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4.5.08

A Floresta


«Era uma vez uma quinta toda cercada de muros.
Tinha arvoredos maravilhosos e antigos, lagos, fontes, jardins, pomares, bosques, campos e um grande parque seguido por um pinhal que avançava quase até ao mar. (...)
Quem entrava via logo uma grande casa rodeada por tílias altíssimas cujas folhas, dum lado verdes e de outro lado quase brancas, palpitavam na brisa.
Era nessa casa que morava Isabel

Para escrever A Floresta, Sophia de Mello Breyner Andresen inspirou-se na quinta da avó onde costumava passar férias enquanto criança. É a história de uma menina que todos os dias percorre a quinta, conversa com as árvores e sonha encontrar um anão, no bosque próximo de sua casa. Uma história que nos fala de amizade e nos revela que "a bondade compensa e os tesouros só trazem felicidade se forem partilhados".

Em 2004, o Teatro Nacional de São Carlos encomendou a
Eurico Carrapatoso uma ópera infantil baseada neste conto de Sophia, com libreto da autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Já não é a primeira vez que o espectáculo é apresentado no Teatro Aveirense, mas este fim de semana deram-nos a oportunidade de o rever. Com Direcção Musical de António Vassalo Lourenço, regente da Orquestra Filarmonia das Beiras e encenação de Carla Lopes, esta ópera deixou as minhas meninas completamente encantadas. Barbara Andrez, a Árvore-narrador tem uma dicção perfeita. Isabel Alcobia (Isabel), Armando Possante (Anão), João Cipriano Martins (Professor de Música), Tiago Matos (Bandido/Sábio) e o Coro Infantil e Juvenil de Santa Joana (tantos e tão queridos Cogumelos e Anões!) interpretam de forma jovial e apelativa, narrando a série de aventuras no bosque.

Este Domingo, em Aveiro, ainda é possível assistir ao espectáculo (no
TA, a sessão é às 17h30). Mas atentem, para quando A Floresta, de Eurico Carrapatoso, visitar um lugar próximo da vossa quinta.

[cá por casa anda a circular A Floresta, de Sophia de Mello Breyner Andresen, com ilustrações de Teresa Olazabal Cabral, da Editora Figueirinhas]

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