia, foi editado em parceria pelo Centro de Línguas e Culturas e a Editora Ver o Verso.
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Os temas desenvolvidos são variados. Reflexão sobre metodologias: etnografia dos públicos em acção, representações sociais, metodologias em estudos de cinema, história oral; Investigações: comportamentos de risco nas sociedades pós-modernas, a defesa do livre arbítrio em Miguel de Barrios, o S. João em Campina Grande (Brasil),... O meu artigo intitula-se «(Inter-)Identidade portuguesa na narrativa queirosiana sobre o colonialismo» (pp. 167-188).

Acabo de ver esta obra em destaque na Oficina do Livro (em Aveiro). Façam o favor de parar um bocadinho, folhear e... comprar! ;)