Tenho amigos que rezam a Simone Weil Há muitos anos reparo em Flannery O'Connor
Rezar deve ser como essas coisas que dizemos a alguém que dorme temos e não temos esperança alguma só a beleza pode descer para salvar-nos quando as barreiras levantadas permitirem às imagens, aos ruídos, aos espúrios sedimentos integrar o magnífico cortejo sobre os escombros
Os orantes são mendigos da última hora remexem profundamente através do vazio até que neles o vazio deflagre
São Paulo explica-o na Primeira Carta aos Coríntios, «até agora somos o esterco do mundo», citação que Flannery O'Connor trazia à cabeceira
José Tolentino Mendonça «O Esterco do Mundo», in A Estrada Branca Assírio & Alvim, 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário