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1.6.08

Dia Mundial dos nossos amores IV

Sarajevo, Maio 2008

Ele e a mãe circulavam pelas ruas da cidade, mendigando. O menino ia sempre à frente, a mãe seguia-o discretamente. Acabámos por nos encontrar várias vezes. Sentava-se ao nosso lado ou caminhava connosco e expressava-se sobre imensas coisas. Compreendíamos com dificuldade o que nos tentava dizer. Contudo, a primeira vez que se dirigiu a mim, foi claro: eu não devia tirar fotografias dentro da Mesquita do Imperador. Ordenava que saísse dali. Eu tinha pedido autorização a um muçulmano, um militar que viera rezar, outros homens me observavam e sorriam, não sentia nenhuma hostilidade, mas decidi obedecer ao menino. Aquela ordem era mais genuína do que todos os sorrisos.

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