Assalto e Intromissão é a tradução falaciosa de um filme denso, escrito e realizado por Anthony Minguella.
Tive conhecimento há pouco tempo da existência desse novo desporto urbano, o Parkour (PK). Lembrei-me da discussão que se seguiu sobre as cidades e a (in)adaptação do Homem ao espaço. O nome, de origem francesa, remeteu-nos logo para os motins nos subúrbios de Paris. No Parkour, o traceur salta muros, lança-se entre telhados, faz rolamentos, escaladas, que visam ultrapassar os obstáculos urbanos com a máxima agilidade e rapidez. Agora o PK faz-se acompanhar de uma filosofia que o perspectiva como uma arte, a arte do movimento, que visa a harmonia entre corpo e espírito.
Mas estamos longe dessa harmonia nesta nova Londres de Minguella, uma Londres de geografias e culturalismos variados, habitada por um arquitecto bem sucedido mas infeliz (Jude Law), a sua namorada sueca, Liv (Robin Whright Penn), o seu sócio (Martin Freeman) e a empregada negra por quem se apaixona, a prostituta Oana (Vera Formiga), a família de refugiados sérvios Amira (Juliette Binoche) e Miro (Rafi Gavron), os gangsters servo-croatas, e o polícia Bruno Fella (Ray Winstone), para quem todos podem ser criminosos mas que não esquece o background dos putos que persegue.
A filha autista de Liv provoca um afastamento no casal, que se ama. Miro, o traceur, vai desplotar a aproximação entre mundos que, mesmo se não se compreendem, se podem salvar mutuamente.
As cidades não podem desumanizar. Se houver moral na história.
Tive conhecimento há pouco tempo da existência desse novo desporto urbano, o Parkour (PK). Lembrei-me da discussão que se seguiu sobre as cidades e a (in)adaptação do Homem ao espaço. O nome, de origem francesa, remeteu-nos logo para os motins nos subúrbios de Paris. No Parkour, o traceur salta muros, lança-se entre telhados, faz rolamentos, escaladas, que visam ultrapassar os obstáculos urbanos com a máxima agilidade e rapidez. Agora o PK faz-se acompanhar de uma filosofia que o perspectiva como uma arte, a arte do movimento, que visa a harmonia entre corpo e espírito.
Mas estamos longe dessa harmonia nesta nova Londres de Minguella, uma Londres de geografias e culturalismos variados, habitada por um arquitecto bem sucedido mas infeliz (Jude Law), a sua namorada sueca, Liv (Robin Whright Penn), o seu sócio (Martin Freeman) e a empregada negra por quem se apaixona, a prostituta Oana (Vera Formiga), a família de refugiados sérvios Amira (Juliette Binoche) e Miro (Rafi Gavron), os gangsters servo-croatas, e o polícia Bruno Fella (Ray Winstone), para quem todos podem ser criminosos mas que não esquece o background dos putos que persegue.
A filha autista de Liv provoca um afastamento no casal, que se ama. Miro, o traceur, vai desplotar a aproximação entre mundos que, mesmo se não se compreendem, se podem salvar mutuamente.
As cidades não podem desumanizar. Se houver moral na história.
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