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18.9.07

História de amor e trevas #5

RIFKAH GOLDBERG
1983

[...] «Tal como nós, judeus regressamos agora à nossa pátria histórica, também eles [árabes] devem ter o direito de regressar dignamente a casa, à Saúdia Arábia, de onde eles todos vieram.»

[...] Estás a propor que Israel bombardeie Leninegrado, avô? E que rebente uma guerra mundial? O quê, não ouviste falar das bombas atómicas? Das bombas de hidrogénio?
- Tudo isso está nas mãos dos judeus. Quer com os americanos, quer com os bolcheviques, quem inventou todas essas bombas novas foram cientistas judeus, e eles saberão o que se deve e o que se não deve fazer.
- E a paz? Há alguma via para a paz?
- Há, sim, temos de vencer os nossos inimigos. Temos de lhes dar forte e feio, de modo a que eles venham ter connosco para implorar a paz. Porque é que havíamos de recusar? Pois se nós somos um povo amante da paz. E até temos um mandamento assim, perseguir a paz, pois então vamos persegui-la, até Bagdad, se for preciso, ou até ao Cairo, havemos de perseguir a paz.

pp. 125-126

in Amos Oz, Uma História de Amor e Trevas
Ed. ASA, Março de 2007



O avô de Amos Oz falava assim em 1967, alguns dias depois da Guerra dos Seis Dias. Referia-me a esta atitude, Elypse. Subsiste, não achas M.?

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