Páginas

17.12.09

Era uma vez uma princesa e um príncipe que casaram..., ela com outra princesa e ele com um príncipe, de reinos nada distantes


E parece que é hoje. Algumas histórias de encantar serão reescritas. E eu congratulo-me por viver esse dia histórico. Logo à noite, espero brindar! ---------- mas amigos e amigas a quem a lei possa interessar directamente, não se precipitem. Vocês sabem, os casamentos têm nuances que as paixões e a razão desconhecem. se bem que não me surpreenderia se a taxa global de divórcio baixasse graças a vocês (os heteros, infelizmente, usufruem cada vez mais de outra conquista histórica, o direito ao divórcio). O mais importante é... básico. que todos passem a ter os mesmos direitos. Proibir a adopção a uma parte da população - devido apenas à sua orientação sexual - é o amargo que fica na boca. É certamente inconstitucional vedar esse direito. Qualquer pedido para adopção pode ser recusado. mas deve fundamentar-se a recusa a partir da análise do caso concreto. Neste domínio, continuamos a aguardar melhores dias. Quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, que não haja nenhuma surpresa... Eu quero mesmo brindar e estou já de olho no casamento de duas pessoas muito especiais.

6 comentários:

  1. Histórias de PRÍNCIPES e PRINCESAS. Ainda bem. Existem regimes nos quais a Educação e Cidadania - são fundamentais. Saudações.

    ResponderEliminar
  2. richard zimler diz que, no Vermont, as pessoas nem percebem como é que ainda se discute esse tema (o Vermont é um dos seis estados nos EUA onde a legalização dos casamentos hoossexuais é legal e perfeitamente integrada no quotidiano do cidadão comum). Mas que em Portugal é, ainda, um tabu psicológico.

    em relação a esta última parte subscrevo na íntegra.


    csd

    ResponderEliminar
  3. Sim, querida Maria, a estentorosa medida tem a graça das coisas com o seu quê de revolucionário mas padece do efeito nefasto de reforçar o casamento-contrato, uma instituição sabidamente perversa, repressiva e alienante daquilo que seria o desejável desenvolvimento dos afectos e das relações de afecto.
    Nesta conformidade, o sexo dos afectados ou a orientação as suas actividades uro-recreativa são dispiciendos.

    ResponderEliminar
  4. pirata, a tua opinião sobre o casamento é absolutamente respeitável. Acontece que as pessoas podem optar por esquecer a simbólica histórica, económica, religiosa e social associada ao casamento desde a sua "fundação" e aderir ao modelo. criando, de preferência, um modelo pessoal mais satisfatório.

    Reportando aos nossos dias, também não diria que a repressão e a alienação emanem naturalmente do casamento. qualquer relação pode gerar essa condição. Quanto à perversidade, são tantas as variantes...

    Pouca me interessa o contrato, a relação é que merece análise. Há casamentos mais felizes que muitas uniões de facto. existem relações amorosas nada convencionais mais satisfatórias que muitos casamentos.

    Conclusão: que cada um escolha o modelo que mais lhe convier em termos emocionais.

    ResponderEliminar
  5. Cláudia, é por isso que este passo é importante. É o primeiro passo.

    ResponderEliminar
  6. Estranha Maldição, disseste tudo: temos que crescer em matéria de conduta cívica.

    ResponderEliminar